Hoje estou na capital do Pará, pota da Flores Amazônica e terra de grandes diversidades naturais e culturais. Cheguei na sexta-feira (dia 12) e resolvi fazer um diário da minha viagem para não esquecer nenhum dos atrativos que irei visitar até o final desta jornada. Na sexta-feira, acordei às 05h00 da manhã (odeio ter que madrugar), devo ter dormido apenas 1h30 e estava podre. Tomei um banho (gelado porque o gás da caldeira não funcionou), terminei de ajeitar minha mala e fui para o Aeroporto Afonso Pena. Às 07h30 saiu meu voo para Brasília (sem atraso). De Brasília peguei outro voo para Belém. Cheguei na cidade às 13h30.
Almoçamos no próprio hotel e fomos passear a pé pelo centro da cidade. Vale lembrar que estava um calor de rachar! Uma umidade absurda; às vezes era difícil até de respirar. Passamos pelo Palacete Bolonha (LINDO!!!), edificação do começo do século XX e pela Praça da República, local no qual está localizado o Theatro da Paz (também maravilhoso, deem uma espiadela no coreto da Praça e no Teatro).
Às 15h00 começou a chover (ahhh! chove todos os dias por volta das 15h00) e aproveitamos a chuva para fazer uma visita técnica no teatro. De lá fomos ao Shopping Iguatemi. O Shopping não era bem o que eu esperava. Mesmo oferecendo todas as principais marcas do varejo, o layout e os frequentadores eram meia boca. À noite jantamos na Estação das Docas. O lugar era muito bonito, super legal, organizado, muito romântico, cheio de gente bonita, enfim, tudo de bom!!! Super recomendado! Depois do jantar, voltamos para o hotel. Na sexta-feira, Belém fez 391 anos (12/01/1616).
As primeiras impressões da cidade: Belém é mais encantadora do que eu imaginava. Os lindos casarões do começo do século (infelizmente nem todos restaurados) e as ruas arborizadas fazem você se sentir em um ambiente acolher. As pessoas não são tão feias quanto eu esperava; na verdade, vi uns homens bem bonitos em determinados locais. Além disso, o paraense é muito simpático! Eles chegam e te abordar na rua questionando se você precisa de ajuda. Isso foi muito legal!
Dia 13/01
Hoje acordamos cedo e fizemos um city tour pela cidade. Primeiro fomos no Mercado Ver-o-Peso. Na verdade, está longe de ser o que eu imaginava mas tem coisas bem interessantes. Deem uma olhada na pontinha do mercado que se encontra com o rio.
Passamos de van pela Praça do Relógio, Praça Dom Pedro I onde fica o Paço Municipal (que hoje é um museu) e o Museu do Estado do Pará, um edifício lindo que estava em reforma. Demos uma passada na Catedral Metropolitana (também em reforma, próxima foto), no Museu de Arte Sacra e na Casa das 11 Janelas (também segue foto abaixo).
Fomos também no Museu Emílio Goeldi, um bosque que tem a diversidade da fauna e flora amazônica. Almoçamos no Parque da Residência (antiga casa do governador). O lugar é tudo de bom! A comida é sensacional, é tudo muito bonito, realmente vale a pena conhecer. Deem uma olhada na carinha do casarão.
Quando saímos do parque começou a chover!!! Depois da chuva, fomos conhecer melhor o centro antigo da cidade (a pé, claro!). Fomos no Forte do Presépio, sentamos um pouco no Boteco das Onze (o lugar é super legal, cheio de gente bonita e de comida elaborada. Foi considerado pela Revista Veja por dois anos consecutivos o melhor Happy Hour e a melhor vista de Belém). Andamos pela rua e fomos na Estação das Docas. Jantamos por lá e voltamos para o hotel.
Dia 14/01
Hoje deu para dormir um pouquinho mais. Acordei às 08h45! Estou morta e acabada! Meu corpo dói todo! Tô velha mesmo! Fizemos uma visita técnica no Palacete Bolonha (que já havíamos visto a fachada e segue foto abaixo). O local é maravilhoso! O trabalho em gesso, os azulejos, a escada em ferro fundido…
Depois da visita, fomos na feirinha de artesanato da Praça da República e almoçamos no Mangal das Garças, um lindo parque do governo estadual. o local conta com um Orquidário, Borboletário, Museu da Navegação, Mirante e um espaço específico onde fica os pássaros locais. Segue fotos do Parque e eu dentro do Museu da Navegação.
Almoçamos no Manjar das Garças, um restaurante dentro do parque. Muito chique e muito caro! Hoje o calor estava demais! O pior é que a chuva só chegou no finzinho da tarde. Do parque, passamos no Palacete do Pinho e na Igreja do Carmo. Segue abaixo uma foto da Igreja.
Ainda visitei o Museu do Círio de Nazaré e voltei para o hotel. Amanhã acordo de madrugada de novo para pegar o barco que irá até a Ilha de Marajó.
Dia 16/01
Acordamos cedo e fomos fazer uma passeio pelo rio. Outro passeio porcaria! À tarde, fomos conhecer Soure, considerada a capital do Marajó. A cidade é bonitinha, diz o guia que o urbanismo de lá foi feito pelo mesmo profissional que cuidou de Belo Horizonte, mas não sei se é verdade. Deem uma olhada na igrejinha local.
Passeamos pelas lojas de artigos de couro de búfalo, lojas de arte marajoara artesanal e fomos para a fazenda de búfalos. Eu vi poucos búfalos e eles estavam meio magrinhos, mas andei e tirei fotos com uns búfalos gordos de estimação que eles têm. Olhem que peoa mais jeitosa!
No final do passeio, eles passaram pela praia dos Pesqueiros. Uma praia muito bonita, mas ficamos apenas 15 minutos por lá. Só deu tempo de ver, tirar foto e voltar para a van. Fiquei bem decepcionada com a Ilha e meu grupo também, então facilmente decidimos ir embora de madrugada do dia 17. Na verdade, iríamos embora só no final da tarde. À noite, teve show de Carimbó no hotel. Foi legal!
Primeira informação do dia: você sabia que Pará significa “grande”? Então, dia 15 de janeiro (segunda-feira) acordamos de madrugada e fomos pegar o barco para Ilha de Marajó. A Ilha de Marajó é a maior ilha fluvial do Brasil. Tem 250 mil habitantes, 15 municípios e 600 mil búfalos. Tem até capital, Soure! O transporte de Belém até a ilha demora cerca de 3 horas. Chegamos no porto de Salvaterra. Pegamos uma van muito simples e fomos para nosso hotel: Pousada dos Guarás. É uma pousada com piscina, praia semi particular (as praias brasileiras são públicas porém só chega nesta praia se você estiver dentro do hotel) mas diferente do que eu imaginei, é um lugar simples e cheio de URUBUS! Isso dá uma sensação horrível. À tarde, fizemos uma visita nas ruínas de Joanes, que foi o primeiro ponto descoberto na Ilha; conhecemos Salvaterra que é uma cidade bem sem graça e fomos no museu da cidade. Esse foi de matar! Imagina o laboratório de ciências da escola com fetos de animas e peles de cobra… O museu da cidade é isso! Na verdade é até pior, o laboratório de Ciências da Apec era muito mais completo e organizado. Voltamos revoltados com o passeio porcaria que tivemos!
Dia 17/01
Acordamos de madrugada de novo e voltamos para Belém. Chegando ao hotel, estava tão cansada que acabei dormindo até o começo da tarde. É a segunda vez que durmo como uma pedra no Pará! À tarde fomos no Ver-o-peso porque eu queria comprar uns artesanatos, andamos pelo centro da cidade. Descobrimos uma loja chamada Paris N´America. Uma loja de tecidos do começo do século XX, linda de morrer! O prédio não está muito conservado e a loja é meio de quinta mas a arquitetura do lugar é espetacular! Fiquei louca para comprar o edifício e fazer uma casa de chá. Imagina que chique!
Descobri uma coisa impressionante em Belém. Lá, é o único lugar do hemisfério sul que considera o mês de janeiro, o período de inverno. E o pior, julho é verão!!!! A primeira vez que eu escutei isso, comecei a rir e achei que a pessoa que havia comentado isso era uma ignorante mas é verdade. As estações lá são determinadas pela quantidade de chuva. No inverno chove muito, no verão não chove nada.
Dia 18/01
Dormimos até mais tarde (09h30) pela primeira vez na viagem. Tomei café e arrumei minhas malas! Fizemos o check-out do hotel no começo da tarde e fomos para o Aeroporto de Belém. O nosso voo atrasou por horas e perdemos nossa conexão em Brasília. Tivemos que dormir na cidade. Para mim foi beleza, mas meu pai e os outros passageiros ficaram furiosos e fizeram confusão no aeroporto. Mas não dá para reclamar, a TAM pagou um hotel legal, com um jantar legal e ainda deu para dar uma olhadinha por Brasília que estava linda e muito florida. Chegamos em Curitiba no dia 19/01 (Sábado) ao meio dia.
Foi uma viagem muito gostosa. Conhecer o Pará fez eu ter uma ideia diferente da que eu tinha daquela região. Então, que pena que terminou mas já estou pronta para outra.
Hasta pronto!