De volta a capital do Brasil, Brasília

Esse ano eu fui à Brasília passar a véspera do Natal com minha família e gostaria de contar um pouco da minha experiência na capital do país. Já estive duas vezes em Brasília, mas na atual conjetura política, queria muito voltar para sentir o clima da cidade. Viajei à Brasília com a TAM; o Aeroporto de Brasília (BSB) é pequeno (imaginava-o muito maior devido ao grande fluxo de políticos viajando daqui para lá) e um pouco esquisito, pois não tem portas de entrada, mas foi terceirizado recentemente e aos poucos está sendo modernizado. Os novos portões de embarque da TAM, por exemplo, são coisa de outro mundo, um dos mais bonitos que eu já vi na vida.

Brasília

Brasília é para mim uma cidade enigmática. Projetada pelos arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa na década de 1950, e formalmente inaugurada pelo Presidente Juscelino Kubitschek em 1960, a cidade foi idealizada para ser a capital do país. O plano urbanístico de Brasília, chamado Plano Piloto, foi projetado a partir do design de um avião (veja foto abaixo para entender melhor o que eu estou dizendo). O destino foi estrategicamente construído no centro do país para estar mais próximo de todas as regiões brasileiras (acho que essa ideia foi pelo cano, pois ela acaba ficando isolada dos grandes centros e da maioria das pessoas) e desenvolver a região centro-oeste do país. Ela é a maior cidade planejada do mundo no século XX e possui um dos mais significativos conjuntos arquitetônicos e urbanísticos modernistas, características que a tornam singular e fizeram com que ela fosse considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. 

Brasília

Para conhecer os principais atrativos da cidade, optei por pegar aquele ônibus de dois andares típicos de destinos turísticos. Em Brasília o ônibus é administrado pela Catedral Turismo. Ela oferece um passeio de aproximadamente 2 horas passando pelos principais atrativos da cidade. Custa R$ 50,00 por pessoa (crianças e idosos pagam meia) e sai todos os dias do Brasília Shopping. Deem uma olhadinha na carinha do ônibus logo abaixo. Ele está longe de ser o mais limpo e moderno meio de transporte turístico do Brasil, mas tá valendo. É uma experiência interessante, prática, e por essas razões, o recomendo, principalmente para aqueles que tem pouco tempo e que querem conhecer os principais pontos e ter uma dimensão da gratitude da cidade.

Brasília

O ônibus passa pelos seguintes atrativos: Torre de TV, Catedral de Brasília, Esplanada dos Ministérios, Palácio do Itamaraty, Congresso Nacional, e pára na Praça dos Três Poderes. Abaixo eu coloquei as fotos da Torre de TV, da fachada da Catedral e de seu interior. Ahhh! O Campanário da Catedral, localizado ao lado do edifício, foi um presente do governo espanhol à curia.

Brasília - Torre de TV

Catedral de Brasília

Interior da Catedral de Brasília

Continuando o passeio, passamos pela Ponte JK, estrutura que corta o gigante Lago Paranoá e é considerada a  ponte mais bonita do mundo, e no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidente da República. Segue abaixo fotos da Ponte JK, do Palácio da Alvorada, e euzinha com um dos Dragões da Independência, soldados de elite responsáveis pela guarda da Presidente. 

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Voltamos novamente pelo Eixo Monumental, onde passamos pelo Palácio do Planalto, o Palácio da Justiça, o Teatro Nacional e o Conjunto Nacional, este último dizem ser o shopping mais antigo do país (história de taxista, não tenho muita certeza). Segue abaixo uma foto do Palácio do Planalto, edifício onde está localizado o Gabinete da Presidente.

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Antes de terminar o passeio, o ônibus continuou pelo Eixo Monumental passando pelo Estádio Mané Garrincha até chegar ao Memorial JK, museu em homenagem ao Presidente Juscelino Kubitschek, onde jaz os restos mortais do Presidente e de sua esposa. Finalizamos o tour passando pelo Parque Sara Kubitschek, conhecido como Parque da Cidade, o maior parque urbano da América Latina. Logo abaixo disponibilizei fotos do Estádio e do Memorial para que vocês os conheçam.

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E assim terminou meu tour básico pela cidade.

É claro que não podia deixar de destacar os meios de hospedagem de Brasília. Eu achei a oferta hoteleira de Brasília meio fraca (considerando que é a capital do país e que recebe muitos turistas, empresários e políticos). Salvo algumas exceções, os empreendimentos hoteleiros brasilienses são defasados e caros, em comparação aos serviços ofertados e aos empreendimentos existentes em outras capitais brasileiras. Desta forma, para quem esta procurando um empreendimento com um bom custo/benefício na cidade, o negócio é ter muita paciência para pesquisar e negociar.

Os meios de hospedagem de Brasília estão quase todos concentrados em uma área da cidade chamada Setor Hoteleiro. O Setor Hoteleiro é dividido em Asa Norte e Asa Sul. Para esta viagem, fiquei hospedada no Meliã Brasil 21 Brasília, um hotel da rede espanhola Meliã. Apesar de ter gostado muito da localização do empreendimento (Asa Sul e muito próximo ao principais pontos turísticos da cidade), do atendimento oferecido e da estrutura da suíte, não sei se o recomendo. Uma das noites encontrei um inseto desagradável (vocês já imaginam quem seja) andando pelo banheiro, além de apresentar mofo nos azulejos. Enfim, acho que o empreendimento precisa de uma manutenção urgente. De qualquer forma, segue abaixo algumas fotos da minha suíte para que vocês a vejam.

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Pontos que me agradaram em Brasília: A cidade realmente tem cara de capital. As avenidas largas, as ruas limpas e os vários edifícios imponentes impressionam. O Lago Paranoá é outro ponto alto da cidade pelo tamanho e é muito bacana ver os brasilienses praticando canoagem e stand up paddle no local. Outro ponto que eu gostaria de destacar é o aluguel de bicicletas. A cidade possui vários postos onde é possível alugar bicicletas para passear pela região central de Brasília, nos mesmos moldes do sistema adotado no Rio de Janeiro. Ahhh! Inclusive o meu hotel também emprestava bicicletas sem custo algum para o hóspede. Achei a iniciativa super bacana e sustentável! Não achei o custo de vida em Brasília tão caro como as pessoas costumam comentar. Ok, a cidade é cara, mas é tão cara como qualquer bairro mais exclusivo das cidades de São Paulo ou do Rio de Janeiro.

Pontos que não curti em Brasília: A cidade é muito, mais muito grande. Tudo é muito longe, espalhado e isolado. Leva-se muito tempo para chegar à qualquer lugar e o turista acaba na dependência dos carros. Além disso, vocês não veem pessoas andando nas ruas, elas estão concentradas nos shoppings e centros comerciais espalhados por todos os cantos (by the way, nunca vi tantos shoppings e centros comerciais em um só lugar). Por fim, os jardins de Brasília estavam relativamente bem cuidados, mas não tão coloridos e impecáveis como da última vez que visitei a cidade. 

Lugares para conhecer: Várias pessoas me recomendaram o Pontão do Lago Sul, balneário às margens do Lago Paranoá no qual é possível encontrar lojas e restaurantes. Realmente é um lugar muito bem cuidado, mas devo admitir que achei-o meio sem graça. E achei as opções gastronômicas limitadas. De qualquer forma, o recomendo, pois pode ser que minha impressão tenha sido equivocada ou minha estranheza tenha se dado por não conhecer bem o atrativo. Outro ponto que deve ser visitado é a Feira de Artesanato da Torre. Esta feira é bem organizada, bem dimensionada, oferece vários produtos que vão de souvenirs, vestuário e mobiliário, mas não tem nada que a difere de outras feiras de artesanato. Na verdade, o que eu destacaria no espaço é a riquíssima praça de alimentação; um local simples, mas especializado em comida regional. É possível encontrar pratos típicos de Minas Gerais, Amazonas, Pará, Maranhão e Bahia. Recomendo também a visita ao Museu Nacional e ao Museu do Índio (não os visitei, então não posso assegurar que sejam realmente bons, mas também me disseram que eram interessantes e o melhor, gratuitos).

E assim terminou mais uma viagem. Espero que tenham gostado do relato e das fotos. E aguardem, pois logo logo terá mais uma surpresa caribenha por aqui.

Ahhh! Quero terminar esse post com uma foto minha com Os Candangos, monumento que homenageia os operários que construíram Brasília.

Até mais!

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Eu tô em Sergipe, meu nêgo!

Ainda com o objetivo de explorar a América, dessa vez resolvi ficar no Brasil e visitar o único estado do Nordeste que eu ainda não conhecia, o Sergipe. Sergipe é o menor estado brasileiro em extensão territorial; possui apenas 75 municípios e menos de dois milhões de habitantes. Faz fronteira ao sul com a Bahia, e ao norte com Alagoas. Fez parte do território baiano até 1820, e hoje como estado independente, explora diferentes atividades econômicas, entre elas o petróleo.

1º Dia – Aracaju


Nosso voo saiu de Curitiba no começo da manhã. Fizemos escala em Campinas e conexão no Rio de Janeiro. E do Rio tomamos outro voo até Aracaju. Gostaria de fazer uma ressalva especial para minha breve visita ao Aeroporto Antônio Carlos Jobim, ou Aeroporto Internacional do Galeão. O que é aquilo? Fiquei assustada com a desorganização e a quantidade de turistas, muitos deles perdidos, e outros desesperados. Estava pior que uma Estação Rodoviária em véspera de feriado! Sem contar os inúmeros atrasos e os voos cancelados. Se vocês acham que o Aeroporto de Guarulhos está cada dia pior, não passem pelo Rio de Janeiro. Cheguei a Aracaju no começo da tarde e nosso receptivo já estava nos aguardando. O Aeroporto da capital é pequeno, mas bem dimensionado, e suficiente para a demanda existente. Ficamos hospedados no Hotel Real Classic, um meio de hospedagem autodenominado luxo (na verdade é só um bom 3 estrelas), localizado na Praia de Atalaia. Atalaia é a região da capital sergipana com a maior infraestrutura turística. Possui vários meios de hospedagem, empreendimentos gastronômicos, operadoras turísticas, entre outros. E a orla da Praia é um capítulo à parte.

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Acho que é a orla mais estruturada de todo o Nordeste. Ela é muito bonita, bem cuidada, e oferece várias atividades recreativas. À noite fomos a pé até a Passarela do Caranguejo. A Passarela é um rua em Atalaia onde é possível encontrar vários estabelecimentos dedicados à cozinha nordestina. Lendo os sites e blogs de turismo, imaginei que esta rua fosse o máximo, mas não é! É uma rua qualquer com restaurantes em apenas uma das vias, algo bem amador. Jantamos no Cariri, um restaurante quase que temático da cultura nordestina e famoso por sua casa de forró. Deem uma olhada na foto abaixo!

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O lugar é simpático, sempre cheio, a comida é muito boa, mas os preços são meio salgados. De qualquer forma, é um local que vale a pena conhecer. Ainda visitamos algumas feirinhas de artesanato, e assim finalizamos nosso primeiro dia em Aracaju.

 2º Dia – Aracaju


 Acordamos cedo, pois tínhamos um city tour marcado às 09h15 pela cidade. Aracaju foi fundada em 1855 entre os Rios Poxim e Sergipe. Possui 580 mil habitantes e foi a segunda capital do estado, pois a princípio a cidade de São Cristovão exibia este título. Foi também a segunda capital planejada do Brasil, onde parte do centro da cidade tem a forma de um tabuleiro de xadrez. É a capital nordestina com menor desigualdade social (fato comprovado no dia a dia. Você não vê miséria em nenhum lugar da capital e não vê pedintes pela rua). O passeio começou em Atalaia onde tomamos a Avenida Beira Mar. A Avenida Beira Mar talvez seja a única avenida do mundo que não beira o mar. Ela beira um mangue que faz parte do Rio Poxim. A Avenida é uma graça, muito bonita e organizada. Nela podemos ver edifícios modernos e luxuosos dos bairros mais privilegiados da cidade; Jardins e 13 de Julho. Chegando ao centro da cidade, passamos pela Ponte do Imperador, um ancoradouro construído em 1859 para receber a visita de Dom Pedro II; e a Praça Fausto Cardoso, onde fica o antigo Palácio do Governo e outros edifícios públicos (dê uma olhada abaixo).

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Nossa primeira parada foi no Mercado Municipal. Na verdade não é um mercado, e sim três. Eles vendem um pouco de tudo; artesanato, frutas, pescados, flores, e até animais. É um lugar interessante para conhecer parte da cultura nordestina. De lá fomos a Colina de Santo Antônio (olhe a foto abaixo), local mais elevado e de onde a cidade surgiu.VLUU L100, M100  / Samsung L100, M100 Visitamos ainda o Parque Teófilo Dantas onde fica a Catedral Metropolitana e o Centro de Turismo. Este último está localizado em um lindo prédio neoclássico do começo do século XX que abrigou a Escola Normal da cidade, e hoje está dedicado à venda de artesanato sergipano (olhe a fotinha à direita). VLUU L100, M100  / Samsung L100, M100Um lugar imperdível para quem tem interesse em comprar bordados! Fechamos o passeio conhecendo a Praia de Aruana, no extremo sul da cidade. Almoçamos na República dos Camarões, um restaurante na Orla de Atalaia. Terminamos o dia no Shopping Jardins. Para quem tem interesse em visitar o shopping, o empreendimento oferece gratuitamente uma van que passa pelos principais hotéis de Atalaia. Vale a dica!

 3º Dia – São Cristovão/ Laranjeiras

A primeira vez que me interessei pelo Sergipe foi em 2009 quando organizei uma palestra com o Secretário de Turismo do estado. Em uma conversa informal, ele tentou vender o peixe dele e me explicou brevemente os atrativos imperdíveis do estado, me instigando a conhecer o destino.  Lembro-me dele ter citado duas cidades em especial, São Cristovão e Laranjeiras. A primeira era considerada uma das cidades mais antigas do país, e havia sido capital do estado. A segunda, também tinha grande importância histórica, mas era conhecida por ser um dos berços da cultura negra no Brasil. Portanto, quando cheguei a Aracaju, sabia que um dos passeios que eu teria que fazer era para esses dois destinos. Comprei o passeio como opcional, e paguei R$ 110,00 com o almoço (acho que é um preço quase que padrão para todas as empresas de receptivo de Aracaju). Saímos às 08h30 do meu hotel em direção a São Cristovão. A cidade foi fundada em 1590, e é considerada a quarta mais antiga do país. Foi capital de Sergipe até 1855, mas é importante politicamente já que a Universidade Federal – UFS e o Instituto Federal – IFS estão localizados no município. Está situada a pouco mais de 30 quilômetros de Aracaju, e seu principal atrativo é a Praça São Francisco, monumento tombado pela UNESCO. A cidade é pequena, e um pouco sem graça para quem conhece outras cidades históricas brasileiras, mas a praça é realmente linda (dê uma olhada na foto abaixo).

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Visitei o Museu Histórico do Sergipe (muito fraquinho), a antiga Igreja e Santa Casa de Misericórdia (que de acordo com meu guia será transformada em uma pousada histórica), A Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória, Igreja e Convento do Carmo, e Igreja Nossa Senhora dos Homens Pardos. Mas o maior achado da cidade foram os doces da Casa da Queijada. Localizada na Praça da Matriz, esta loja é famosa pela qualidade dos doces. A Queijadinha e a Cocada de Forno são uma coisa de louco!!! Se visitarem a cidade, não deixem de comprar MUITOS DOCES. De lá fomos para Laranjeiras. A cidade está localizada a 19 quilômetros de Aracaju, e por uma manobra política, quase se transformou em capital do estado. Instituída como cidade em 1848, Laranjeiras é conhecida como a capital brasileira da cultura popular. Chegamos no meio do 38º Encontro Cultural, evento anual que celebra a cultura brasileira. Tive tempo de assistir uma das muitas apresentações. O festival estava vazio, possivelmente pelo horário que chegamos, mas era lindo ver os vários grupos folclóricos devidamente vestidos e prontos para se apresentarem (olha que graça os meninos abaixo!).  

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Visitei a Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, a região do Mercado Municipal, Igreja da Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos, etc. A cidade ainda conta com um Museu de Arte Sacra e o Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, mas não tive interesse em conhecer. De qualquer forma, fica a dica! Laranjeiras tem um patrimônio histórico relevante, mas achei que ele é mal explorado. Muitas edificações precisam de restauração, falta sinalização turística, estabelecimentos gastronômicos típicos e específicos para o turismo, enfim, falta eles entenderem que podem ganhar dinheiro com o potencial que têm. Almoçamos já no meio da tarde em Aracaju no Restaurante Carne de Sol do Ramiro, um estabelecimento localizado na Avenida Beira Mar e que é especializado em comida nordestina. Bom! Ainda fomos conhecer o Shopping Riomar. Achei meio fraquinho para uma capital, mas é em minha opinião o melhor da cidade.

4º Dia – Aracaju

Hoje foi um dia super relax. Acordei mais tarde e não fiz nada pela manhã. Neste período meu pai foi conhecer o Oceanário de Aracaju. Mantido pelo Projeto Tamar, o Oceanário é um centro de visitantes com aquários de peixes, tubarões, entre outros. Custa R$ 12,00, mas tomem cuidado! Meu pais achou o lugar muito fraco! Eu conheci apenas a lojinha do local, e posso dizer que ela é mara! Voltei cheia de comprinhas.  À tarde apenas aproveitei a Orla de Atalaia. À noite jantei em um restaurante chamado Maria Flôr. Também localizado na Orla, esse restaurante tem uma atmosfera bem descontraída, e muito brasileira. Oferece uma variedade de opções, desde a alta gastronomia, até pratos como tapioca e pizza. Eu pedi um risoto de lagosta (R$ 48,00). Meu prato não estava assim tão bom, mas estou recomendando o lugar, pois é um restaurante que vale a pena conhecer.

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5º Dia – Cânion do Xingó

Hoje acordamos muito cedo, pois às 06h30 sairíamos para um passeio ao Cânion do Xingó. Situado no município de Canindé de São Francisco, a 213 quilômetros de Aracaju, e fronteira com o estado de Alagoas, o cânion faz parte de um vale com 65 quilômetros de extensão e 130 metros de profundidade. Está localizado no lago do Rio São Francisco, formado artificialmente devido à Hidrelétrica do Xingó. Comprei meu passeio na Nozestur, talvez a maior e melhor operadora turística da capital sergipana. Paguei R$ 117,00 por pessoa e o passeio incluía os trechos de ônibus e barco. Nosso passeio começou com um trajeto de ônibus até Canindé de São Francisco. São cerca de 3 horas de viagem. Chegamos a um atracadouro e tomamos o barco que nos levaria ao Cânion. O barco é uma história a parte! Ele possui um guia divertidíssimo que explica o percurso, e vende produtos do Xingó como fotos, música, e cachaça. O barco percorre por uma hora o Rio São Francisco e ao contrário do que eu imaginava, o Rio é lindo!!! As águas de tom verde escuro se misturam à vegetação do semiárido e formam uma deslumbrante paisagem. Quando chegamos ao Cânion, a paisagem fica ainda mais bonita. Mas o ponto forte é a parada para o banho. O local escolhido é uma fenda no meio das rochas onde o verde das águas se mistura ao alaranjado dos paredões (dê uma olhada na foto ao lado). Lá é possível fazer por apenas R$ 5,00  um passeio de barco por dentro dos paredões, ou gratuitamente nadar nas águas do Rio São Francisco. Fiz os dois!

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Passamos uma hora no local. Voltamos ao barco, e às 14h30 já estávamos de volta para o almoço. Nosso almoço foi no Restaurante Karranca´s. É a única opção existente. Você pode escolher o Buffet (R$ 30,00), ou A La Carte. Como tínhamos um tempo curto para almoçar, nossa guia recomendou que escolhêssemos o Buffet. Não posso dizer que era maravilhoso, mas também não era ruim. Tinha muitas opções de pratos, e era bem limpinho. Ahhh! Deixa eu contar algo ligado à cultura inútil. Passando a fronteira com Alagoas, a primeira cidade alagoana se chama Piranhas. Além de ser uma cidade turística devido ao seu patrimônio histórico,  é conhecida também por ser a cidade onde as cabeças de Lampião e de seu bando ficaram expostas após suas mortes.  No meio da tarde voltamos para Aracaju. Chegamos às 19h30 no hotel. Estávamos quebrados. Mas valeu a pena! O melhor passeio até o momento!

6º Dia – Aracaju

Como o dia anterior havia sido muito cansativo, optamos por um passeio mais tranquilo. Pela manhã voltamos ao Mercado Municipal, pois queríamos comprar mais queijadinha e cocada de forno. Fomos de ônibus circular, então imagina a aventura?! Infelizmente não encontramos nenhuma tão gostosa como a de São Cristovão. 😦 Além disso, fizemos questão de passar pelos boxes que ofereciam frutas, pois queríamos ver se encontrávamos coisas exóticas. Mas não havia nada de muito diferente, a não ser saputi (éca!). Espantou-me quase não ver caju. E os poucos oferecidos eram muito pequenos e estavam machucadinhos. As goiabas e as bananas também não eram lá grande coisa. Após nossa visita ao Mercado, voltamos ao Centro de Turismo, pois tínhamos interesse nos bordados. Almoçamos pelo local. À tarde fui ao cinema.

7º Dia – Mangue Seco

Hoje acordamos novamente cedo, pois 08h iríamos para Mangue Seco. Localizado no município de Jandaíra, BA, faz fronteira com o estado do Sergipe e está a 79 quilômetros de Aracaju. Também comprei meu passeio com a Nozestur. Paguei R$ 81,00 por pessoa e o passeio incluía os trechos de ônibus e barco. Nosso tour começou com um trajeto de 1h15 até o atracadouro de barcos em Pontal, ainda no estado do Sergipe. De lá pegamos um barco que atravessaria o Rio Real. O passeio dura em torno de 45 minutos, e o melhor de tudo foi a seleção de músicas de Luiz Caldas. Escutamos Tieta, Haja Amor, Fricote, entre outras raridades. Era para entrar no clima! Vale destacar que em poucos dias este trajeto de barco será feito por uma ponte (ela já está pronta, só esperando a inauguração). Chegamos a Mangue Seco e pegamos um bugue (os nativos chamam de Bugre. Rsrsrsrs!). Ele é a única opção viável para chegar à praia. Custa R$ 80,00 (para quatro pessoas), e percorre parte das dunas de Mangue Seco. O trajeto é lindo, lindo, lindo!!!!

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Tava me sentindo a própria Tieta. Chegando à praia, um grupo de crianças ofereceu cocada caseira, castanha de caju, e outras guloseimas nordestinas. Não seria nada estranho se elas não oferecessem todas essas opções com uma musiquinha divertida criada por elas. “Olha a cocada, bonita, cheirosa, gostosa, quem come uma não pára mais… um por três, dois por cinco, quatro por dez, oito por vinte…”. Não tinha uma pessoa que não ria ao escutar a música, e muita gente era motivada a comprar os produtos só por causa dela. A praia é cercada de restaurantes rústicos à beira mar. Estes estabelecimentos ofereciam banheiros limpos, opções gastronômicas, e até redes para descanso (nada mais baiano!). Passamos o dia todo em um deles. Almoçamos uma moqueca de peixe. O que era aquilo?! Muito bom! A praia é agradável. Ela é muito extensa e a água possui a temperatura perfeita (não que eu tenha entrado no mar. Vocês já sabem que é contra minha religião). No final da tarde, nosso bugue nos buscou e levou novamente para ao ponto de encontro onde tomaríamos o barco de volta. Chegamos ao hotel às 17h30. Esse foi outro passeio que valeu muito a pena! Mangue Seco é lindo demais! Recomendadíssimo! À noite comemos novamente na República dos Camarões, e fomos à inauguração da Feira do Sergipe, uma das mais tradicionais feiras de verão da capital. A feira é bem grande e oferece um artesanato mais elaborado. O mais legal da feira foi ver uma Orquestra de Sanfona, e Grupos de Dança Junina.

8º Dia – Aracaju

Hoje é nosso último dia, mas queríamos aproveitar cada minutinho que restava. Pela manhã, fizemos uma visita ao Palácio Olímpio Campos. Construído entre 1860 e 1863, o prédio foi sede do governo de Sergipe, e hoje abriga um museu que conta um pouco da história política do estado. Ele exibe ainda os cômodos usados pelos diversos governadores nestes últimos 150 anos. VLUU L100, M100  / Samsung L100, M100O governador atual mora em sua residência pessoal, mas ainda recebe os chefes de Estado no Palácio. O lugar é muito bonito, extremamente bem conservado, e os guias são ótimos (dê uma olhada na foto ao lado). Vale dar uma passadinha! Minha segunda visita foi no Museu da Gente Sergipana. Inaugurado em 2011, o museu é patrocinado pelo Banese (Banco do estado) e está localizado em um lindo prédio de 1926 que abrigou o tradicional Colégio Atheneu Dom Pedro II. Tendo como curador a mesma pessoa que também coordena o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol, em São Paulo, este museu interativo mostra o patrimônio imaterial do povo nordestino. Ele é muito diferente do que eu esperava; surpreende o visitante a cada instante, e é bem legal!

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A lojinha do Museu também é mara, vale a pena uma visita! O melhor de tudo é que os dois museus foram na “faixa” (adoro quando encontro museus gratuitos). Almoçamos no hotel e à tarde nosso transfer já estava nos aguardando para o retorno à Curitiba. Cheguei em casa quase meia noite.

Sergipe foi uma surpresa! Se por um lado a cidade de Aracaju não tem as lindas praias de Maceió, ou a infraestrutura de Fortaleza, ela ganha nos quesitos qualidade de vida, tranquilidade e segurança. O povo é o mais bonito do Nordeste (na minha humilde opinião), simpático, e muito alegre. A comida é muito boa, mas não tão barata como os sites e blogs de turismo dizem ser. Comi tudo que eu tinha direito… e o que eu não tinha também. Ataquei algumas moquecas de peixe, de camarão, carne de sol, baião de dois, feijão tropeiro (diferente do prato oferecido no Sul), lagosta, manteiga de garrafa (originário da Paraíba, mas popular por aqui), etc. Além disso, ainda experimentei frutas exóticas como jamelão, mangaba, umbu, cajá e saputi. Mas o que mais me chamou a atenção não foram às pessoas ou a cozinha sergipana, e sim as belezas do Cânion do Xingó e de Mangue Seco. São dois atrativos especiais!!! E por isso, e por tantas outras coisas que essa viagem foi ótima. Recomendo a todos aqueles dispostos em conhecer um destino fora do Nordeste tradicional.

Agora em terras cariocas

Os últimos posts do meu blog descrevem viagens realizadas ao exterior, mas como uma boa brasileira também valorizo os destinos nacionais, por isso dessa vez vou descrever um pouco da minha última viagem ao Rio de Janeiro. Na verdade, ela não foi uma viagem a lazer e sim a trabalho, mas não dá para dizer que não aproveitei os dias na “Cidade Maravilhosa”. Acho que todos sabem disso, mas não custa relembrar; o Rio de Janeiro é a capital do estado de mesmo nome e a segunda maior metrópole do país. A região, especificamente a Baía da Guanabara, foi descoberta por Gaspar de Lemos, um navegador português em 1º de janeiro de 1502. Mesmo fazendo parte do território brasileiro, a localidade foi invadida pelos franceses, expulsos definitivamente em 1567. Independente disso, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi oficialmente fundada por Estácio de Sá poucos anos antes, em 1565. Por muito tempo o desenvolvimento do Rio de Janeiro foi lento, mas após a transferência da sede da colônia de Salvador para a cidade, em 1763, e a chegada da Família Real portuguesa, em 1808, a capital fluminense passou a se despontar e se transformou em uma metrópole cosmopolita.

Hoje, a economia da cidade está baseada em grande parte pelo setor de serviços, mas é preciso ressaltar que ela também está relacionada ao dinheiro recebido pelos royalties devido à exploração de petróleo no estado. Além de capital econômica, a cidade é conhecida por ser um dos destinos mais bonitos do mundo, esse título está relacionado à beleza cênica do local que mistura praias de águas verde escuro, morros que circundam a região e a floresta atlântica que está presente em todo o território.

1ºDia

Começamos nosso passeio com uma viagem interminável de ônibus (17 horas). Chegando ao Rio de Janeiro havíamos planejado visitar o Cristo Redentor por meio do trem que leva ao Corcovado. Só que quando estávamos no centro da cidade uma amiga avisou que essa visita deveria ter sido agendada com antecedência, portanto tive que mudar meus planos; deixei os alunos no hostel e fui fazer a reserva do grupo. Consegui um horário para as 17h40, então nesse meio tempo tentei descansar um pouco.

Como era uma viagem de estudantes, ficamos hospedados no Copa Hostel, um dos albergues mais conhecidos do Rio de Janeiro. Ele está situado no final do bairro de Copacabana, há duas quadras da praia. Pela internet, o lugar parecia perfeito; despretencioso, mas ao mesmo tempo super charmoso e jovial. Nossa, como a internet engana!!! O estabelecimento era dividido em dois prédios. No prédio central, os quartos mesmo sendo novos eram muito abafados e os banheiros coletivos não ofereciam privacidade. Já no edifício em anexo, os dois apartamentos transformados em quartos eram aparentemente sujos, com um cheiro pouco lisonjeiro e nada práticos. Eu fiquei em um quarto triplo que era visivelmente uma cozinha transformada em UH. Era abafado, a pia estava dentro do armário, o cano do gás fazia parte da cabeceira de uma das camas e as paredes eram cobertas com azulejo. Isso porque eu ainda não contei do banheiro, ui!!!! A cortina de plástico estava cheia de mofo, tinha cabelo na torneira da pia e também não tinha um cheiro agradável. Não é um empreendimento que eu recomende!

Após o check-in, fomos fazer a visita ao Corcovado onde tomamos o trem no bairro do Cosme Velho. O Centro de Recepção de Visitantes é bem estruturado e sinalizado, mas muito apertado para o fluxo de turistas que recebe todos os dias. O passeio custou R$ 43,00 e logo que chegamos já tomamos o trenzinho para subir ao morro. A viagem é agradável já que corta parte da Floresta da Tijuca, mas muito demorada. Além do trenzinho andar muito lento (mais lento que uma caminhada normal), também fazia paradas sem sentido no meio do caminho. Chegando ao ponto mais alto, andamos alguns degraus de escada (se quiser tem a opção do elevador) e depois pegamos a escada rolante até a estátua. A vista do lugar é indescritível !!!! Você consegue ter uma visão 360º da cidade do Rio, mas o frio lá em cima é muito forte, de chorar! Portanto lá vai a minha primeira dica de viagem; quando for visitar o Cristo Redentor, leve uma blusa pesada, pois o frio é de doer. Segue abaixo uma foto do trenzinho.

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O tempo também não ajudou muito, pois estava nublado. Lá é possível ver turistas de todo o mundo, tinha até uma noiva fazendo sua cerimônia de casamento na capela atrás da estátua do Cristo. Para quem não sabe o Cristo Redentor tem 38 metros (8 deles fazem parte do pedestal), foi feito em concreto armado e é coberto por um mosaico de pedra sabão. Esse ano o monumento completou 80 anos. Deem uma olhada na foto do Cristo e na linda vista da cidade (infelizmente não tão linda com o tempo nublado!).

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Estava doida para ir embora, pois o frio acabava comigo, mas tive que esperar todo grupo descer para tomarmos o trem juntos. Por conta disso, ficamos em torno de 1h30 na fila esperando. Esse é um ponto negativo do atrativo, pois a volta foi confusa e havia uma fila muito grande, eles deveriam repensar esse layout. A descida também foi demorada, mas a melhor parte foi quando o trenzinho parou os vagões e desligou a luz por alguns momentos. Ver a cidade iluminada do alto foi de tirar o fôlego! Terminando o passeio, voltamos à Copacabana e terminei minha noite caminhando pela orla da praia. Passei pelo lindo Copacabana Palace que a noite é ainda mais estonteante e dei uma fuçada na feirinha de artesanato. Fiquei contente em saber que mesmo escutando coisas horríveis sobre a violência no Rio, é possível andar pela orla da praia à noite sem se preocupar com possíveis abordagens. Fui dormir acabada, mas feliz por ter dado tudo certo!

2º Dia

Acordamos cedo, pois pela manhã faríamos uma visita guiada ao centro da cidade. Nossa visita começou na Igreja Nossa Senhora da Candelária (linda igreja do séc. XIX que infelizmente é mais conhecida pela chacina ocorrida no começo da década de 1990). Vejam a foto da Igreja abaixo.

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Logo ao lado da Igreja, visitamos o Centro Cultural Banco do Brasil (edifício também do séc. XIX que abrigou o Banco do Brasil e que hoje é um espaço para diferentes exposições. Além das apresentações esporádicas, o lugar conta com um museu numismático [moedas] e de mobiliário histórico do banco). Segue foto abaixo.

Passamos pela Praça XV de Novembro (onde desembarcou a Família Real quando chegou à cidade e hoje ainda possui vários edifícios de valor histórico como o Paço Imperial); Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (instalado no Palácio Tiradentes, um lindo edifício em estilo eclético construído na década de 1920); Confeitaria Colombo (que estava fechada); Largo da Carioca (um espaço onde fica o Convento de Santo Antonio); Cinelândia (região onde está localizado o magnífico Theatro Municipal, além da Biblioteca Nacional, Museu Nacional de Belas Artes, Câmara Municipal entre outros edifício importantes); e terminamos o tour na Lapa. Segue foto do Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional.

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Eu fiquei bastante decepcionada com o centro do Rio, pois a última vez que havia visitado estes pontos, a cidade estava linda, limpa e muito bem preservada. Desta vez, esta região apresentava muito lixo, o calçamento parcialmente destruído e muitos moradores de rua dormindo do chão e pedindo dinheiro. Uma pena! Almoçamos no Graça da Vila, um restaurante por quilo no bairro do Catete e à tarde visitamos o Museu da República. Deem uma olhada na fachada do edifício e uma das suas salas.

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Conhecido também como Palácio do Catete, este lindo prédio do séc. XIX foi sede do poder executivo no Brasil e palco de acontecimentos marcantes como o velório de Afonso Pena e o suicídio de Getúlio Vargas. O museu é pequeno e conta com um acervo relativamente modesto, mas é bonito. Ao fundo, o edifício possui um lindo jardim, nos moldes do Jardim Botânico, um lugar bastante agradável. Finalizando nossa visita, voltamos para Copacabana. Separada do grupo fui conhecer o charmoso bairro da Urca, cheio de casas antigas, mas muito bem cuidadas, arborizadas e com uma vista indescritível (passei até pela cobertura do Roberto Carlos!!!) e o Forte de Copacabana (construído de 1914). Ainda dei uma voltinha pela Praia de Ipanema. À noite fui em um dos barzinho do bairro de Copacabana mesmo. Deem uma olhada na fachada do Forte de Copacabana.

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3º Dia

Hoje pude acordar um pouco mais tarde, pois nossa visita ao Pão de Açúcar estava marcada para às 10h. O passeio ao Pão de Açúcar surgiu de uma ideia do engenheiro brasileiro Augusto Ferreira Ramos que durante a Exposição Nacional ocorrida no Rio de Janeiro de 1908. Ele pensou em criar um teleférico nos moldes dos vistos na Europa que ligasse a Praia Vermelha, o Morro da Urca e o Pão de Açúcar. A ideia foi concretizada em 1912, e esse teleférico foi chamado carinhosamente de Bondinho, pois os carros se assemelhavam aos vagões dos bondes que circulavam pela cidade. Claro que hoje os  carros do teleférico são muito mais modernos, deem uma olhada.

O passeio custa R$ 53,00 e é muito melhor do que eu esperava. A infraestrutura é boa, tudo muito organizado, e mesmo havendo filas, elas andam relativamente rápido. A vista é magnífica e lá em cima é possível conhecer toda a história do atrativo.

De lá voltamos à zona sul onde fui até o Shopping Leblon (nem é aquelas coisas) para almoçar. Dei uma andada pelo bairro do Leblon e voltei até Ipanema a pé, pois queria ir a Rua Garcia D’Ávila para umas comprinhas básicas. Esta rua é considerada a mais elegante da cidade, como se fosse um shopping de luxo a céu aberto. Congrega lojas de vestuário, cama, mesa e banho e decoração de marcas nacionais e internacionais, além de cafés e bistrôs super charmosos. É uma área plana, super arborizada e extremamente agradável, vale a pena a visita, mesmo que seja só para ver! Andamos pela rua até o final onde fica a Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das paisagens mais tradicionais do Rio, mas que infelizmente estava visivelmente poluída. Segue foto abaixo.

Voltamos a pé para o hostel e à noite retornamos ao bairro de Ipanema onde tomamos uma Sangría no ¡Venga!, bar de tapas espanhol super charmoso que tem filiais no Leblon – Rio e na Vila Madalena – São Paulo. Mais do que recomendado!

4º Dia

Hoje acordamos chedo, pois haviamos planejado tomar café da manhã na Confeitaria Colombo, talvez a confeitaria mais tradicional do Brasil. Inaugurada em 1894, o lugar conserva o ambiente bucólico da época em que era o reduto de políticos e artistas. Foi a preferida de presidentes, recebeu visitas inclusive de reis, e é considerada Patrimônio Histórico e Artístico do Rio de Janeiro. O lugar é fabuloso; os espelhos belgas moldurando o mobiliário em jacarandá e as bancadas de mármore italiano fazem você imaginar que está na Paris dos anos 20. Um programa imperdível! Deem uma olhada no interior do atrativo.

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Tomamos um café da manhã completo (R$ 46,00 para duas pessoas); ele não é requintado como eu imaginei, mas é bom o suficiente e você fica tão encantada com o lugar, portanto é capaz de comer pão francês amanhecido com margarina acompanhado de café preto e achar que foi a melhor refeição da sua vida. Tomamos um metrô até o lugar e foi excelente; um transporte limpo, eficiente e de valor justo. Depois de ter comido horrores na Confeitaria voltamos ao hostel para o check-out e retornamos para casa. Como pegamos dois incidentes na estrada, nossa viagem levou “apenas” 20 horas (Ai meu Deus!), mas tudo bem.

Minhas impressões gerais dessa viagem foram bastante contraditórias. Por um lado, fiquei decepcionada com o descaso de alguns atrativos turísticos como o Centro Histórico, e me questionei muitas vezes se a cidade realmente tem estrutura para receber um evento tão complexo como as Olimpíadas de 2016. Por outro, fiquei feliz em ver que o Rio não é uma zona de guerra como os jornais pintam. Sobre os cariocas, infelizmente tenho que admitir que eles não são tão amistosos e acolhedores como no imaginário popular, achei até alguns deles muito interesseiros. Além disso, eles não são um primor de beleza e elegância. Os vestidos das mulheres eram demasiado curtos e os saltos demasiado altos, muito periguete para o meu senso de estilo. Mas mesmo quem não gosta de praia, tipo eu, é sempre um prazer olhar o mar circundado pelas montanhas e ver como os cariocas, mesmo tendo uma vida frenética, sempre reservam um espaço para o lazer, seja na pelada com os colegas de trabalho nas quadras de esporte no bairro da Glória, ou andando de bicicleta na orla das diferentes praias.

Até a próxima!

O último sopro das férias

Para terminar meu período de férias em grande estilo, fiz algo que queria há muito tempo; ir ao Beto Carrero World. Para quem não sabe, o parque temático fica próximo a Praia de Armação, no município da Penha, litoral de Santa Catarina. Idealizado por Beto Carrero, o parque que leva seu nome foi inspirado em uma de suas viagens a Disney e inaugurado em 1993. Eu já havia ido ao parque no ano de inauguração e não tinha gostado muito, pois na época havia poucas atrações. Sem dúvida o que mais me chamou a atenção foi o Show do Beto Carrero. Apresentado no final do dia em uma tenda de circo,  o show possuía a cenografia elaborada de um espetáculo teatral, mas em si lembrava muito os filmes de faroeste. O show permanece intacto, mas não é mais apresentado pelo Beto Carrero que faleceu há alguns anos. Em frente à tenda foi montado um museu em homenagem a ele. O mesmo foi muito bem elaborado com fotos, objetos pessoais e inclusive seu magnífico “trailler” (adquirido de John Wayne, um dos seus ídolos). Todo o espaço é de muito bom gosto. Todos os shows que eu havia assistido na época, continuam  sendo apresentados (Excalibur, África Misteriosa, etc.), porém muita coisa nova foi acrescida ao parque. O dia estava bonito e o sol muito forte (minhas coxas que não viam sol há pelo menos 3 anos, voltaram super, hiper, mega vermelhas). Na verdade como eu sou uma pessoa muito esperta, enchi meu rosto de protetor solar e esqueci de passar no restante do corpo e depois de um dia no sol, estou cheia de marquinhas indesejadas.

 

O parque não estava muito cheio! Isso foi ótimo, pois pude aproveitar todos os brinquedos que eu queria.  Depois das 15h aconteceu um fenômeno muito estranho, pois não havia mais ninguém nas filas. Não sei onde todo esse pessoal foi, mas para mim foi ótimo! Havia muitos argentinos (o que era de se esperar!), encontrei também alguns europeus, mas o que predominava no parque eram as famílias catarinenses.

 

Fui a quase todos os brinquedos (só não tive coragem de ir naqueles muito radicais, pois sou muito medrosa), mas me diverti do mesmo jeito! O parque agora tem um grande número de atrações para todas as idades. Uma boa infra-estrutura (olha a turismóloga falando) com placas de sinalização e mapas de orientação, mas acho que precisavam melhorar a limpeza dos banheiros. Me sujei, me molhei… Fiquei como uma criança em uma loja de doces, deslumbrada com tudo e muito feliz por estar lá!

 

São nesses momentos que percebo como sou uma pessoa privilegiada, pois tenho a oportunidade de fazer o mais gosto, viajar!

Manaus aqui estou eu!!!!

Eu sempre uso meu blog para falar um pouco sobre as minhas viagens e como não podia deixar de ser, estarei tentando postar em tempo real as impressões que tive de Manaus-AM.

Natureza, vida selvagem e comunidades indígenas não são os tópicos que eu mais gosto, mas decidi conhecer um lugar diferente nestas férias e achei que Manaus seria uma ótima opção. Quando escolhi a cidade, pensei basicamente na riqueza local, principalmente relacionada ao final do século XIX e começo do século XX quando houve o auge da exploração da borracha. Deste período, é possível ver a riqueza da sociedade estampada nos lindos casarões de época. A zona franca foi outro ponto economicamente importante para o desenvolvimento local, mas, segundo meu guia, perdeu toda a força na década de 1990 e foi substituído pelo pólo industrial. Outro ponto que me interessava era entender a influência dos rios na vida das pessoas, fato que pude comprovar durante minha estadia no destino. Portanto, vou contar aos pouquinhos os locais que conheci durante a viagem e escrever o que eu acho vale ou não a pena conhecer. 

 

1º Dia 

 

Saímos de Curitiba às 09h da manhã. Meu voo já foi um capítulo a parte da viagem. O voo tinha 3 escalas (quer dizer, o avião parava, mas não podíamos sair de lá) e durou 07h10. Imagine ficar em um avião, com as poltronas pequenas e desconfortáveis dos voos domésticos por tanto tempo sem ter nenhuma musiquinha, filminho ou qualquer coisa assim para se distrair! Fiquei tanto tempo que eu poderia ter feito São Paulo – Lisboa. Chegando ao Aeroporto, que é bastante precário e antiquado, nosso receptivo já estava nos aguardando. O caminho do aeroporto até o Hotel Tropical Manaus não podia ser melhor. A estrada (conhecida como Avenida do Turismo) é bem asfaltada, com canteiros super cuidados, cheio de condomínios de luxo.

O Hotel Tropical Manaus tem pouco mais de 550 UH´s (400 colaboradores), foi inaugurado em 1976  e é administrado pela companhia Varig através de uma fundação. Ele fica situado no final da praia de Ponta Negra, uma praia fluvial bastante conhecida e distante do centro da cidade. Passar pela Ponta Negra foi um prazer, porque seus prédios lembram a Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. O hotel é muito melhor do que eu esperava!!! O local é um complexo com dois hotéis (Tropical Manaus e Tropical Business), tem toda a infraestrutura de um resort e ainda conta com mini-zoológico, pier para os passeios no rio e até um centro de convenções. Aproveitamos à tarde para conhecer a estrutura do hotel e jantamos em um restaurante na Ponta Negra. Deem uma olhada na entrada e na infraestrutura do empreendimento.

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2º Dia 

Acordamos cedo e fizemos um city tour pela cidade. Foi aí que começou minha desilução! A centro de Manaus não é tão bonito quanto eu esperava (e olha que eu não esperava muita coisa), realmente pudemos ver muitos prédios históricos espalhados pela cidade, mas estão, em sua maioria, depredados ou abandonados, olhem que tristeza.

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Fundada em 1669 com o Forte de São José do Rio Negro, foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaus, que significa “mãe dos deuses”, em homenagem à nação indígena dos Manaós. Foi transformada em cidade em 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 1856 voltou a ter seu nome atual. Durante o passeio conhecemos o Porto flutuante (que não era assim grande coisa, mas foi trazido da Inglaterra em pedaços e montado em Manaus), o prédio da Alfândega, a Catedral, o Palácio do Governo, o Museu do Índio (nossa! esse foi muito ruim), o Teatro Amazonas (realmente lindo mas menor do que eu esperava) e o Palácio da Justiça. De lá, ainda andamos pela cidade e passamos pela Biblioteca Estadual (que está em reforma), Zona Franca (que parece o Paraguai) e fomos ao Shopping Amazonas. Jantamos por lá e voltamos de ônibus coletivo para o hotel. Os ônibus coletivos são um capítulo a parte; velhos e com motoristas loucos, foi uma das maiores aventuras de toda a viagem, mas foi uma forma de conhecer melhor a cidade e a comunidade local. Segue abaixo o lindo Teatro Amazonas, a Catedral e o edifício da Alfândega.

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3º Dia 

Acordamos cedo e fomos ao píer do hotel para um passeio de barco conhecido como “Encontro das Águas”. O encontro das águas é quando o Rio Negro e o Rio Solimões se encontram. Os dois rios não se misturam por serem quimicamente diferentes (O Negro tem PH mais ácido e o Solimões é barroso devido aos sedimentos que recolhe durante seu longo trajeto). No passeio passamos por toda a cidade, vimos algumas casas de palafitas, os portos (de passageiros e do pólo industrial) e parte do centro histórico. Uma  das coisas mais interessantes foi ver postos de combustível no meio do rio. Grande parte da população do estado tem acesso a Manaus pelo rio, portanto nada mais natural que ter postos de combustível no rio para estas embarcações. O dia estava muito feio! Choveu bastante pelo percurso. Na verdade, foi o único dia de toda a viagem que choveu para valer; isso porque a meteorologia dizia que todos os dias teria chuva com trovoadas! Chegamos ao encontro das águas e é realmente muito interessante, mas estranho, vejam as fotos!

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De lá, almoçamos em um restaurante flutuante. O lugar era muito aconchegante e até luxuoso se analisarmos onde estávamos e a comida, a melhor que comemos em Manaus. Após o almoço, andamos pela vegetação local, vimos algumas vitórias-régias e jacarés. Pegamos uma canoa e exploramos partes da floresta que hoje é uma área de preservação ambiental. Essa mesma área foi utilizada como uma das locações do filme “Anaconda”, estrelado pela Jennifer Lopez.  Como estávamos em um grupo grande, tomamos 3 canoas e nos divertimos um monte. Dois barcos ficaram presos no rio, alguns turistas tentaram sair do barco para tirar fotos de árvores centenárias e caíram na lama. Conheci três comissários de bordo da Delta muito divertidos! A única coisa que não foi nada divertida foi ser atacada pelos pernilongos amazônicos, que, segundo uma das pessoas do nosso grupo, os bichinhos estavam “nervosos”! Voltamos para o hotel no final da tarde, super cansados!

Abaixo coloquei algumas fotos da aventura.

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4º Dia

 

Esse foi um dia mais relax e pude acordar um pouco mais tarde (9h30). Pegamos um ônibus (circular) e fomos para o centro da cidade. Passamos pela feirinha de artesanato, Mercado Municipal (que está caindo aos pedaços, mas será restaurado em breve, deem uma olhada).

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Almoçamos em um restaurante indicado por alguns moradores locais, mas não era nada bom, nem vou fazer o favor de nominá-lo. Passeamos um pouco mais pelo centro histórico e voltamos ao hotel. À noite fomos a uma festa promovida pela equipe de recreação do Tropical. Tava meio fraquinha, mas valeu!

 

5º Dia

 

Foi sem dúvida o dia mais esperado por mim. Acordei super cedo e já estava no píer às 06h45, pois iria tomar a lancha para uma visita técnica no Hotel Ariaú. Quando cheguei lá, o motorista havia me dito que ela só sairia às 08h. Fiquei com um ódio mortal, pois perdi uma hora do meu precioso sono! Voltei ao meu quarto, esperei dar o horário e fui ao local. Viajamos por 1h30 de barco e chegamos finalmente ao empreendimento. A primeira impressão foi a pior possível! Um lugar meio abandonado, a pintura desbotando e os prédios mal construídos. Vejam com seus próprios olhos…

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Fizemos uma visita técnica com uma guia específica para nosso grupo (não foi de graça, paguei R$ 180,00 pelo passeio com almoço incluído) e foi possível obter informações importantes sobre o local.

O hotel partiu de uma ideia de Jacques Custeau (não sei se é assim que se escreve) em 1982, mas só se concretizou em 1984 quando um advogado de Manaus, Sr. Rita Bernardini começou a obra de um hotel no meu de um igapó, cercado pelos Rios Negro e Ariaú. O empreendimento, que sempre foi voltado ao público estrangeiro, abriu suas portas em 1986. Conta com 80 colaboradores fixos que moram no hotel e trabalham em regime de escalas (12 dias de trabalho/3 dias livres em Manaus). O número de funcionário aumenta na alta temporada que, segundo o guia, é de julho a setembro. Seu principal público sempre foi os americanos, mas com os atentados e a recente recessão no país do Tio Sam, os europeus se tornaram maioria. Aos poucos os brasileiros têm descoberto o local, mas ainda é um empreendimento muito caro para os nossos padrões. Conhecemos vários tipos de apartamento (standard, suíte e bangalôs) e parte da infraestrutura local. Deem uma olhada e façam suas próprias conclusões.

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Após a visita, almoçamos por lá e fiquei surpresa com a variedade de pratos. Pela tarde, eu e uns colegas americanos que conheci durante o passeio alugamos um carrinho de golf elétrico e percorremos todo o local e fomos à capela, a pirâmide de meditação, a cabana da Barbie (tudo rosa, um sarro!) e a praia. Foi nessa hora que comecei a sentir a magia do lugar.

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No meio da tarde, pegamos um barco maior e voltamos a Manaus.

6º Dia

Acordei tarde de novo e aproveitei minha última manhã passeando pelo hotel. Nosso receptivo nos levou ao aeroporto e almoçamos por lá. Pegamos o voo no final da tarde e dessa vez fizemos uma outra rota, então, graças a Deus foi um voo mais rápido (pouco mais de 5 horas). Chegamos de madrugada em Curitiba, em mais um dia frio e chuvoso e assim terminou mais uma aventura. 

Dessa vez a parada foi em São Paulo

Então,

 

Sempre deixo aqui um diário das minhas viagens e como não podia deixar passar, final de semana passado fui com os alunos para São Paulo e vou contar um pouquinho de tudo que aconteceu por lá. Primeiro, eu amo São Paulo! Gosto do movimento, das pessoas, das opções de entretenimento e de saber que essa megalópole representa o que é o Brasil: uma mistura de ração, religiões, história e cultura. Acho fascinante saber que a cidade congrega todos os períodos históricos vivenciados pelo país através de seus edifícios, seus museus, monumentos, suas ruas como também de sua gente.

 

Saímos de Irati na quinta à noite e chegamos a Sampa na sexta de manhã. Na verdade, deveríamos ter chego muito mais cedo mas como os motoristas não conheciam a cidade, acabamos atrasando um pouco. Se não fosse uma aluna que mora em São Paulo auxiliá-los no caminho, acho que só chegaríamos hoje! rsrsrsrs No período da manhã tínhamos uma visita técnica na Bovespa e BM&F (Banco de Mercados e Futuro) localizada no centro. A cidade continua linda! O centro está mais conservado do que nunca e a política de padronizar e tirar os outdoors e placas da cidade fez com que os prédios e as ruas tivessem ainda mais destaque.  Foi muito interessante conhecer um pouquinho mais sobre o mercado financeiro, mas a visita foi muito cansativa pois não havíamos dormido nada no ônibus na noite anterior. De lá, nos atrasamos um pouco e fomos almoçar no Shopping Pátio Paulista. Após o almoço, passamos pela Avenida Paulista e de lá chegamos ao Masp – Museu de Arte de São Paulo onde pudemos conhecer as exposições permanentes e temporárias. Nunca havia ido ao Masp antes então, mesmo não sendo muito fã de pinturas, foi interessante conhecer o acervo do museu. Com obras de artistas brasileiros e as exposições temporárias como a de Jerusalém que era muito legal, pude conhecer a riqueza do museu que é um dos mais importantes da América Latina. Mortos de cansaço, fomos ao São Paulo Hostel onde íamos nos hospedar, tomamos um banho, descansamos um pouco e de lá fomos numa pizzaria no centro da cidade. Alguns alunos foram para outros cantos e um grupo quis aproveitar o tempo livre para andar de metrô.

 

No segundo dia, acordamos cedo e fomos ao Museu Paulista. Também conhecido como Museu do Ipiranga, há alguns anos este lindo local têm sido administrado pela USP e conta um pouquinho da história da monarquia brasileira bem como a história da cidade de São Paulo. Eu particularmente gosto da ala do museu com os móveis antigos (se bem que acho que eles deveriam ter um acervo muito mais significativo) e o da história do comércio e das casas paulistas. Deste passeio, passamos pelo Parque do Ibirapuera, Estação da Luz, Parque da Luz onde conhecemos o aquário e Pinacoteca. Almoçamos no Mercado Municipal onde fiz questão de comer o tradicional (e caro) pastel de bacalhau. Andei por todas as barracas conhecendo os produtos vendidos e pude experimentar frutas diferentes e exóticas. Do mercado fizemos um city tour a pé pelo centro da cidade, passando pela Rua 25 de Março, Mosteiro de São Bento, Prefeitura Municipal, Viaduto do Chá e Teatro Municipal, Centro Cultural Banco do Brasil, Pateo do Colégio, Casa da Marquesa de Santos, Catedral da Sé e finalizando na Liberdade – bairro tradicional japonês. Pudemos passear um pouquinho pelas ruas deste bairro, jantamos por lá e voltamos ao ônibus de metrô. Ficamos com muito medo de andar de metrô com um grupo tão grande (42 pessoas) mas fizemos uma logística imbatível e todo mundo chegou no ponto final sã e salvo! Os alunos até deram uma salva de palmas pelo desempenho e foi muito legal porque as pessoas ao nosso lado olhavam para nós como aquela cara: – Quem são esse baldo de loucos!!!  Nosso passeio terminou às 19h30 mas saímos de São Paulo quase 23h porque como havíamos dito, nossos motoristas não conheciam a cidade e demos umas boas voltas até encontrar a saída. Chegamos em Irati às 07h da manhã, mortes de cansaço e frio já que a cidade estava congelante.

 

A viagem foi muito boa, não tivemos problemas mais graves e mesmo que ela tenha sido rápida, acredito que os alunos puderam conhecer um pouquinho de São Paulo. Durante os dois dias, fez muito sol o que ajudou bastante durante todo o passeio. Os alunos ficaram empolgados porque puderam se entrosar ainda mais e já estão planejando outras viagens para o próximo ano. Queria ter tido tempo para passear pelos Jardins, conhecer o novo shopping (Cidade Jardim), comer em um restaurante legal e ter ido ao cinema, mas espero que não falte oportunidades para voltar a "Terra da Garoa".

 

 

 

Tô em Bééééllllleeemmm!

Hoje estou na capital do Pará, pota da Flores Amazônica e terra de grandes diversidades naturais e culturais. Cheguei na sexta-feira (dia 12) e resolvi fazer um diário da minha viagem para não esquecer nenhum dos atrativos que irei visitar até o final desta jornada. Na sexta-feira, acordei às 05h00 da manhã (odeio ter que madrugar), devo ter dormido apenas 1h30 e estava podre. Tomei um banho (gelado porque o gás da caldeira não funcionou), terminei de ajeitar minha mala e fui para o Aeroporto Afonso Pena. Às 07h30  saiu meu voo para Brasília (sem atraso). De Brasília peguei outro voo para Belém. Cheguei na cidade às 13h30.

Almoçamos no próprio hotel e fomos passear a pé pelo centro da cidade. Vale  lembrar que estava um calor de rachar! Uma umidade absurda; às vezes era difícil até de respirar. Passamos pelo Palacete Bolonha (LINDO!!!), edificação do começo do século XX e pela Praça da República, local no qual está localizado o Theatro da Paz (também maravilhoso, deem uma espiadela no coreto da Praça e no Teatro).  

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Às 15h00 começou a chover (ahhh! chove todos os dias por volta das 15h00) e aproveitamos a chuva para fazer uma visita técnica no teatro. De lá fomos ao Shopping Iguatemi. O Shopping não era bem o que eu esperava. Mesmo oferecendo todas as principais marcas do varejo, o layout e os frequentadores eram meia boca. À noite jantamos na Estação das Docas. O lugar era muito bonito, super legal, organizado, muito romântico, cheio de gente bonita, enfim, tudo de bom!!! Super recomendado! Depois do jantar, voltamos para o hotel. Na sexta-feira, Belém fez 391 anos (12/01/1616).  

As primeiras impressões da cidade: Belém é mais encantadora do que eu imaginava. Os lindos casarões do começo do século (infelizmente nem todos restaurados) e as ruas arborizadas fazem você se sentir em um ambiente acolher. As pessoas não são tão feias quanto eu esperava; na verdade, vi uns homens bem bonitos em determinados locais. Além disso, o paraense é muito simpático! Eles chegam e te abordar na rua questionando se você precisa de ajuda. Isso foi muito legal!

Dia 13/01

Hoje acordamos cedo e fizemos um city tour pela cidade. Primeiro fomos no Mercado Ver-o-Peso. Na verdade, está longe de ser o que eu imaginava mas tem coisas bem interessantes. Deem uma olhada na pontinha do mercado que se encontra com o rio.

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Passamos de van pela Praça do Relógio, Praça Dom Pedro I onde fica o Paço Municipal (que hoje é um museu) e o Museu do Estado do Pará, um edifício lindo que estava  em reforma. Demos uma passada na Catedral Metropolitana (também em reforma, próxima foto), no Museu de Arte Sacra e na Casa das 11 Janelas (também segue foto abaixo).

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Fomos também no Museu Emílio Goeldi, um bosque que tem a diversidade da fauna e flora amazônica. Almoçamos no Parque da Residência (antiga casa do governador). O lugar é tudo de bom! A comida é sensacional, é tudo muito bonito, realmente vale a pena conhecer. Deem uma olhada na carinha do casarão.

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Quando saímos do parque começou a chover!!! Depois da chuva, fomos conhecer melhor o centro antigo da cidade (a pé, claro!). Fomos no Forte do Presépio, sentamos um pouco no Boteco das Onze (o lugar é super legal, cheio de gente bonita e de comida elaborada. Foi considerado pela Revista Veja por dois anos consecutivos o melhor Happy Hour e a melhor vista de Belém). Andamos pela rua e fomos na Estação das Docas. Jantamos por lá e voltamos para o hotel.

Dia 14/01 

Hoje deu para dormir um pouquinho mais. Acordei às 08h45! Estou morta e acabada! Meu corpo dói todo! Tô velha mesmo! Fizemos uma visita técnica no Palacete Bolonha (que já havíamos visto a fachada e segue foto abaixo). O local é maravilhoso! O trabalho em gesso, os azulejos, a escada em ferro fundido…

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Depois da visita, fomos na feirinha de artesanato da Praça da República e almoçamos no Mangal das Garças, um lindo parque do governo estadual. o local conta com um Orquidário, Borboletário, Museu da Navegação, Mirante e um espaço específico onde fica os pássaros locais. Segue fotos do Parque e eu dentro do Museu da Navegação.

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Almoçamos no Manjar das Garças, um restaurante dentro do parque. Muito chique e muito caro! Hoje o calor estava demais! O pior é que a chuva só chegou no finzinho da tarde. Do parque, passamos no Palacete do Pinho e na Igreja do Carmo. Segue abaixo uma foto da Igreja.

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Ainda visitei o Museu do Círio de Nazaré e voltei para o hotel. Amanhã acordo de madrugada de novo para pegar o barco que irá até a Ilha de Marajó. 

Dia 16/01

Acordamos cedo e fomos fazer uma passeio pelo rio. Outro passeio porcaria! À tarde, fomos conhecer Soure, considerada a capital do Marajó. A cidade é bonitinha, diz o guia que o urbanismo de lá foi feito pelo mesmo profissional que cuidou de Belo Horizonte, mas não sei se é verdade. Deem uma olhada na igrejinha local.

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Passeamos pelas lojas de artigos de couro de búfalo, lojas de arte marajoara artesanal e fomos para a fazenda de búfalos. Eu vi poucos búfalos e eles estavam meio magrinhos, mas andei e tirei fotos com uns búfalos gordos de estimação que eles têm. Olhem que peoa mais jeitosa!

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No final do passeio, eles passaram pela praia dos Pesqueiros. Uma praia muito bonita, mas ficamos apenas 15 minutos por lá. Só deu tempo de ver, tirar foto e voltar para a van. Fiquei bem decepcionada com a Ilha e meu grupo também, então facilmente decidimos ir embora de madrugada do dia 17. Na verdade, iríamos embora só no final da tarde. À noite, teve show de Carimbó no hotel. Foi legal!

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Primeira informação do dia: você sabia que Pará significa “grande”? Então, dia 15 de janeiro (segunda-feira) acordamos de madrugada e fomos pegar o barco para Ilha de Marajó. A Ilha de Marajó é a maior ilha fluvial do Brasil. Tem 250 mil habitantes, 15 municípios e 600 mil búfalos. Tem até capital, Soure! O transporte de Belém até a ilha demora cerca de 3 horas. Chegamos no porto de Salvaterra. Pegamos uma van muito simples e fomos para nosso hotel: Pousada dos Guarás. É uma pousada com piscina, praia semi particular (as praias brasileiras são públicas porém só chega nesta praia se você estiver dentro do hotel) mas diferente do que eu imaginei, é um lugar simples e cheio de URUBUS! Isso dá uma sensação horrível. À tarde, fizemos uma visita nas ruínas de Joanes, que foi o primeiro ponto descoberto na Ilha; conhecemos Salvaterra que é uma cidade bem sem graça e fomos no museu da cidade. Esse foi de matar! Imagina o laboratório de ciências da escola com fetos de animas e peles de cobra… O museu da cidade é isso! Na verdade é até pior, o laboratório de Ciências da Apec era muito mais completo e organizado. Voltamos revoltados com o passeio porcaria que tivemos!

Dia 17/01

Acordamos de madrugada de novo e voltamos para Belém. Chegando ao hotel, estava tão cansada que acabei dormindo até o começo da tarde. É a segunda vez que durmo como uma pedra no Pará! À tarde fomos no Ver-o-peso porque eu queria comprar uns artesanatos, andamos pelo centro da cidade. Descobrimos uma loja chamada Paris N´America. Uma loja de tecidos do começo do século XX, linda de morrer! O prédio não está muito conservado e a loja é meio de quinta mas a arquitetura do lugar é espetacular! Fiquei louca para comprar o edifício e fazer uma casa de chá. Imagina que chique!  

Descobri uma coisa impressionante em Belém. Lá, é o único lugar do hemisfério sul que considera o mês de janeiro, o período de inverno. E o pior, julho é verão!!!! A primeira vez que eu escutei isso, comecei a rir e achei que a  pessoa que havia comentado isso era uma ignorante mas é verdade. As estações lá são determinadas pela quantidade de chuva. No inverno chove muito, no verão não chove nada.

Dia 18/01

Dormimos até mais tarde (09h30) pela primeira vez na viagem. Tomei café e arrumei minhas malas! Fizemos o check-out do hotel no começo da tarde e fomos para o Aeroporto de Belém. O nosso voo atrasou por horas e perdemos nossa conexão em Brasília. Tivemos que dormir na cidade. Para mim foi beleza, mas meu pai e os outros passageiros ficaram furiosos e fizeram confusão no aeroporto. Mas não dá para reclamar, a TAM pagou um hotel legal, com um jantar legal e ainda deu para dar uma olhadinha por Brasília que estava linda e muito florida. Chegamos em Curitiba no dia 19/01 (Sábado) ao meio dia. 

Foi uma viagem muito gostosa. Conhecer o Pará fez eu ter uma ideia diferente da que eu tinha daquela região. Então, que pena que terminou mas já estou pronta para outra.

Hasta pronto!

Octoberfest

 
Rê tê tê! Rê tê tê!
 
Estou novamente em Camboriú, tentando aproveitar o feriado. Cheguei na quinta-feira! Quinta-feira à noite fui na Marejada, uma festa tradicional portuguesa de Itajaí. Comi bolinho de bacalhau, camarão soltinho e pastel de Belém. Nossa!!!! Ontem fomos na October. Primeiro descobri que Blumenau não é tão perto assim de Camboriú, na verdade é longinho (1 hora de viagem). Foi legal mas a festa está meio descaracterizada. Muito homem bonito, muita molecada… Comi pastel e guaraná (que fim de carreira!), muito brigadeiro e bombom de morango. Dancei uns rê tê tê  e graças a Deus, ninguém jogou chop em mim.
 

De volta a Curitiba!

Olá!
 
Depois de passar um final de semana muito legal em Camboriú, na terça-feira eu voltei para Curitiba. Neste final de semana me diverti um monte na webcam,  descansei, festei e namorei um monte tb. Antes de tudo quis dar uma voltinha por Joinville, eu adoro aquela cidade. Muito fofa! Fui com o Fernando mas não aproveitamos muito porque tava um calor do inferno. Fiquei de mal humor! Se bem que não é tão difícil me deixar de mal humor mas foi legal. Passeamos no shopping, andamos pelo centro, fomos até no Museu da Imigração que eu achava que se chamava Museu do Príncipe mas tudo bem. Correu tudo bem! Cheguei em Ctba às 17h30, sã e salva e morrendo de vontade ter aproveitado mais um pouquinho essa folguinha. Agora, tenho milhões de pendências para resolver, voltar a ativa e planejar a próxima viagem a BC. Bjs…

E lá vamos nós!

Então,
 
Continuo em BC. Ontem o pessoal resolveu ir no Bali Hai em Porto Belo mas não conseguiram ingresso. Disseram que o lugar estava abarrotado de gente! Eu fiquei em casa quietinha, em um programa mais light. Pela primeira vez na minha vida usei a webcam nas minhas conversas no MSN. Achei o máximo! Já falei com Deus e o mundo com a câmera. Quase fiz streap tease aqui para a homarada! Brincadeira! rsrsrs Mas foi legal! Por enquanto é isso. Hasta pronto!