O post de hoje é sobre uma cidade que eu planejava conhecer há muito tempo. Na verdade, minha intenção era visitar a capital da República Checa na minha lua de mel (não que eu tenha alguma lua de mel em vista!), mas quando vi a oportunidade de conhece-la nesta temporada, percebi que não poderia perder a chance. Passei apenas um final de semana no destino, mas acho que visitei os principais atrativos e vou contar mais sobre esta jornada.
Para quem não conhece, Praga é a capital da República Checa, país situado ao lado da Alemanha; é conhecida como uma das cidades mais bonitas do mundo. Com quase um milhão e meio de habitantes, um dos seus principais atrativos é o Castelo de Praga, considerado o maior castelo do planeta. O país tem uma história interessante, pois já fez parte da Boêmia, do império austro-húngaro, sofreu influência soviética, e no início da década de 1990, como Checoslováquia, antiga nomenclatura do país, foi dividida em República Checa e Eslováquia. Mesmo como um território independente, faz parte da Comunidade Europeia, mas não adota o euro como moeda nacional; a moeda do país é a Coroa Checa e a cotação (novembro de 2019) é de € 1 ≅ 25 CZK.
Para esta viagem, escolhi um hotel especial; a cidade de Praga tem ótimas opções de hospedagem, mas os empreendimentos mais tradicionais cobram uma tarifa pouco amigável. Hospedei-me no Mama Shelter Prague, um estabelecimento que oferece o conforto e o valor que eu estava procurando. O Mama Shelter é uma das bandeiras mais descoladas da rede francesa de hotéis Accor. Admito que nunca tinha me hospedado em uma unidade, mas sempre gostei muito do conceito. É moderno, descolado, confortável, com amplos espaços sociais e tarifa muito boa para um estabelecimento de categoria superior. Não está localizado próximo ao centro turístico, mas há uma parada de bonde a 100 metros do estabelecimento, oferecendo acesso fácil aos principais locais de interesse de Praga. O único ponto negativo é o atendimento; achei-o muito frio e desinteressado. Mesmo assim, recomendo-o para quem está procurando um lugar legal com um preço justo. Segue abaixo uma foto da fachada do empreendimento.
O primeiro passeio que fiz em Praga foi um Free Walking Tour. É um tipo de passeio que eu recomendo muito pois, apesar das controvérsias, é uma forma prática e prazerosa de conhecer o destino, apresentado pelo ponto de vista de um local. Em duas horas e meia passamos pela: Torre de Pólvora (Foto 1); Casa Municipal e Josefov, bairro judeu que chegou a abrigar 150 mil habitantes e que sofreu uma transformação nas últimas décadas, conservado seu toque particular. No Bairro, visitamos a Sinagoga Espanhola, o antigo cemitério judeu e Pinkasova synagoga (Uma das mais antigas sinagoga de Praga. Seu surgimento é datado do século XVI). Passamos, ainda, pelo Rudolfinum; Praça da Cidade Velha (Foto 2); Charles University; Estates Theater; Praça Venceslau; Muralhas da Cidade Velha; e Orloj (Relógio astronômico medieval localizado em uma das paredes da Prefeitura – Foto 3. O Relógio oferece um espetáculo musical a cada hora do dia, reunindo uma multidão de turistas). Foi um ótima opção para conhecer a história da República Checa e da cidade de Praga, pois sabia muito pouco sobre a região, e entender o dimensionamento do destino, além de seus principais atrativos. Por essa razão, recomendo. Caso tenham interesse, há várias empresas que fazem o passeio nos mesmos moldes, mas escolhi a White Umbrella Tours. Os tours saem todos os dias às 10:00 e às 11:00 na esquina da Praça da Cidade Velha, na rua Pařížská, ao lado da loja Cartier. Procurem pelos guarda-chuvas brancos com o logotipo da empresa. É possível agendar o tour antecipadamente pela home page da White Umbrella, mas não fiz nenhuma reserva e não houve nenhum problema, portanto acho que a falta de reserva antecipada não é um impeditivo. Segue abaixo algumas fotos tiradas durante o tour.
O segundo dia foi dedicado a uma visita do outro lado do Rio Moldava onde conhecemos as dependências do Castelo de Praga. Para chegar ao Castelo, passamos pela Ponte Carlos (Karlův most), a ponte mais antiga da cidade e a segunda mais antiga do país, construída entre os séculos XIV e XV. A Ponte é realmente muito bonita e tem uma beleza cênica marcante; possui diferentes estátuas de santos, mas sem dúvida as mais importantes são de Santa Lutgarda e São João Nepomuceno. Nesta última, dizem que todos os turistas devem toca-la para garantir que voltarão a Praga. Não acredito neste tipo de superstição, mas como não custava nada, toquei no mocinho. O local é bonito e a travessia é prazerosa; os únicos pontos negativos, na minha opinião, são: (1) o grande número de pessoas pedindo ajuda na ponte, pois me deixou triste. Havia muitas pessoas e estava um dia muito frio; e (2) segurança. Eu não vi nada perigoso durante a viagem, mas de acordo com nosso guia, a Ponte é um atrativo no qual há maior chance de ser furtado, devido ao grande fluxo de turistas. Na dúvida, fiquem de olho! Segue abaixo uma imagem da Ponte.
Do outro lado chegamos à Colina Hradcany, onde localiza-se o Castelo. O Castelo de Praga (Pražský hrad) é, na verdade, um complexo de edificações conectadas, formando um bairro inteiro. É um atrativo no qual é necessário reservar várias horas do seu dia.
É cobrado pela visitação e há diferentes circuitos que dão direito a áreas específicas. Eu adquiri o Circuito B (250 CKZ) e durante meu tempo no Castelo passamos pelos seguintes atrativos:
(1) Catedral de São Vito: Uma linda igreja em estilo gótico, considerada um dos símbolos de Praga.
(2) Basília de São Jorge: A mais antiga igreja do Complexo. A primeira estrutura da Basília remonta ao século IX.
(3) Viela Dourada: Uma rua com edificações coloridas do século XVI que teve entre seus moradores o renomado escritor Franz Kafka.
Esta parte da cidade é cheia de lojinhas de souvenirs e restaurantes charmosos, mas também tem muito pega-turista. Fiquem atentos! Visitamos, ainda, a lindíssima St. Nicholas Church (100 CKZ), a igreja mais linda da cidade.
Assim termina minha rápida passagem por Praga. Minhas expectativas eram tão altas que muitas vezes durante o planejamento da viagem fiquei com medo de me decepcionar e, de certa forma, ela não era como eu esperava. O centro histórico é lindo, mas esperava mais. Não achei a cidade tão limpa, tão organizada, com opções de alimentação tão descoladas e saborosas. O atendimento foi sempre ruim e poucos comerciantes falavam Inglês. As placas turísticas eram todas em checo e muitas vezes confusas. Achei a cidade cara, quando comparada a outros destinos do leste europeu e incomodou-me o fato de ter tantos turistas, mesmo no início do inverno. Mas também não posso dizer que não gostei; a cidade foi especial por outros motivos e achei-a romântica e nostálgica. Por fim, fiquei impressionada como este destino conseguiu se consagrar unindo história e cultura.
Caso tenham interesse em ver mais imagens da cidade, segue abaixo um vídeo que mostra toda a jornada. Espero que gostem!