Realizando um sonho – Charleston e Savannah (Estados Unidos)

Hey y’all! Sejam bem-vindos a mais um post. E esse é um relato muito especial, pois é a realização de um sonho. Em vários momentos aqui no Blog contei que tenho um ranking de lugares que sonho conhecer. Claro que nestas últimas décadas tive a oportunidade de visitar muitos deles, mas ainda tenho alguns destinos guardados na minha cabeça e no meu coração. Uma das viagens dos sonhos, e vocês podem achar um tanto quanto esquisito, pois não é um destino tradicional entre os brasileiros (se bem que eu não sou uma viajante óbvia, se vocês ainda não perceberam), era conhecer o sudeste dos Estados Unidos, especificamente as cidades de Charleston no estado da Carolina do Sul e Savannah na Geórgia. Minha vontade de conhecer estes dois destinos estava relacionada ao meu fascínio por história, pois elas tiveram papel importante na Guerra da Independência e Guerra Civil Americana, e por estas cidades terem sido pano de fundo de vários filmes que eu amo. Admito que este era um sonho que no fundo, lá no fundo, achei que nunca se realizaria, mais aqui estou eu, contando minha experiência em um dos lugares mais encantadores e hospitaleiros que já visitei.

Só para constar, não há voos diretos saindo do Brasil para Charleston ou Savannah. Para chegar a estes destinos é necessário fazer conexão em algum outro ponto dos Estados Unidos. Eu aconselho procurar Miami (o hub mais ao sul do país) e de lá viajar ao destino final, pois é a maneira mais prática. Voei com a Avianca que agora está operando voos diretos de São Paulo para Miami e Nova York; vou dizer que o voo foi só ok. O aeroporto de Charleston, onde comecei meu tour americano, é pequeno, mas tão fofo! Moderno, suficiente para a demanda local e muito, mas muito arborizado. Achei que tivesse chegado ao Havaí (como se eu soubesse como são os aeroportos do Havaí!).

Vou descrever esta viagem destacando cada cidade. Contarei um pouquinho sobre o destino em si, salientando alguns atrativos e farei um compilado de outros (porque visitei muita coisa). Finalizarei com um parecer geral sobre o que eu achei do local e com dicas para quem tiver interesse. Já vou adiantando que esse post está gigante e terá muitas fotos. Os lugares são tão lindos que não consegui escolher qual era a melhor imagem para postar.

Depois desta longa explanação, vamos aos destinos…

Charleston

É uma cidade localizada no estado da Carolina do Sul. Foi fundada em 1670, possui pouco menos de 130.000 habitantes e foi importante historicamente, entre outras razões, por ter sido a cidade mais rica da colônia britânica na América. Seu nome foi dado em homenagem ao rei Carlos II da Inglaterra, “Charles Towne” (a cidade do Charles) e foi palco de duas importantes batalhas da história americana, a Guerra da Independência e a Guerra Civil, também conhecida como Guerra da Secessão. Por muito tempo a economia da cidade foi baseada em seu porto, que, durante um grande período, recebeu escravos africanos que chegavam ao território americano. Para terem uma ideia, 40% de todos os escravos trazidos aos Estados Unidos chegaram ao continente por Charleston. Mas a economia da região também foi baseada na agricultura, basicamente no plantio de algodão. Parte das propriedades se transformaram em fazendas históricas abertas à visitação. A cidade é linda, linda, linda! Fiquei apaixonada desde o momento que eu cheguei. Juro! Nenhuma foto ou vídeo que eu mostre vai capturar completamente a beleza do lugar. Muito tranquila, muito florida, muito ensolarada, tudo perfeito. Já estava olhando imóveis e pensando qual deles poderia ser meu (nenhum, óbvio! As casas custam a partir de US$ 1,2 milhão), mas enfim, estava em um estado de encanto.

Fiquei hospedada no Bluegreen Vacations King Street Resort e foi uma ótima escolha. Localizado na King Street, uma das principais ruas da cidade, esta área está um poucos afastada do comércio, mas próxima de restaurantes descolados (juro, nunca vi tantos restaurantes lindos em uma mesma área na minha vida!) e tem um conceito de flat. Meu apartamento tinha cozinha completa e sala com lareira; poderia ter levado a família toda. Recomendado!

Durante o passeio fiz os seguintes programas:

Free Walking Tour – Toda vez que visito uma cidade opto por fazer este tour. É um passeio andando pelos principais pontos da cidade. Em Charleston optei pela empresa Free Tours by Foot que são tours guiados sem preço fixo, portanto vocês pagam quanto acham que vale o passeio, no entanto é cobrado no ato da reserva o valor de US$ 3 correspondente a taxa municipal. Fiz o Historic Charleston, mas a empresa oferece outros passeios e o tour foi muito, muito bom! Durante pouco mais de 2 horas passamos pelos seguintes pontos: The French Quarter, Four Corners of Law, Rainbow Row, St. Phillip’s Episcopal Church, French Huguenot Church, Charleston City Market, Dock Street Theater (o primeiro teatro do sul dos Estados Unidos; as visitas ao interior do espaço podem ser feitas gratuitamente e sem agendamento prévio), Old Slave Mat Museum, Old Exchange Building e Waterfront Park. O tour sai alguns dias da semana (verificar o calendário na homepage da empresa) às 09h30 na esquina da Church Street com a Linguard Street, perto do Tommy Condon’s Restaurant. É necessário reservar com antecedência e o único problema é que os tours são oferecidos apenas em Inglês, mas recomendo demais! Segue abaixo fotos do Dock Street Theater, do Rainbow Row e a última foto é da casa mais antiga de Charleston.

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Old Slave Mart Museum – Funciona desde 1938 e é o primeiro museu afro-americano. Era o antigo mercado de escravos de Charleston e conta a história da escravidão negra no continente americano. Ele é pequeno, mas muito informativo. Uma das muitas coisas que me chocaram foi saber que um escravo, nos dias atuais, custaria entre US$ 30.000 a 40.000 (valores de 2017) e a grande maioria das pessoas tinha apenas um escravo, pois era “uma mercadoria” (sinto-me horrível escrevendo isso, mas era como os viam) valiosa e o valor dependia do gênero, idade e porte físico. De acordo com meu guia, os Estados Unidos recebeu, durante o período de escravidão negra, em torno de meio milhão de africanos. No início achei esse número muito pequeno, mas de acordo com dados do museu, os Estados Unidos recebeu menos de 4% de todos os negros trazidos à América. Em contrapartida, o Brasil recebeu quase 40% de todo esse montante. A vinda de negros ao país foi proibida em 1808, mas ainda perdurou o comércio de escravos negros (neste caso, escravos americanos) por várias décadas. Fiquei muito triste ao constatar que o Brasil foi último país das Américas a abolir a escravatura. Todavia, fiquei entusiasmada ao ver que entre os negros proeminentes nas Américas, o Museu conta a história e a genialidade de Aleijadinho. É um espaço pesado, muito informativo e com poucos artefatos, mas achei-o importante para que possamos aprender com nossos erros e deixemos de ver o ser humano de uma maneira tão mesquinha. O ingresso custa US$ 8, mas para quem faz o Free Walking Tour, a entrada sai por apenas US$ 4. Segue uma foto da fachada do Museu.

Boone Hall Plantation & Gardens – Como eu havia comentado no início do post, muitas das fazendas históricas de algodão hoje estão abertas ao público. Existem várias lindas fazendas para visitar como a Magnolia Plantation & Gardens, MCleod Plantation Historic Site, Drayton Hall, Charleston Tea Plantation, entre outras. No entanto, por indicação de uma taxista e por ter servido como locação e inspiração para o filme “E o Vento Levou”, um dos meus filmes preferidos da vida, escolhi conhecer a Boone Hall. Na verdade, a propriedade serviu de locação para várias séries e filmes como “O Diário de uma Paixão” e foi o local escolhido para celebrar o casamento de Blake Lively (atriz de Gossip Girl) com Ryan Reynolds (ator de Deadpool). Boone Hall fica a uns 20/30 minutos do centro de Charleston e não há transporte público para chegar até o local, portanto o negócio é chamar um Uber amigo ou um táxi. O valor da entrada é de US$ 24 e dá direito a fazer todos os passeios: conhecer a Slave Street, a antiga vila dos escravos que trabalhavam na fazenda, visitar o interior da casa principal e pegar uma carroça adaptada puxada por um trator para conhecer a propriedade, que hoje se dedica ao turismo e ao cultivo de frutas e produção de mel. É um passeio lindo, muito prazeroso. Minha recomendação é tirar umas 3 horas do dia para ter tempo de conhecer tudo. Olhem as fotos da propriedade.

House Museums – Um dos atrativos imperdíveis em Charleston é conhecer as antigas casas da aristocracia sulista e ver como moravam estas pessoas no século XIX. A cidade oferece vários museus com esta pegada. Visitei o Aiken-Rhett House (US$ 12), o Calhoun Mansion (US$ 17) e Nathaniel Russell House (US$ 12). Em termos de arquitetura e história, as três casas são incríveis, no entanto, a Aiken-Rhett infelizmente está bastante deteriorada; a sensação é que seu interior continua intacto, sem um restauro há 150 anos. A segunda é um desbunde de linda. A casa histórica mais impactante que já conheci, mas nenhum dos móveis e decoração são originais do local, além dos lustres Tiffany (que já são de tirar o fôlego). A terceira é legal, linda estrutura, mas os móveis também não são originais da casa. Portanto, se vocês puderem e tiverem interesse de conhecer as três, visitem-nas. No entanto, se escolherem apenas uma, minha indicação é a Calhoun Mansion. Segue abaixo uma foto da Aiken-Rhett House, da Calhoun Mansion e da Nathaniel Russell House.

Dicas – A melhor dica que eu posso dar para vocês é andem muito! Se percam pelas ruas. Conheçam cada um dos bairros, vejam os detalhes das casas, entrem nas lojas de decoração, tão lindas e de um bom gosto absurdo e nos antiquários (tive muitos peripaques. Os primeiros quando me apaixonava por alguma peça histórica e depois quando descobria como era cara). Também não deixem de visitar a College of Charleston (o edifício central pode ser visto na foto abaixo), uma das mais antigas universidades dos Estados Unidos. Linda! Os departamentos, alojados em edifícios históricos são de cair o queixo. Tão perfeita que parece um pedaço da Disney! E não deixem de experimentar um dos maravilhosos restaurantes do final da King Street. Segue algumas fotos para vocês captarem o espírito da cidade.

Para viajar de Charleston à Savannah, se vocês não alugaram um carro, podem optar pelo ônibus, pelo trem ou pela van. O ônibus e o trem são as opções mais baratas, mas as estações ficam distantes do centro histórico e os horários disponíveis são incômodos. Optei pela van. Comprei os ticket com a Ace Basin Express (US$ 52 o trecho com impostos) e gostei do serviço. Além deles nos pegarem e nos deixarem nos hotéis escolhidos, a van é nova, cômoda e ótimo atendimento. 

Savannah

Fundada em 1733, foi a primeira capital colonial da Geórgia. É conhecida como uma das primeiras cidades planejadas da América com 24 quadras (na qual ainda restam 22) e atrai visitantes por sua arquitetura, história e estrutura. A cidade possui quase 150.000 habitantes e hoje o centro de Savannah é um dos maiores distritos históricos nacionais dos Estados Unidos. A princípio não tive muita sorte em Savannah. Logo de cara peguei uma tempestade, achei o Píer (um dos principais atrativos da cidade) feio, sujo e esquisito e não fui feliz na escolha do meu hotel, mas passando o susto inicial, tenho que admitir que Savannah é outra cidade mágica. Tanto Savannah como Charleston tem a mesma pegada; cheia de casas históricas bem cuidadas, restaurantes e lojas descoladas, mas enquanto Charleston te conquista pelas flores, Savannah te atrai pelas praças e arborização.

Fiquei hospedada no B Historic Savannah, um dos meios de hospedada da rede americana B Hotels & Resorts. Por mais que o hotel fique no começo do centro histórico, próximo dos principais atrativos e as áreas sociais sejam muito bonitas, espaçosas e bem decoradas, é visivelmente um antigo meio de hospedagem reformado. Tive que solicitar a troca do meu apartamento três vezes até ficar satisfeita. Portanto, eu não o recomendaria, a não ser pelo preço. Segue abaixo uma foto da fachada e de um dos espaços sociais.

Free Walking Tour – Escolhi a Free Savannah Tours que oferece passeios pelo centro histórico todos os dias às 09h30 e às 10h30 com saída na Johnson Square. Durante 1 hora e meia o guia nos leva pelas ruas de Savannah, mostrando a cidade antiga e passando pelas praças com suas árvores centenárias. É contada a história da criação da Geórgia e, respectivamente de Savannah; dos tempos coloniais com o comércio de pinheiros, o porto e as fazendas de algodão; a rivalidade com Charleston, os tempos de guerra, prosperidade e os dias atuais como cenário de inúmeros filmes e destino turístico. O tour é interessante, mas acho que o guia perde muito tempo contando a história da cidade e pouco tempo mostrando os atrativos em si. Passamos por pouquíssimas praças, não visitamos o píer, enfim, foi legal, mas esperava mais. Por esta razão, recomendo o tour para que acabou de chegar à cidade. Depois, caso queiram conhecer todos os pontos da região histórica, peguem o Old City Trolley Tour, pois este ônibus (na verdade há várias empresas que fazem o mesmo passeio) percorre as principais ruas contando um pouquinho de cada local. Ahhh! O Free Walking Tour em Savannah também requer reserva antecipada; custa um mínimo de US$ 2,18 (taxa municipal) e é oferecido somente em Inglês. Segue uma foto do City Hall (Prefeitura) e de uma das lindas praças da cidade.

American Prohibition Museum – Localizado na City Market, trata sobre a lei seca nos Estados Unidos. É super temático e conta de maneira muito visual e divertida sobre esse capítulo da história americana. Adorei e recomendo! O ingresso custa a partir de US$15.

House Museums – E a “louca do museu” contra-ataca. Assim como Charleston, um dos atrativos imperdíveis em Savannah são as antigas casas da aristocracia sulista. Durante meu período visitei: o Harper Fowlkes House (US$ 12), o Owens-Thomas House (US$ 21,40) e o The Mercer Williams House (US$ 13,78). A primeira casa foi a que eu mais gostei, mas caso vocês precisem escolher apenas um local, escolham o Owens-Thomas House, pois o ingresso dá direito a visita em outros dois museus, o Telfair Academy (muito interessante, pois a antiga casa da família Telfair foi transformada em um museu, o mais antigo do sul do país) e o Jepson Center. O que eu menos gostei foi o Mercer Williams House, mas a propriedade tem uma história tão boa que eu recomendo que vocês pesquisem sobre ela. Na verdade, a história se transformou em um filme, “Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal”, dirigido por Clint Eastwood. Há também outras casas interessantes e muitas delas oferecem tours que contam as histórias dos fantasmas de Savannah, pois a cidade tem fama de ser mal-assombrada. Segue fotos das fachadas da Harper Fowlkes House, da Owes-Thomas House, da Telfair Academy e da the Mercer Williams House.

Dicas – Assim como em Charleston, a melhor dica que eu posso oferecer é andem muito! Se percam pelas ruas, conheçam cada uma das praças, vejam os detalhes das casas, entrem nas lojas de decoração e nos antiquários. Também não deixem de visitar o Forsyth Park, almoçar no Olde Pink House, uma das casa mais antigas da Geórgia, e experimentar um sorverte da Leopold´s, uma das sorveterias mais tradicionais dos Estados Unidos. Achei o Píer um lugar bem dispensável, mas se as perninhas estiverem boas, recomendo uma passada no Victorian District. Segue abaixo a fonte, a região da Forsyth Park e as casas do Victorian District. A última foto é do Olde Pink House.

Estou quase terminando, juro! E assim finalizo mais uma viagem. Voltei dessa jornada cheia de amor no coração. Além de ter visitado duas cidades encantadoras, conheci muita gente atenciosa, amorosa e gentil. Muitos brasileiros tem a impressão de que os americanos são pessoas prepotentes, rudes e esnobes e pela minha experiência (já estive 10 vezes nos Estados Unidos), posso dizer que eles são completamente o oposto disso. É claro que há pessoas ruins, mas eles não representam a população como um todo. E no Sul, eles ainda não mais abertos e acolhedores. Senti-me a mulher mais bonita e estilosa da região. O mais interessante é que essa gentileza contagia; todos os dias eu transmitia esse bom humor, essa amabilidade e educação às pessoas a minha volta ou quem eu encontrava pelo caminho. Enfim, mais um sonho realizado e volto com o coração recheado de boas recordações. Agora é hora de descansar um pouco, botar a vida em ordem e planejar a próxima aventura.

É claro que não podia deixar de filmar tudo para vocês. Caso tenham interesse em ver mais imagens destes dois destinos ou mais informações sobre a viagem, assistam meu vídeo no Youtube. Mesmo ainda muito tímida e achar que a câmera me deixa um pouco fanha e muitos anos mais velha, estou tomando gosto pela oportunidade de levar vocês comigo.

See you later!

Bailando Despacito en Puerto Rico (San Juan, Cataño e Cayo Icacos)

Ainda na saga “Conheça a América”, nestas férias visitei Puerto Rico. Puerto Rico, apesar de estar localizada na América Central, banhada pelo lindo Mar do Caribe, é um território estadunidense. A Ilha tem aproximadamente 4 milhões de habitantes e San Juan, sua capital, conta com metade dessa população. Suas línguas oficiais são o espanhol e o inglês, mas nas ruas só se escuta o espanhol. A moeda oficial é o dólar americano e a rica história local, o clima tropical, as paisagens naturais, a cozinha tradicional e os incentivos fiscais fazem dela um destino turístico.

Desta vez, não irei comentar sobre meu voo, pois tive problemas sérios com as passagens aéreas e com a empresa escolhida e quase desisti da viagem. Mas posso contar que não há voos diretos do Brasil a Puerto Rico, portanto é necessário fazer conexão em algum país da América do Sul, América Central ou América do Norte. O aeroporto de San Juan é pequeno, mas apropriado para a demanda existente e moderno. Fiquei hospedada em San Juan, mas neste post não irei contar sobre o Hotel, pois não o achei especial. No entanto, vale a pena destacar que San Juan é uma cidade muito espalhada, portanto tomem cuidado com o bairro que irão escolher. A melhor opção de hospedagem é ficar em Viejo San Juan, o centro histórico, mas o Condado (o bairro no qual fiquei hospedada) é uma escolha viável, pois é uma região mais próxima ao centro, moderna, cheia de restaurantes, bem ao estilo de South Beach em Miami. Na verdade, minha conclusão foi de que San Juan é uma mistura de Ciudad de Panamá com Miami.

Dedicarei o texto apenas aos principais atrativos, pois assim fica mais fácil entender o que visitamos.

Viejo San Juan (Old San Juan) – O maior atrativo de San Juan é, sem dúvida, a região histórica da cidade. San Juan é a segunda cidade mais antiga das Américas estabelecida pelos europeus e La Fortaleza, residência oficial do governador de Puerto Rico, é a mais antiga edificação oficial contínua das Américas. É uma área pequenininha (dá para conhece-la a pé), mas extremamente bem cuidada e preservada. As coloridas construções em estilo colonial espanhol se misturam com algumas edificações em art decó, que dão um charme a mais para a região. O centro histórico também comporta um porto que recebe transatlânticos gigantescos que lotam diariamente as ruas de turistas, grande parte deles, americanos.

Minha dica é: Coloquem um sapato bem confortável nos pés e explorem rua por rua. Não deixem de visitar a Avenida Juan Ponce de León onde está o Capitólio e outros lindos edifícios porto-riquenhos e o Paseo de la Princesa.

Também não deixem de conhecer o Castillo de San Cristóbal e o Castillo San Felipe del Morro. Cada um está em uma ponta da região histórica e são conectados por uma via chamada Malecón. A visita aos dois fortes custa US$ 7 + impostos. Deem uma olhada na fachada do Castillo de San Cristóbal e na vista parcial da cidade a partir deste Forte.

Se puder dar dicas de alguns espaços gastronômicos em Viejo San Juan, recomendaria: (1) Restaurante Raíces – Super temático, mas especializado em culinária porto-riquenha. Experimentei o Mofongo (um purê de bananas verdes acompanhado de algum tipo de carne) e aprovei! Deem uma olhada no interior do Restaurante e no meu prato, Mofongo con Pollo. A cara do prato é esquisita, mas juro que é bom!

(2) Restaurante Barrachina – Neste local foi criado em 1963, a Piña Colada, um cocktail elaborado a partir de rum, leite de coco e abacaxi (meu drink favorito). O restaurante é muito bom e a Piña Colada é a melhor que já tomei!

Se quiserem um café, recomendo a Casa Cortés Chocobar, um espaço aberto desde 1929 muito agradável que une uma chocolateria de luxo com um café. Acho que o mais importante é que procurem um estabelecimento que ofereça café porto-riquenho, pois mesmo sendo produzido em pequena escala, o café local é considerado de ótima qualidade. No Caldera Café (localizado na Plaza de Armas) o no Café Don Ruiz também é possível encontrá-lo.

Casa Bacardí – Localizado em Cataño, uma cidade próxima de San Juan, a Casa Bacardí é a destilaria da Bacardí, o rum mais premiado do mundo e que administra, ainda, outras 8 marcas de bebidas. A Bacardí foi fundada 1862 por Don Facundo Bacardí Massó, um espanhol que havia emigrado para Santiago de Cuba e que a partir de uma pequena destilaria começou a produção de um rum de altíssima qualidade. Aos poucos a marca foi ganhando reconhecimento e em um processo de expansão comercial, foram instaladas destilarias Bacardí no México e em Puerto Rico. Em 1958, em um período de pré-revolução cubana, a empresa foi transferida permanentemente para Cataño, Puerto Rico, e é hoje a maior destilaria de rum premium do mundo. A Casa oferece três tipos de tours: o Historical Tour (optamos por este tour. Custa US$ 15 + imposto), o Rum Tasting Tour e o Mixology Tour. O tour que escolhemos é simples, mas bem elaborado e é possível ter uma boa ideia de como o rum é produzido. O único problema é que os passeios são oferecidos apenas em Inglês. Caso tenham interesse, há várias empresas de receptivo que oferecem pacotes específicos para a Casa Bacardí, mas achei-os muito caros. Se estiverem com um grupo de pessoas, acho que a melhor opção é negociar com um táxi o trajeto ou ir ao Muelle 2 (porto localizado no centro histórico onde se pega a balsa para Cataño) e ao chegar à cidade tomarem um táxi até a destilaria. O ticket de balsa custa apenas US$ 0,50. Esta última opção toma mais tempo, mas é um pouco mais econômica e andar de balsa é bem agradável, vale a pena.

Cayo Icacos – Fui a Puerto Rico com a intenção de conhecer a Isla Culebra, pois em minhas pesquisas fiquei encantada com as paisagens da Ilha e muito intrigada ao saber que ela foi uma base da marinha americana e um local de prática de artilharia e bombardeio até 1975. No entanto, devido à maré alta não havia barcos para Culebra e o único passeio disponível era para uma outra Ilha chamada Icacos. Compramos um tour com a East Island Excursions (US$ 90 + impostos) no qual nos levariam para Fajardo onde tomaríamos um catamarán (barco) e passaríamos o dia em Icacos. A ilhinha é deserta, sem nenhuma infraestrutura, mas de areia fininha e o mar do caribe é de um azul espetacular. Você fica meio bobo com os vários tons azulados da água. Não resisti! Depois de décadas fugindo da água salgada, tive que entrar, mas estava um gelo! Também pudemos usar o snorkel para ver os peixinhos e durante o passeio visitamos ilhas particulares e Isla Palomino. Gostei do passeio e recomendo! Deem uma olhada nas fotos. Desculpem-me pela quantidade de fotos, mas é que não resisti.

E assim termina mais uma viagem. Fui para Puerto Rico com muita curiosidade e expectativas, mas percebi que não visitei o destino no melhor momento. Na semana que estive lá o tempo estava muito instável e chegou a chover 6 vezes em um mesmo dia. O Furacão Maria, que devastou várias ilhas caribenhas no mês de setembro de 2017, inclusive Puerto Rico, ainda deixa sequelas marcantes como falta de energia elétrica em algumas regiões, lojas, restaurantes e museus fechados. Mesmo assim, gostei de conhecer esse pedacinho do Caribe. Na verdade, senti que estava em um mundo paralelo. Por mais que Puerto Rico seja um território estadunidense, eles têm uma cultura muito particular. Como já mencionei, o espanhol é a língua mais comum na Ilha e o inglês porto-riquenho, apesar de ser gramaticalmente correto é carregado de sotaque latino. Os porto-riquenhos não tem direito a votar para a presidência dos Estados Unidos, mesmo sendo um território norte-americano (estranhíssimo!). Apesar de ser a terra do Reggaeton, a música mais popular em qualquer lugar é a salsa. Luis Fonsi não faz tanto sucesso por lá como imaginei, mas paguei alguns micos dançando Despacito na balsa em Cataño e na loja de departamento Sears (o que a gente não faz pelos sobrinhos?!).

A comida é farta e saborosíssima. Não deixem de provar os frutos do mar! Comi o melhor camarão e a melhor lagosta da minha vida. E o mar do Caribe é lindo de deixar você meio bobo. A cidade é cheia de arte. Há muitas pinturas, grafites e esculturas por todos os cantos.

No entanto, há alguns pontos da Ilha que não me entusiasmaram tanto. San Juan, a capital, é uma cidade muito cara, principalmente transporte e alimentação. Estou para dizer que é tão ou mais cara que Nova York. Tudo é muito longe, os bairros são muito distantes uns dos outros e o transporte público não é assim tão fácil.

Vocês facilmente lembram que estão em um território estadunidense, pois são a todo o tempo bombardeados com letreiros de grandes empresas americanas como CVS, Wallgreens, Burger King, Mc Donald´s, Macy´s, Best Buy, Pizza Hut, K-Mart, Domino´s, etc. Outra característica que faz vocês terem a certeza de que estão no Estados Unidos é que todos os espaços fechados deixam o ar condicionado no máximo (parecia que eu permanecia em uma geladeira em tempo integral), mesmo que a temperatura ambiente não estivesse tão quente; eles põem muito, mas muito gelo nas bebidas e todo o estabelecimento tem pelo menos um televisor ligado, a maioria deles sintonizados em um jogo de basquete da NBA. Os porto-riquenhos não são pessoas tão calorosas como outros latino-americanos. Não são mal-educados, mas não fazem questão de serem simpáticos e acolhedores. No entanto, encontramos alguns locais apaixonados pelo Brasil, o que nos deu uma sensação muito boa. Enfim, foi ótimo conhecer mais esse pedacinho da América e já estou planejando minhas próximas aventuras. 

 ¡Hasta luego!

Passeios diferentes para fazer em Nova York… E Boston

Se alguém me perguntar qual a minha cidade preferida em todo o mundo, a resposta é fácil… Sem pensar duas vezes vou dizer que é Nova York. Sou apaixonada por muitos lugares, mas minha empolgação e felicidade quando estou em Nova York são indescritíveis. Além disso, posso voltar mil vezes para a cidade que não me canso.

Na minha última passagem por Nova York fiz questão de visitar locais que ainda não conhecia e estarei contando esses atrativos para vocês. Quem sabe não os incetivo a sair um pouco do lugar comum.

Antes de descrever os atrativos em si, gostaria de contar sobre o hotel que eu escolhi para esta estada. Cada vez que eu vou a Nova York fico em um local diferente. Acho que a cidade oferece tantas opções que é um pecado não conhecê-las (coisa de professora de hotelaria). Para esta viagem, procurei escolher um empreendimento bem BBB (bom, bonito e barato – lembrando que a hotelaria de Nova York é bem carinha!) e que estivesse localizado próximo da Times Square e das estações do metrô. Fiquei hospedada no Best Western Premier Herald Square. Eu não sou uma fã da rede Best Western, pois eles têm empreendimentos fantásticos e sofríveis em seu portfólio, mas devo admitir que este entra na categoria “vale a pena”. Localizado na  Rua 36, a 5 minutos da loja de departamento Macy’s e apenas meia quadra da 5a. Avenida, o hotel foi uma boa surpresa. A decoração é moderna e alegre. O quarto é pequeno, mas possui uma cama confortável e bom chuveiro. O café da manhã está incluído na diária (coisa rara em Nova York), mas é bem básico. O hotel oferece ainda uma academia moderna e computador com impressora para emergências. O atendimento é aceitável, alguns dos funcionários são excelentes, outros, normais. Mas o melhor de tudo é o preço camarada. Super recomendo! Deem uma olhada no meu apartamento.

Best Western Premier Herald Square

E vamos aos atrativos:

Morris-Jumel Manson – Localizada no Harlem, esta casa foi construída em 1765 e é a residência mais antiga de Nova York. George Washington já a utilizou como escritório e o mobiliário usado por ele está em exposição na Mansão. A edificação é linda e localiza-se em um lugar muito calmo, mas é um espaço com um acervo reduzido. Além disso, o jardim precisa de uma manutenção básica. Atrativo interessante, mas não fenomenal. Deem uma olhada na fachada da mansão.

Morris-Jumel Manson New York

Caso tenham interesse, a entrada no museu custa US$ 10. Para chegar ao atrativo, peguem a linha C do metrô em direção ao Harlem e parem na 163 st Harlem Avenue.

The Met Cloisters – Localizado ao norte da Ilha de Manhattan, este museu faz parte do complexo do Metropolitan Museum. É um espaço dedicado à arte sacra medieval. É um museu relativamente pequeno, mas lindo e possui um acervo muito significativo. Fiquei encantada! Recomendo para quem gosta de arte sacra, arte medieval ou arte em geral. O valor do ingresso sugerido pelo museu é de US$ 25, mas como eu escrevi, é um preço sugerido. Eu paguei US$ 10 e foi um valor bem pago. Ahhh! O ingresso comprado no Cloisters também dá direito a visitar o Metropolitan Museum, mas é válido apenas para um dia.

Para chegar ao Museu é fácil. Tomem a linha A do metrô e parem na 190th. Logo ao sair da estação, terão que andar um pouco pela Margaret Corbin Drive, uma ruazinha que corta um agradável parque.

Deem uma olhada na estrutura e em parte do acervo do Museu.

The Cloisters New York

The Cloisters New York

Brooklyn – Tá, eu sei! É uma vergonha ter ido tantas vezes à Nova York e nunca ter visitado o Brooklyn, mas sempre é tempo.

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Durante minha visita ao bairro, dei uma volta pela região do Brooklyn Heights, local onde tem as vistas mais sensacionais de Manhattan. Essa parte da cidade é linda! Fiquei encantada com as casas, com a tranquilidade e cuidado das ruas e os charmosos restaurantes e cafés. Já estava pensando em me mudar para lá. Deem uma olhada na linda vista de Manhattan e da icônica Ponte do Brooklyn.

Ponte do Brooklyn (Brooklyn Bridget) - Brooklyn - New York

Brooklyn - New York

Ainda no Brooklyn, passei pelo bairro de Williamsburg onde andei ao redor da Bedford Avenue, uma área mais alternativa, mas cheia de lojas e estabelecimentos bacanas. Devo admitir que esta região não é tão charmosa como Brooklyn Heights, mas é legal. Vale a pena dar uma sapeada! Deem uma olhada.

Brooklyn - Bedford Avenue - New York

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Além desses novos atrativos, voltei aos atrativos que tanto amo como a Times Square, o Rockfeller Center, a Igreja de Saint Patrick (lindamente e completamente restaurada), o Central Park, entre outros. Ressalto que todos esses atrativos são meio clichês, mas são ótimos e os recomendo para os turistas que estão visitando Nova York pela primeira vez.

Boston – Há muitos anos tinha interesse em visitar Boston, pois além de sua importância histórica, a cidade é considerada uma das mais bonitas dos Estados Unidos. Devo admitir que eu voltei completamente encantada por lá. Ela tem o charme que vemos nos filmes e uma tranquilidade que destoa do tamanho e importância da metrópole. Durante o tour passamos pela Copley Square onde estão as lindas Trinity Church e a Biblioteca Pública. Andamos por Back Bay, bairro que possui charmosas casas em estilo vitoriano, o distrito de Cambridge, onde passamos pela MIT (Massachusetts Institute of Technology); andamos pelo campus da Harvard University, Beacon Hill, Quincy Market e terminamos nosso passeio fazendo uma caminhada pelo charmosíssimo centro da cidade.

Passei apenas um dia por lá, mas queria ter ficado um pouco mais; quem sabem em outra oportunidade.

De qualquer forma, é um passeio super recomendado! Segue abaixo fotos da Trinity Church, de uma das ruas do Back Bay, do campus da Universidade de Harvard e uma das ruas do centro da cidade.

Copley Square - Boston

Back Bay - Boston

Harvard University - Universidade Harvard - Boston

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Boston

Gastronomia – É muito difícil recomendar estabelecimentos gastronômicos, pois Nova York tem ótimas opções para todos os gostos e bolsos, mas nesta viagem visitei um lugar que queria muito conhecer e fiquei encantada, por isso não posso deixar de destacar, o Eataly. Esse espaço genuinamente italiano idealizado pelo renomado chef Mario Batali mescla um conjunto de restaurantes, empório, cafeteria e sorveteria em um mesmo espaço. Não é baratíssimo, devo admitir, mas é muito bacana e super recomendado! Vale a pena comer no Mc Donald´s por alguns dias para economizar e fechar a viagem em grande estilo.

Eataly New York

E assim terminou mais uma viagem.

Voltei para casa com dorzinha no coração. Sei que Nova York não é perfeita; há sujeiras pelas ruas, o metrô, mesmo que eficientíssimo, continua sujo e com vagões muito antigos, há mendigos e sem teto por todas as regiões (na verdade, nunca vi tantas pessoas pedindo ajuda em Nova York); mesmo assim, para mim Nova York é sempre linda. Sou fascinada pela arquitetura imponente, pelo movimento e agitação da cidade, pela vibe cosmopolita, pela variedade de espaços de compras, de entretenimento e gastronômicos, e, acima de tudo, pela sensação de estar em casa. Adoro o estilo americano apressado, sempre com um café a mão; adoro ver pessoas de todos os tipos e estilos andando pelas ruas, mesmo que as vezes este estilo esteja longe da minha visão de bom gosto (o que é essa mania dos americanos de usar chinelo o tempo todo e com qualquer figurino?! Ou das asiáticas com saias longas rodadas super femininas, mas  calçadas com um tênis sem estilo nenhum?!) Enfim, essa é Nova York!

Ao contrário do que muitos imaginam, os americanos são pessoas extremamente gentis (várias vezes quando estava perdida, e nessa viagem me perdi bastante, vi uma alma amiga oferecendo ajuda). E, no meio do caos, tudo funciona.

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Ahhh! Para ter terminar esta viagem em grande estilo, só poderia ir ao aeroporto de limousine. Na verdade, eu havia reservado um táxi comum para meu traslado ao Aeroporto, mas descobri que uma limousine faria esse serviço. Em um primeiro momento achei que fosse brincadeira e fiquei desesperada ao pensar que pagaria uma fortuna por esta extravagância. Também fiquei um pouco intimidada pelo tamanho do carro, mas no final das contas dei muita risada e aproveitei o passeio. 

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See you later!

Compras e diversão em Miami

Miami era um destino que eu queria conhecer há anos, pois muitos dos meus amigos já haviam comentado que era um lugar muito bonito e divertidíssimo. Entretanto, por conta de outras viagens e compromissos diversos, acabei deixando esse destino meio de lado. Depois de tanto tempo, achei que esse era o momento de finalmente conhece-la. A viagem foi organizada meio de última hora por conta dos meus compromissos com o doutorado, mas no fim, deu tudo certo.

Para quem não sabe, Miami é uma metrópole localizada ao sul da Flórida. O condado de Miami possui mais de 5 milhões de habitantes e faz parte do Caribe.  De clima quente e praias de águas azuis, Miami é considerada a cidade mais latina dos Estados Unidos (nos meus dias em Miami só deu brasileiros e argentinos). Seus atrativos turísticos a transformaram em um dos destinos americanos mais visitados do mundo. É engraçado pensar que até duzentos anos atrás, toda a região fazia parte do território espanhol e que Miami, mesmo que internacionalmente conhecida, é uma cidade jovem, já que foi criada somente no final do século XIX. A região, a princípio, era apenas um pântano habitado por duas grandes tribos indígenas. A própria palavra Miami é de origem indígena. Hoje, as tribos que habitavam a região ainda vivem por lá, mas se dedicam ao turismo e controlam os cassinos do Condado.

 1ºDia

Minha viagem começou no Aeroporto de Guarulhos no início da manhã. Depois de uma longa viagem de quase 8 horas com a American Airlines, finalmente chegamos ao Miami International Airport (MIA). Meu primeiro susto foi com o próprio Aeroporto. As filas na Imigração eram gigantescas (e olha que eu cheguei no meio da tarde, um horário que deveria ser mais tranquilo). Tudo era meio confuso. Era confuso pegar as malas e sair do setor de desembarque (Nunca enfrentei uma fila tão grande para sair do desembarque de um Aeroporto). Era confuso até para pegar um táxi… (By the way, os táxis são péssimos!). Enfim, poucas vezes na minha vida senti saudade dos aeroportos brasileiros. Fizemos o check-in em nosso hotel no final da tarde e aproveitamos o restante do dia para fazer um reconhecimento da área.

Hotel é sempre uma escolha importante para mim. Eu estava procurando um estabelecimento em South Beach, pois é a principal região turística de Miami e sabia que queria ficar em um hotel, pois esse negócio de ficar em apartamento não é comigo. Havia várias opções interessantes em Miami Beach, uma pena as tarifas estavarem tão altas. Acabei optando pelo Pestana South Beach Art Deco, um empreendimento da rede Pestana (rede que eu já trabalhei no meu passado) aberto recentemente e localizado a poucas quadras da Lincoln Road. Encontrei uma tarifa super bacana online e fiquei extremamente satisfeita com a minha escolha. O hotel tem um aspecto praiano, menos formal, mas os quartos têm um tamanho ótimo e o atendimento foi surpreendente. Deem uma olhada nas fotos…

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2º Dia

Hoje tiramos o dia para fazer um city tour completo pela cidade. Na compra do passeio, optei pela Eagle Tours, uma empresa turística que oferece passeios em português. Fui feliz com minha escolha, pois a Thais, nossa guia, foi muito atenciosa, profissional e solícita. Durante nosso passeio, visitamos os principais pontos turísticos de Miami. Começamos nosso tour em Miami Beach (que é uma cidade e não um bairro), passando pelo Art Deco District onde andamos pela Lincoln Road, Española Way e Ocean Drive. Ahhh! Fiquei impressionada ao saber que Miami Beach se desenvolveu no início do século XX e possui o maior conjunto arquitetônico em Art Decó do mundo com mais de 900 edifícios neste estilo. É muito bacana! Deem uma olhada nos edifícios da Ocean Drive.

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De lá passamos rapidamente por Downtown e pela Brickell Avenue (onde fica o centro financeiro de Miami). Andamos ainda pela Coconut Grove, um bairro tranquilo e muito americano e paramos na Coco Walk, um centro comercial cercado por ruas comerciais e onde é possível encontrar vários estabelecimentos gastronômicos agradáveis. Nossa próxima parada foi em Coral Gables, um dos primeiros bairros planejados de Miami, onde passamos pelo lindo e tradicionalíssimo Biltmore Hotel e pela Venetian Pool (que infelizmente estava fechada para manutenção). Essa parte da cidade é muito bonita, imperdível! Passamos por Little Havana onde provamos o maravilhoso café cubano conhecido como Café Colada (meu vício de viagem). A comunidade cubana em Miami é gigantesca (são 1,5 milhão de cubanos e descendentes só no Condado de Miami-Dade) e eles possuem valores e costumes muito marcantes. Terminamos nossa primeira parte do passeio em Bayside, um centro comercial de onde sai vários barcos que fazem passeios pela Baía de Biscayne. No meio da tarde fizemos um passeio de barco pela Baía, passando pelas principais ilhas de Miami (todas artificiais) como a Star Island e a Fisher Island. Essas ilhas são famosas, pois são onde astros como Ricky Martin, Gloria Estefan, Xuxa, Tom Cruise, Jennifer Lopez possuem casas. No final do passeio, o barco foi acompanhado por golfinhos exibidos, muito fofo! Terminamos nosso dia jantando e passeando pela Lincoln Road. Ahhh! Caso estejam interessados, paguei US$ 65 pelo passeio completo (city tour + passeio de barco por Biscayne Bay). Segue abaixo uma foto da Coco Walk.

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 3º Dia

Tour de Compras. Hoje foi dia de conhecer o Sawgrass Mills. Localizado na cidade de Sunrise, há quase uma hora de ônibus de Miami, esse outlet é considerado o maior dos Estados Unidos com mais de 350 lojas. O lugar é realmente gigantesco! Ele congrega tanto lojas indoor, em um sistema similar aos nossos shoppings, como também possui lojas ao ar livre. É meio confuso (me perdi algumas vezes, mesmo com um mapinha em mãos), mas tem as principais marcas americanas e internacionais. Além disso, se procurar com muita calma, é possível encontrar ótimas opções e barganhas. Como sou mais do tipo window shopping (aquela que adora olhar as vitrines, mas que não compra nada), acabei adquirindo pouquíssimas coisas. No entanto, super recomendo o passeio, principalmente para os brasileiros que estão querendo reabastecer os armários. Fiquei no Outlet até às 21hrs (nem acredito que aguentei ficar tanto tempo!). Para chegar ao shopping, tomei um ônibus turístico específico que me buscou no hotel. A própria Sawgrass Mills faz esse tipo de transporte, mas também há várias outras empresas independentes que fazem o mesmo trajeto, inclusive empresas de donos brasileiros. Paguei US$ 25 pelo trajeto de ida e volta. Abaixo coloquei uma foto de parte do Sawgrass Mills onde é possível encontrar as lojas mais chiques como Prada e Valentino. 

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 4º Dia

Hoje fez um lindo dia de sol, portanto aproveitamentos a manhã para conhecer a praia e passear pelo calçadão. O mar em Miami não é tão azul quanto em Cancun-México ou Varadero-Cuba e possui muitas algas, mas não deixa de impressionar. Na verdade, o que mais chamou minha atenção foi o calçadão super bem cuidado que termina na Ocean Drive (a Avenida Beira Mar). No Domingo, ele estava lotado de pessoas caminhando, correndo e andando de bicicleta. Deem uma olhada…

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Também demos uma passadinha pela Ocean Drive para ver a animação dos restaurantes e da ferinha local. Ahhh! Passamos pela casa do Gianni Versace que hoje é um restaurante chiquetoso. Fiquei impressionada como a mansão está bem localizada. À tarde, dei uma caminhada pela animada Lincoln Road onde estava acontecendo uma feira do produtor (super bacana!) e fiz umas comprinhas em lojas de beleza (Depois dou umas dicas sobre esse quesito!).

 

5º Dia

Hoje foi dia de conhecer o centro da cidade e explorar o transporte público de Miami. Tomamos um ônibus coletivo até Bayside (péssimo em todos os sentidos!). Chegando em Bayside e pegamos um Trolley (um tipo de bonde turístico gratuito que passa por vários pontos turísticos centrais da cidade) até o Viscaya Museum & Gardens. O Viscaya é uma mansão construída por James Deering, um executivo de Chicago, na década de 1910 em Coconut Grove. O que chama a atenção nesta edificação é que ela foi inspirada nos palácios europeus. Cada cômodo foi decorado de acordo com um estilo arquitetônico distinto que vai do renascentismo italiano ao rococó francês. Isso foi feito de propósito para dar a impressão de que várias gerações da família moraram na casa. A mansão é lindíssima e fiquei extasiada, mesmo tendo conhecido vários dos maiores e mais pomposos palácios europeus. Além da construção em si, o que também chama a atenção é o charmosíssimo jardim. Havia várias debutantes por lá tirando fotos. É um lugar que eu queria muito conhecer e não me arrependi em nenhum momento. O ingresso custa US$ 18. Deem uma olhada…

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Voltamos de Trolley até a Brickell, onde fica o centro financeiro da cidade e pegamos o Metromover (outro transporte gratuito que é como um metrô de superfície, que anda em trilhos assentados em bases de concreto) para visitar o centro da cidade. Andamos um pouco pelo centro da cidade, mas fiquei meio assustada com a região. Mesmo que o centro tenha lindas edificações históricas, era um lugar cheio de gente esquisita, com um comércio ruim e muito vazio. Voltamos para o hotel no final da tarde e terminamos o dia jantando no Lincoln Road. Segue abaixo uma foto do Trolley e da moderna Brickell.

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6º Dia

Hoje foi mais um dia dedicado às compras. Fomos ao Bal Harbour, o shopping mais chique da cidade. O Bal Harbour é um shopping muito parecido com o Cidade Jardim em São Paulo (acho que o Cidade Jardim se inspirou na versão americana). Ele é aberto, muito arborizado e congrega várias marcas de luxo como Chanel, Dolce Gabbana, Van Arpels and Cleef, Tiffany´s, entre outras, além das lojas de departamento Saks Fifth Avenue e Neiman Marcus. Mesmo que o local tenha lojas super chiques, fiquei um pouco decepcionada. Esperava um shopping maior, com mais opções de compras e mais espaços gastronômicos. Até mesmo as lojas de departamento não são tão amplas e completas com as suas filiais de Nova York.

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À tarde fomos à Macy´s, localizada em Miami Beach. Também não é uma loja tão legal com a filial nova-iorquina. À noite, almocei com minha queria amiga Tati que está morando em Miami em um Grill na Lincoln Road (estão vendo que eu estou meio viciada na Lincoln Road, não?!)

7º Dia

Pela manhã fomos ao Miami Design District, um bairro ao norte do centro de Miami onde estão localizadas várias lojas voltadas ao luxo e design. A região é muito bonita, lembra muito a Rodeo Drive em Beverly Hills. Mesmo que ainda tenha muitas lojas em processo de abertura, é uma região agradável que vale a pena dar uma passadinha. Ahhh! Também é possível chegar ao bairro com o Trolley a partir do centro da cidade. Deem uma olhadinha em um dos shoppings da região…

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Pela tarde, fomos ao Dolphin Mall, um outlet localizado próximo ao Aeroporto. O Dolphin Mall é mais bem dimensionado que o Sawgrass Mills, mas é bem menor e não tem as mesmas opções. Eu senti falta de várias marcas bacanas, portanto, em minha opinião, o Sawgrass Mills é o melhor. Assim como o Sawgrass, o Dolphin Mall também oferece um transporte específico até o shopping, mas ele só funciona a partir do centro da cidade (Downtown) ou do Aeroporto. Caso tenham interesse, o trajeto de ida e volta custa US$10.

 8º Dia

Como esse foi meu último dia em Miami, quis passar a manhã no hotel descansando e aproveitando a piscina aquecida (Oba!). Pela tarde, demos uma última voltinha na Lincoln Road para as compras de última hora, na Collins Avenue e passamos pela praia para nos despedirmos do mar. À noite retornamos ao Brasil. Por fim, deem uma olhada na charmosa Lincoln Road…

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Há muito tempo atrás um colega havia me dito que Miami era a cidade mais bonita que ele já tinha conhecido. Hoje acho que ele deve ter visitado poucas cidades em sua vida, pois Miami está longe de ser uma cidade de beleza estonteante. No entanto, achei muito bacana ver as lindas construções art decó de Miami Beach. Achei bacana o skyline de Downtown e de Brickell (em qualquer hora do dia). Achei bacana navegar pela Biscayne Bay e ver as mansões chiquérrimas de frente para o mar. Adorei caminhar pela Lincoln Road e ver pessoas de todas as idades e de todos os países apenas aproveitando a cidade. E viciei no Café Colada, super forte e doce. Mesmo com tudo isso, devo admitir que eu esperava mais… Fiquei particularmente incomodada em perceber como a cidade é espalhada. Você leva muito tempo para ir para qualquer canto. Também fiquei incomodada com o tráfego intenso de carros, principalmente em Miami Beach. Fiquei extremamente incomodada em ver a insistência dos vendedores em conversar comigo em Espanhol, mesmo quando eu falava e insistia no meu Inglês. De qualquer forma, viajar é sempre bom e fiquei muito feliz de ter conhecido mais esse destino norte-americano.

Ahhh! Segue as dicas de compras: Eu estou longe de ser uma expert em compras e tenho horror a muambeiros, mas é difícil ir para os Estados Unidos e voltar de mãos vazias. Portanto segue algumas pequenas dicas a partir da minha experiência em Miami. 1) Diferente do que eu imaginava, o comércio de Miami não é tão diversificado como as pessoas comentam. Não encontrei várias das minhas encomendas e percebi que, o paraíso das compras nos Estados Unidos fica, sem dúvida, em Nova York e não em Miami. De qualquer forma, para comprar roupas e calçados, a melhor opção são as outlets. Acho que o Sawgrass Mills, mesmo sendo muito grande e confuso, é o local que oferece o maior número de lojas. 2) Caso vocês estejam procurando obras de Romero Britto (o maior embaixador de arte da Flórida), comprem suas peças na Little Havana Visitors Center Calle Ocho em Little Havana, pois é onde oferece o menor preço. Os locais mais caros são na galeria de arte localizada no Bayside e no Duty Free do Aeroporto de Miami. Tomem cuidado! 3) Não deixem de visitar as farmácias americanas, pois elas são completíssimas, parecem até um supermercado. Eu recomendo a CVS, pois ela é gigantesca e fica aberta 24 horas. 4) Sobre os cosméticos, minhas dicas são: Não vale a pena comprar cosméticos da M.A.C. nos Estados Unidos, pois os preços são basicamente os mesmos do Brasil e no nosso país ainda podemos parcelar as compras. Caso queiram comprar outros produtinhos, não os adquira na cidade, pois no Duty Free do Aeroporto de Miami você encontra todas as opções possíveis por um precinho mais camarada.

See you soon!

Jornada pelo leste canadense

Hoje começo a escrever mais um capítulo das minhas viagens. Desta vez, estarei contando sobre meu tour pelo Canadá.  Vou começar pedindo desculpas a todos os canadenses, pois sempre vi o Canadá apenas como uma extensão dos Estados Unidos, mas no último ano, impliquei que queria conhecer o país, e foi uma das melhores escolhas que eu podia ter feito. O Canadá é um dos países mais bonitos que eu já tive a oportunidade de conhecer. Organizado, limpo, alegre, charmoso, florido, com uma população amistosa, e comida deliciosa… Enfim, é um destino que vale a pena estar na lista de qualquer viajante apaixonado.  

Minha viagem começou em Curitiba, mas só foi em São Paulo que peguei o voo da American Airlines com destino a Nova York. Como Nova York está tão perto do Canadá, não resisti e passei 4 dias em Manhattan curtindo o agito da minha cidade favorita. Primeira dica de viagem: Tomem muito cuidado com as malas no Aeroporto de Guarulhos. Reforcem as trancas e coloquem aquele plástico protetor horroroso. Chegando em Nova York, percebi que tinha sido roubada. Arrebentaram a tranca da minha mala e roubaram minhas lingeries. E olha que é a segunda vez esse ano que acontece isso comigo. Na primeira vez, roubaram minhas maquiagens na viagem para Cancún. Não vou contar o que fiz em NYC, pois acabei realizando os mesmos passeios de turista que sempre faço, mas vou colocar alguns programas diferentes que pratiquei desta vez e que acho que valem a pena ser feitos. 1) Fiquei hospedada no icônico Waldorf Astoria. Localizado entre a Park Avenue e a 49th, esse hotel é um dos mais tradicionais dos Estados Unidos. Se você é apaixonado por hotelaria como eu, este é um bom lugar para se hospedar. 2) Sempre que vou a NYC, passo no Empire State Building para ter uma panorâmica da ilha de Manhattan. Desta vez, resolvi mudar de vista e fui conhecer o Top of The Rock. Este observatório fica no topo do principal prédio do Rockfeller Center e é muito mais legal que o ESB, pois eles não usam grades para proteger os turistas, e sim vidros transparentes. Desta forma, a visão da cidade é muito mais clara e as fotos ficam bem mais bonitas. 3) Fui conhecer o High Line, um parque construído em cima de uma antiga linha de trem. Localizado em Manhattan´s West Side, o parque é um bom lugar para uma caminhada sem compromisso. 4) Seguindo a recomendação de uma senhora que conheci no avião, jantei no restaurante Serafina. O empreendimento possui várias filiais por todo o mundo, inclusive em São Paulo, mas fui conhecer aquele localizado na Times Square (49th com a Broadway). Ele tem um ar de restaurante parisiense, os preços não são de assustar, e o ravióli de lagosta é “demais de bom”! Uma boa pedida para um jantar pré ou pós Broadway. Saí de Nova York com destino a Toronto e é aí que começa minha jornada canadense.

Para quem não sabe o Canadá está localizado na América do Norte, acima dos Estados Unidos e é o segundo maior país do mundo em extensão territorial. Fundado como Norte América Britânica, esta nação é uma democracia parlamentar composta por dez províncias e que possui quase 34 milhões de habitantes. Mesmo sendo um país independente, é considerada uma monarquia constitucional (a rainha da Inglaterra possui poder executivo no país [teoricamente]), e por esta razão possui uma relação bastante estreita com o Reino Unido. É um país multicultural que possui dois idiomas oficiais, o inglês e o francês (uma relação muito esquisita para quem está de fora, mas que dá certo). Riquíssimo em recursos naturais, o país é uma potência agrícola, de extração de minérios e petróleo, e tem os Estados Unidos como seu maior parceiro comercial.

1º Dia

Nossa excursão começou em Toronto. Chegamos à tarde, fizemos o check-in no hotel e fomos andar para conhecer a cidade. Conhecida como a capital econômica do Canadá, a metrópole é a maior do país, e a capital da província de Ontario. Com 5,3 milhões de habitantes, Toronto é um caldeirão cultural, com povos de todos os cantos, vida agitada (cheia de teatros, bons restaurantes), e 3 universidades (York, Toronto e Ryerson). Começamos nosso passeio pelo Allan Gardens (uma estufa com várias espécies de plantas), e de lá pegamos a Yonge Street (uma das principais ruas comerciais da cidade) em direção ao sul. Passamos pela Union Station (estação central de trens e metrô), The Fairmont Royal York Hotel (um dos mais tradicional da cidade), e chegamos para uma visita ao CN Tower.

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Construída na década de 70 e com 554 metros de altura, esta torre é considerada a segunda maior do mundo e o cartão postal de Toronto. A visita não foi assim tão impressionante, mas dá para ter uma dimensão de como a cidade é grande. Segunda dica de viagem: Se você for ao Canadá, a melhor opção é comprar dólar canadense. Mas caso você tenha uns dólares americanos escondidos no seu colchão, pode usá-los sem problema, pois todos os estabelecimentos canadenses o recebem. Os atrativos turísticos cobram uma taxa de 5% para receber a moeda estadunidense, mas os restaurantes e demais lojas trocam como 1 por 1. Jantamos de frente ao nosso hotel (Donatello) e fomos descansar, pois no próximo dia começaria de fato a excursão.

2º Dia

Acordamos cedo, tomamos o café, e fomos ao saguão do hotel para esperar nosso guia, o Duarte. De lá começamos um city tour pela cidade passando pelo Parlamento, um lindo edifício localizado no Queen´s Park, e um dos poucos prédios centenários de Toronto.

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Passamos pelas redondezas da Universidade de Toronto; por Yorkville, bairro onde ainda se concentram algumas casas vitorianas, e onde é possível encontrar a rua mais cara da cidade – Bloor Street; Chinatown (a cidade possui 4); The Old City Hall (antiga Prefeitura); the Old Toronto, onde fica o St. Lawrence Market; e uma pequena parte da cidade subterrânea (muito mais modesta que a de Montréal).

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No fim do tour pegamos a estrada em direção a Niágara, para conhecer as famosas cachoeiras. Niagara Falls (Cataratas do Niágara) é um conjunto de quedas formada por um grande declive no Rio Niágara na divisa entre os Estados Unidos e o Canadá. As Cataratas estão de fato no território estadunidense, mas a vista acaba sendo a dos canadenses. Antes de chegar ao destino, passamos pelas principais vinícolas do país (vocês sabiam que a uva Niágara que compramos no mercado é uma uva nativa do Canadá?), e também conhecemos outras propriedades rurais que exploram diferentes culturas como as rosas e os pêssegos. Não dá para comparar as Cataratas de Foz do Iguaçu com Niagara, pois a versão norte americana é muito menor, e o que me chama atenção no Brasil é a união das quedas com o verde da Mata Atlântica, mas o que eles não ganham em beleza,  ganham em organização. A cidade de Niagara é uma mini Las Vegas. Extremamente limpa, muito colorida com vários painéis luminosos, e cheia de atrativos “a la parque temático”. Dê uma olhada na foto!

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O destino ainda conta com vários cassinos, campos de golfe, e até capelas de casamento. Também possui uma hotelaria e jardins dignos dos padrões franceses. Só a comida que é super padrão americano, mas nem posso reclamar. Comi no Wendy´s, uma cadeia de fast food americana que tem como prioridade (segundo eles), a qualidade de seus produtos. É muito bom, vale a pena experimentar, mesmo para quem não gosta de sanduíches.

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Fizemos o passeio de barco “Maid of the Mist” (é legalzinho, mas está longe de ser
um Macuco Safári), e de lá seguimos o Rio Niágara até a pequena cidade de Niagara-on-the-Lake. Com apenas 14.000 habitantes, a cidade tem história. No final do Séc. XVIII foi a capital da colônia inglesa do Canadá Superior, e hoje encanta os turistas com sua tranquilidade e beleza. A cidade é um pedacinho do céu, o lugar mais bonito que já conheci na vida (TÔ FALANDO SÉRIO! DÊ UMA OLHADA).

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Dedicada ao turismo, a cidade é cheia de pousadas charmosas que oferecem o famoso chá da tarde, lojas de souvenirs, boulangeries e pâtisseries, lojas de bebidas onde vendem o famoso Ice Wine (um vinho típico canadense feito de uvas podres congeladas. Eu explicando assim parece ser ruim, mas o pessoal da excursão comentou que parece um vinho do Porto). Queria ter ficado lá pelo menos uns dois dias. Voltamos para Toronto no final da tarde. Jantamos novamente na Elm Street, mas dessa vez fomos conhecer o restaurante português Adega (muito bom!), e voltamos para o hotel para descansar.

3º Dia

Hoje acordamos muito cedo, pois viajaríamos para Ottawa. Neste caminho, nossa primeira parada foi em Mil Ilhas. Localizada no Rio São Lourenço, entre os Estados Unidos e o Canadá, esse local possui 1865 ilhas particulares onde se vê lindas casas de veraneio. Fizemos um passeio de barco por parte dessas ilhas (a única que realmente chamou minha atenção foi o Castelo Boldt, uma linda mansão com 120 cômodos que recebe turistas e sedia festas de casamento). Almoçamos por lá (comi um cachorro quente mara de US$ 3), e continuamos nossa viagem. Chegamos a Ottawa no meio da tarde.  A capital do Canadá está localizada na província de Ontario (como Toronto), mas na fronteira com Québec. Possui 1 milhão de habitantes e foi uma das surpresas da viagem, pois a cidade é linda demais! Tem a praticidade americana, mas com o charme francês. Quase fiquei por lá! Fizemos um city tour pelo destino passando pelo Museu da Agricultura, Rideau Hall (onde mora o Governador  Geral – representante da Coroa Britânica no território canadense), Casa do Primeiro Ministro, Igreja de Notre-Dame, Galeria Nacional do Canadá (Museu de Belas Artes), Old Ottawa (a parte mais antiga da cidade onde visitamos o Mercado local). Terminando nosso passeio, fizemos o check-in em nosso hotel (localizado do outro lado do rio, na cidade de Gatineau, já na província de Québec), e voltamos ao centro antigo onde passeamos pelo shopping local, pela The Bay (maior loja de departamento canadense) e jantamos nas cercanias do Mercado.  À noite fomos até o edifício do Parlamento para assistir um espetáculo de luzes chamado de Mosaika. Apresentado todos os dias às 21h, este show conta a história do Canadá e enfatiza a diversidade e o amor do canadense pelo seu país. O espetáculo é gratuito e é muito legal, vale a pena!

4º Dia

Hoje pudemos acordar um pouquinho mais tarde, pois faríamos o check-out apenas às 09h. Nosso primeiro programa do dia foi uma visita ao Parlamento, pois veríamos a troca da guarda. Essa troca somente é feita nos períodos mais quentes do ano, e é muito similar a vista em Londres, mas o espetáculo canadense é mais curto, e como há poucos espectadores, é possível ficar muito perto dos soldados. No trajeto da guarda foi possível ver a antiga estação ferroviária transformada em Centro de Convenções, e o Monumento ao Soldado Desconhecido. Dê uma olhada nos soldadinhos…

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De lá, fomos ao Museu da Civilização. O museu é um dos atrativos turísticos mais visitados do Canadá, possui a maior coleção de totens em ambiente fechado do mundo e conta de maneira interativa a história do país. O lugar é bem bacana, principalmente quando descreve sobre a imigração canadense, pois recriam as antigas cidades canadenses das diversas regiões do país (algumas construções são verdadeiras, foram apenas transferidas para o lugar).

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Ottawa

Terminando o passeio, fomos almoçar na região de ByWard Market (o mercado de Ottawa), e saímos da cidade com direção à Mont Tremblant. No meio do caminho ainda paramos no Oméga Park, um parque situado em Montebelo, onde é possível ver de perto os animais típicos do país, como o urso pardo, a rena, o bisão, entre outros.

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É possível alugar um ônibus escolar estilo americano (dê uma olhada na foto) para conhecer o lugar e interagir com os animais.

É bem estilo Simba Safari! No final da tarde chegamos à Mont Tremblant. Localizada na província de Québec, há 139 quilômetros de Montréal, a cidade é um charmoso e popular destino de esqui.  O lugar é uma graça, muito colorido, muito florido, e 100% voltado ao turista. É repleta de lojas charmosas, restaurantes… É tão perfeita que parece um cenário da Universal Studios. Passeamos pela cidade (que é bem pequena), jantamos um tradicional crepe e voltei para o hotel. Hoje à noite tava bem frio! Também, não dá para esperar um calor de brejo no pico de uma montanha!

5º Dia

Acordamos cedo (Meu Deus! Que frio!) e fomos em direção à Québec. No meio do caminho, fizemos uma parada no Chez Dani, um restaurante especializado em produtos a base de Maple (a árvore típica do Canadá. Ela é tão importante para o país que sua folha está estampada na bandeira nacional). Chegamos na cidade quase no horário do almoço. Québec City é a capital da província e a cidade mais antiga do país. Tem cerca de 600 mil habitantes, está dividida entre a Vieux-Québec (parte mais antiga, conhecida também como Cidadella), e a Québec mais moderna. É uma cidade francofônica (97% dos habitantes usam o francês como idioma habitual), e há algumas pessoas que nem sabem falar direito o inglês. Almocei no Fairmont Le Château Frontenac, o hotel mais tradicional da cidade. Esse almoço era um dos meus objetivo de viagem; a refeição em si foi boa, mas não foi espetacular para os US$ 50 cobrados. Olhe o lindo Hotel no alto do morro todo imponente, parece um castelo.

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Após o almoço, fizemos uma visita com nosso guia pela cidade passando pelo Parlamento; a Porta de Saint Louis; edifício dos Correios; Catedral de Notre-Dame, City Hall (Prefeitura); e a cidade baixa, passando pela Igreja Notre-Dame-des-Victoires, e com um breve passeio pela Rue Petit Champlain (Dê uma olhada no foto acima). A cidade é realmente muito fofa, mas é muito similar a algumas cidades alemãs como Rothenburg ob der Tauber, ou o bairro medieval de Bremen.

Québec

À tarde fomos conhecer a reserva indígena dos Hurons, uma tribo que vive nos arredores de Québec, e que por viver perto de um grande centro, conseguiu prosperar. Foi engraçado a visita guiada pela reserva deles, pois foi possível perceber que as dificuldades enfrentadas pelas tribos canadenses são exatamente as mesmas vivenciadas por nossos indígenas. O mais engraçado é que você visita a tribo deles e vê que todos eles são loiros, de olhos claros… Por essa proximidade com a cidade, eles tiveram uma miscigenação muito grande.

Québec

À noite fomos assistir um espetáculo do Cirque du Soleil. Para comemorar o aniversário da cidade, todos os anos a companhia oferece gratuitamente um espetáculo que é encenado literalmente debaixo da ponte. Intitulado “Chapitre 4 – Les Chemins Invisible”, o circo se apresenta todos os dias em um bairro operário da cidade.

Cirque du Soleil - Québec

Eu não sou fã do circo, mas como estava no local de origem da companhia, achei que não podia perder essa oportunidade. Eu achei o espetáculo mais ou menos. Difícil de entender o começo (muita enrolação), e apenas duas atrações me chamaram realmente a atenção, mas como todo mundo estava fascinado no final do show, acho que o problema definitivamente sou eu! Voltamos ao hotel e fui dormir super cansada neste dia.

6º Dia

Hoje tivemos um dia livre em Québec. Finalmente não tive o compromisso de acordar de madrugada. Pela manhã, voltamos a Vieux-Québec para explorar com calma o bairro e as lojas charmosas do local. Resolvemos ir de ônibus circular, um meio de transporte super tranquilo (US$ 3).

Québec

No final da tarde, voltamos à parte mais moderna da cidade onde demos uma volta pelo shopping Laurier. Na verdade,  o shopping está mais para um conjunto comercial com vários prédios. Juntos totalizam mais de 1km de lojas. O conceito é legal, mas ele era bem normal. À noite voltamos ao antigo centro para vivenciar a cidade . Muitas lojas fecham nesse período, mas o local é interessante pelos artistas de ruas e porque é cheio de turistas perambulando por todos os cantos. Québec  estava recebendo o Pink Floyd como uma das atrações do Festival de Verão (algumas pessoas da minha excursão participaram do evento), e pudemos escutar um pouco show do lado de fora. Voltamos novamente de ônibus para o hotel já meio tarde.

7º Dia

Saímos no começo do dia de Québec em direção à Montréal. Chegamos à cidade no final da manhã. Com pouco menos de 3,5 milhões de habitantes, Montréal é a maior cidade da província de Québec, e a segunda maior metrópole do país. Também é uma  cidade francofônica (como todas as cidades da província), mas era possível ver com maior frequência os locais se comunicando em inglês. Está localizada às margens do Rio São Lourenço, como muitas das cidades que visitamos na excursão, e é a capital da arte, da moda, e da indústria canadense. Chegamos pela parte leste onde está localizada a antiga vila olímpica (transformada em apartamentos para pessoas de baixa renda) e o estádio olímpico; ambos foram utilizados nos Jogos Olímpicos (que eles chamam de Olimpíadas de verão) em 1976.

De lá, passamos pelo centro da cidade, visitando a Sherbrooke Street (uma das ruas de maior prestígio, onde está a McGill University [Universidade inglesa], UQAM [Universidade francesa], Museu de Artes, e algumas quadras exclusivas que são conhecidas como a 5ª Avenida de Montréal). Passamos também pelo Oratório de São José (Oratoire Saint-Joseph du Mont-Royal), pelo Parc Mont-Royal, onde tivemos uma vista da cidade de Toronto (dê uma olhada na foto), Ste-Catherine Street (Rua do Comércio), e St.Denis Street (rua mais moderninha, com galerias de arte, estilistas de vanguarda e etc.).

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Após o almoço, fomos conhecer a velha Montréal, onde passamos pela Praça das Armas, visitando a Basílica de Notre-Dame (a igreja mais linda que eu já visitei no mundo, e olha que eu já visitei igrejas nessa minha vida…), e o antigo porto. Passamos também pela Île de Notre-Dame para ver o Cassino de Montréal (esperava muito mais), e o Circuito Gilles Villeneuve (onde acontecem as corridas da Formula 1). Após fazer o check-in em nosso hotel, pegamos um mapa da cidade e fomos explorá-la. Passamos por parte da cidade subterrânea (como Montréal é uma cidade muito fria, chegando a – 40ºC, foi criado uma série de túneis subterrâneos que ligam shoppings, estações de metrô, e parte do comércio. De acordo com meu guia, não há um mapa que sinaliza a extensão destes túneis, mas posso te garantir que cortam boa parte do centro), e chegamos novamente ao centro histórico. Passamos pelos Palácios da Justiça; Prefeitura; e St. Paul Street. Na volta para o hotel, ainda visitamos China Town (onde encontramos uma excursão de adolescentes brasileiros), e o Festival de Verão.

8º Dia

Acordamos cedo e fomos fazer um tour fútil de compras passando pela Sherbrooke Street e a Ste-Catherine Street. Estou escrevendo tour de compras de besta, porque não compramos nada. Terceira dica de viagem: Não vá para o Canadá achando que vai fazer a festa como costuma fazer nos tours de compras em Miami ou Nova York. O preço dos produtos no Canadá é muito mais caro que nos Estados Unidos. E o país não oferece tantas opções como a terra do tio Sam. Dei uma volta pelo centro financeiro da cidade, passei pela Place du Canada e Catedral Marie-Reine-du-Monde (uma cópia modesta da Basílica de São Pedro do Vaticano). No meio da tarde, fomos passear pela McGill University, mas o tempo começou a fechar e resolvemos ir embora antes de conhecer todo o complexo. No caminho para o hotel, passamos no Beaver Tails (ou Queues de Castor), uma franquia de doces canadenses muito popular. Eles vendem uma massinha frita com diferentes opções de cobertura doce. Tem gosto de pastel doce! Super bom e mega calórico. Até o Obama é fã. Dê uma olhada! http://www.beavertailsinc.com/index.html

Infelizmente tivemos que dar uma enrolada na loja para esperar o temporal passar. Chegamos ao Holliday Inn no final da tarde. Eu estava tão acabada neste dia que jantei deitada na cama do hotel (acho que isso é muita informação para o meu leitor, desculpe!).

9º Dia

Passamos o dia todo em conexão nos Aeroportos de Montréal (Muito bom! Um dos melhores que conheci), e o JFK em Nova York. Vi a Gwen Stefani no JFK. Para ser sincera, essa foi a viagem que mais vi famosos. Encontrei o George Lucas na 5ª Avenida, o Tufi Duek na Saks Fifth Avenue, o Marcelo Carvalho (Dono da Rede TV) no JFK, e o Emerson Fitipaldi e a Isabeli Fontana no Aeroporto de Guarulhos. Chegamos no outro dia em São Paulo, e é claro que tinha que dar mais uma zica, para fechar com chave de ouro nossa viagem. Nossas malas não chegaram no Brasil! Minhas malas gostam tanto de NYC que resolveram ficar por lá. Mas sem stress, depois de um dia, problema resolvido.

Eu costumo dizer que viajar é sempre bom, pois mesmo quando é ruim, é bom! Mas o Canadá não pode só entrar na categoria bom, tem que entrar no quesito ótimo! O país é adorável, as pessoas são bonitas e amistosas, e a comida é inesquecível (uma das melhores que já comi fora de casa). Nosso guia dizia desde o primeiro dia que a missão dele era fazer com que o país nos conquistasse, e quem sabe ,não resolvêssemos ficar por lá de vez. Devo admitir que se eu tivesse ficado mais uns dias por lá, era capaz de não voltar.  De qualquer forma, é um país que ficará na minha lembrança e no meu coração. See ya…

 

Sol e praia no país dos mariachis

Hoje começo a escrever um novo post sobre minha mais recente viagem. Ainda com o objetivo de explorar a América, dessa vez quis subir um pouquinho e resolvi conhecer Cancún no México. O país nunca esteve nos meus planos de viagem, pois infelizmente tenho um certo pé atrás com as nações latinoamericanas, mas achei que iria me surpreender com um dos destinos mais procurados do mundo. Posso dizer que foi sem dúvida uma ótima surpresa. Só para dar uma situada, o México é uma república constitucional federal situado na América do Norte com aproximadamente 110 milhões de habitantes e é o 14º maior país do mundo em extensão territorial. É riquíssimo em termos culturais, sendo a nação com maior número de patrimônios tombados pela UNESCO no continente americano e possui 68 diferentes culturas espalhadas por seu território. Também foi berço de duas civilizações importantíssimas: os maias e os astecas. A moeda local é o Peso e a cotação deles é de: 1 dólar = 12,65 pesos (Janeiro/2012).  Já Cancun (em espanhol é sem acento) significa ninho de cobras em maia; é uma cidade no extremo leste do país, fazendo parte do Caribe. Está situada no estado de Quintana Roo e é um dos principais destinos turísticos da região. Possui mais de 1 milhão de habitantes e o município é dividido em duas partes: a Zona Hoteleira, uma ilha com 22 quilômetros de praia e onde estão os principais meios de hospedagem da cidade e o centro. O primeiro hotel de Cancun foi aberto em 1974 e hoje o destino conta com aproximadamente 30.000 UH´s.

 1º Dia

Nossa saída de São Paulo não teve problemas e nosso voo noturno pela Aeromexico foi muito tranquilo. Chegamos a Ciudad de México pouco antes das 6h da manhã. O aeroporto é grande, muito moderno, mas completamente ineficiente. Ficamos exatamente 1 hora e 35 minutos na fila da imigração para poder entrar no país e quando finalmente fomos chamados, o oficial ainda pediu para que nos encaminhássemos a uma sala privada a fim de  que ele pudesse conferir novamente o visto eletrônico da minha mãe. Depois de toda a burocracia… Ainda mais burocracia. Tivemos que passar novamente no Raio X para fazer a conexão até Cancún. Acabaram retendo o hidratante da Victoria´s Secret que minha mãe havia comprado do Dutty Free do Aeroporto (desde quando é possível reter líquidos comprados no Dutty Free dentro do próprio aeroporto e com nota fiscal de compra?). Então lá vai a primeira dica de viagem; não comprem nenhum líquido nos Dutty Frees, pois os seguranças vão reter e jogar no lixo. Além disso, nos shoppings de Cancún você vai encontrar os mesmos produtos por preços ainda mais baixos.  Enfim, chegamos a Cancún às 10h10 da manhã e logo entrando no hall do Aeroporto, havia um grupo de mexicanos dando as boas vindas e oferecendo (gratuitamente) mapas e informações sobre a cidade. Fiquei com certa inveja, pois não conheço nenhum destino brasileiro que tenha algum sistema parecido. Outro dado interessante é que todos os serviços e passeios turísticos da cidade são tabelados, portanto você pode ficar tranquilo que nenhuma operadora turística ou mesmo taxista vai te explorar. Para conquistar mais clientes, as empresas poderão oferecer descontos em cima do valor estipulado e é esse desconto que você terá que negociar. De lá, tomamos uma van até nosso hotel, o Fiesta Americana Grand Coral Beach. O transporte custou US$ 15 por pax (também é tabelado). Nossa, já me apaixonei por Cancún desde que saí da aeronave! Tudo é tão limpo, bem cuidado, florido… Imagina então minha surpresa quando cheguei ao hotel. Sem dúvida, o melhor hotel em que já estive hospedada na minha vida! A recepção não é assim tão luxuosa, mas o pé-direito gigante impressiona qualquer um! Todos no hotel nos tratavam com TANTA gentileza, e nossa suíte, meu Deus! Além de super confortável ainda tinha vista para o lindo mar azul do Caribe. Dê uma olhada nas fotos abaixo.

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Ahhh! O Haroldo, baterista do Skank também estava hospedado no mesmo hotel e fez check-in conosco, mas fiquei com tanta vergonha (ser picona de Umuarama é fogo!) que não tirei foto, nem pedi autógrafo. Passamos o final da manhã e parte da tarde explorando e aproveitando a estrutura do lugar.


De lá fomos conhecer as redondezas do hotel. Se só o estabelecimento em si já não fosse perfeito, ele ainda ficava no Km 12,5 da Zona Hoteleira, lugar onde estão situadas as principais baladas da cidade. Passamos pelo Mandala, Forum by the Sea (o shopping em si é muito fraquinho, mas é onde fica a Hard Rock Café Cancun e a Coco Bongo – principal casa de shows da cidade), além de outros bares. Também demos uma passadinha no Coral Negro (um mercado de artesanato mexicano, mas que eu particularmente odiei, pois todos os vendedores ficavam em cima de nós quase que suplicando para que déssemos uma olhada em seus produtos e isso me incomodava muito, só faltava eles nos empurrarem para dentro das lojas). De lá tomamos um táxi até o Shopping La Isla (em minha opinião, o melhor de Cancún) e terminamos a noite passeando pelo lugar.

2º Dia

Hoje acordei cedo, tomei meu café da manhã e fui conversar com minha guest relation para ver quais os benefícios eu teria direito como hóspede do hotel. Entre outras coisas, ela me contou que eu poderia conseguir 50% de desconto nos passeios turísticos se eu estivesse disposta a conhecer o programa de time sharing do Grupo Posadas. Eu já tinha ouvido essa história de um rapaz que trabalhava em um dos quiosques de venda de passeios turísticos no Shopping La Isla, mas achei aquilo meio suspeito e acabei não dando muita atenção. Dessa vez, imaginei que seria interessante conhecer o programa deles, até mesmo como material para os meus alunos. Então fui ao Fiesta Americana Condesa Cancun (outro hotel da rede, um pouco mais simples, mas com o sistema all inclusive) e passei o micão da viagem. Eu não estava disposta a comprar o programa, mesmo porque o título custa em média de US$ 50,000, mas ninguém me deixava ir embora. Aí começaram com uma conversa de que eu teria que deixar um depósito de US$ 450 para garantir um desconto que eu nem queria. Fiquei até assustada! Depois de duas horas de chateação, finalmente consegui meu desconto no passeio a Chichen Itzá e saí de lá meio correndo sem olhar para trás. O passeio às ruínas maias ficou US$ 42 por pax. Segunda dica de Cancún, se alguém te oferecer 50% de desconto em qualquer passeio, mas para isso você terá que participar de uma visita em um hotel, não vá!!! A chateação é tão grande que sinceramente não vale a pena. Chegando ao hotel, almocei em um restaurante próximo e peguei um ônibus circular (Meu Deus, o achado da viagem! É fácil, rápido e custa apenas $ 8,50 [US$ 0,67]) para passar o restante da tarde no Kukulcán Plaza (o shopping mais requintado da cidade). O lugar é mais formal, com mais cara de shopping, mas ele é meio que uma piada. Tem pouquíssimas lojas e está sempre muito vazio. Fui até o Luxury Avenue que depois de ter lido bastante a respeito eu imaginei que fosse uma rua como a Rodeo Drive em Beverly Hills, mas na verdade é uma loja de departamento nem tão grande que fica dentro do Kukulcán Plaza e que possui corners de algumas grifes famosas como Louis Vuitton e Fendi. Voltamos à noite para o hotel.

3º Dia

Acordei muito cedo (6hOO) e me arrumei, pois hoje iríamos para Chichen Itzá. Situada a 220 kms de Cancún, esta cidade arqueológica foi um dos centros políticos e econômicos mais importantes da civilização maia. A região foi escolhida pelos maias para instalar seu império por oferecer uma grande rede de rios subterrâneos, indispensáveis para o fornecimento de  água à população. Hoje essa rede é considerada a maior do mundo. Antes de chegar às ruínas paramos no Cenote Hubiku – Grande Senhor em maia; um buraco em baixo da terra onde se encontra água potável e cristalina.  Fica a poucos quilômetros da cidade de Valladolid e é como se fosse as furnas em Ponta Grossa, PR. Interessante, mas não espetacular, dê uma olhada na foto. Muitos de nós nadaram nas águas azuis do lugar, mas como eu estava lambuzada de creme e usando  três quilos de maquiagem, achei de bom senso não empestiar a água.

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 Almoçamos pela redondeza e depois de mais uma hora de viagem chegamos à Chichen Itzá. O nome dado a este sítio significa “boca do poço dos bruxos da água” e mesmo sendo considerada uma das 7 maravilhas do mundo moderno, ela  é de propriedade da família de  um estadunidense que a comprou no final do século XIX por apenas US$ 75. Os maias foram  uma das 5 maiores civilizações antigas. Desenvolveram a matemática introduzindo o número zero, mas também foram importantes nas ciências e astrologia. O mais interessante é que ao contrário do que muitos imaginam, a civilização maia não foi extinta, há aproximadamente 6 milhões  de latinoamericanos que ainda falam seu idioma. Voltando às ruínas, é muito interessante ver como eles construíram edifícios tão complexos com a pouca tecnologia disponível na época como a Pirâmide de Kukulcán (dentro deste edifício tem outra pirâmide idêntica de menor proporção) onde cada degrau representa um dia do ano.  Deem uma olhada nas edificações do parque.

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É também interessante conhecer como eram suas crenças e valores, muito, mas muito diferente da cultura ocidental moderna. Para se ter uma ideia, eles deformavam o crânio e as cartilagens do rosto das pessoas que viviam por lá, primeiro por um motivo de estética e segundo porque acreditavam que desta forma o cérebro funcionaria melhor. As ruínas também contam com muitos vendedores ambulantes que comercializam produtos típicos mexicanos, mas ao contrário dos vendedores do Coral Negro, eles ficavam muito na deles. 

Mas cuidado com os preços, pois são mais caros que os mesmos produtos vendidos em Cancún.  Voltamos no final da tarde e enfrentamos mais 3 horas de viagem.  Foi um passeio super interessante, mas MUITO cansativo. Voltei acabada e desmaiei na cama.

4º Dia

Hoje foi um dos dias mais relax da viagem. Acordamos às 09h, fomos tomar café da manhã e topei com o Haroldo, o mais novo amigo da minha mãe (eles não se conheciam de fato, mas estavam sempre se cumprimentando e sorrindo um para o outro, uma comédia!). Passamos a manhã na praia (e eu sem protetor solar), mas nem entrei na água, só aproveitei a paisagem (na sombra, claro!). Tirei algumas fotos e até machuquei meu pé correndo de lá para cá.

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À tarde fui ao Spa para fazer uma Hidroterapia.  Como eu tinha 10% de desconto em qualquer tipo de tratamento, paguei  US$ 76.50 e posso falar que valeu cada centavinho! Melhor que qualquer outra massagem que eu poderia ter escolhido. O Spa era uma loucura e estou dizendo isso em todos os sentidos! Ele era lindo, moderno, gigantesco, com uma infinidade de opções e também enfiava a faca como ninguém. As massagens normais custavam a partir de US$ 200, meio fora do meu orçamento. Deem uma olhada na piscina dos sonhos do spa do hotel!

Enquanto estava curtindo o spa, meus pais foram conhecer o centro da cidade. Eles ficaram horrorizados com a precariedade do Mercado 28, o mercado de artesanato local, mas acharam o restante da cidade bem razoável. Terceira dica de viagem; mesmo que o artesanato local seja mais barato no centro da cidade, não vale a pena se deslocar até lá só para comprar uma maraca ou um “sombrero mejicano”. Mesmo porque eles são super baratos em qualquer canto!  À noite jantei no Outback localizado no Flamingo Plaza (outro shopping muito fraquinho, mas que oferece boas opções gastronômicas como o próprio Outback e o Bubba Gump – especializado em frutos do mar). Fechei minha noite curtindo (de longe) a festa privada que o hotel estava oferecendo aos participantes de uma  convenção norteamericana.

5º Dia

Hoje é Domingo e não fizemos nada muito especial a não ser aproveitar o hotel pela manhã e ir às compras no restante do dia. Almoçamos uma mariscada (um prato que mistura peixe e frutos do mar) no Shopping La Isla e foi o maior mico gastronômico da viagem. O prato em si estava bem gostoso, mas nos cobraram dois diferentes tipos de impostos e nos sentimos lesados. Não me lembro o nome do restaurante para NÃO RECOMENDAR, mas enfim, tomem cuidado com os restaurantes deste lugar. Como eu já falei anteriormente, La Isla é na minha opinião o melhor shopping da cidade e não é a toa que o lugar tem a maior concentração de brasileiros em Cancún. Ele não tem assim tantas opções de compras, mas o que tem vale muito a pena. Os cosméticos são mais baratos que no Paraguai e nos Estados Unidos (dê uma pesquisada na Dufry e na Ultrafemme), as roupas são muito mais baratas que no Brasil e você encontra todas as marcas internacionais, mas o achado é uma loja de departamento chamada La Boutique Palacio. Localizada no canto esquerdo do shopping, o lugar é lindo, cheiroso, muito civilizado e você encontra promoções muito boas. Sabe aquelas lojas que você fica meio bobo?! Pois então, é assim.  Terminamos nossa maratona de compras à noite e fechamos o dia e adquirindo nosso passeio para Xcaret. Eheheheh!

6º Dia

Acordamos novamente bem cedo, pois às 08h sairia nosso Passeio à Xcaret. Dessa vez para economizar, tomamos o ônibus na Plaza la Fiesta, uma outlet de produtos típicos mexicanos que também comercializa passeios turísticos. O passeio custou US$ 115 por pax e o trajeto até o parque levou em torno de 1 hora. O lugar é um eco parque de um empresário mexicano que mescla natureza, por ficar na beira do mar do Caribe e possuir túneis de rios subterrâneos; arqueologia, por conter construções maias; e diversão, através dos atrativos no estilo de um parque temático.

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É um passeio de um dia todo e vale muito a pena! Além das atrações incluídas, eles também oferecem outras atividades opcionais como nadar com os golfinhos  e  com os tubarões. Mas os passeios opcionais custavam acima de US$ 80 e achamos que não valia a pena.  Passamos o dia todo passeando e visitando todos os atrativos, inclusive nadei no rio subterrâneo (uma atividade que recomendo). Mas um dos atrativos mais legais do parque é o espetáculo noturno (veja a foto abaixo),  um show musical que conta a história do México mostrando desde a época pré hispânica com a representação de um jogo de bolas, até as festas tradicionais modernas, com muita música e dança típica. Minhas dicas para aproveitar o passeio são: leve pelo menos uma muda de roupa na mochila; leve protetor solar biodegradável (mas não compre o produto dos guias, pois se o seu protetor não for biodegradável, eles te entregarão um sache do produto de graça); não compre o repelente vendido pelos guias, pois não há essa necessidade; e não se preocupe com o almoço, ele já está incluso no passeio e é muito farto. Saímos às 20h do parque, super acabados!

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7º Dia

Já meio em ritmo de despedida, acordamos por volta das 09h e fomos tomar café. Passei o restante da manhã no quarto assistindo noticiários norteamericanos, pois minha mãe não estava muito bem. Tomamos um ônibus e almoçamos no Cenacolo, um restaurante italiano no Shop. Kukulcán Plaza. Foi a melhor refeição de toda a viagem! Lugar recomendadíssimo! Passamos o restante do dia fazendo as últimas comprinhas. À noite fomos ao Plaza la Fiesta para comprar algumas lembranças mexicanas. Esta loja tem filiais por toda Cancún e possui uma variedade imensa de produtos típicos que vão desde alimentos, vestuário, até objetos de decoração. Ela não tem os preços mais competitivos da cidade, na verdade, tudo por lá é mais caro que em qualquer outro canto, mas é uma loja ampla, organizada, civilizada e você fica à vontade para escolher o que quiser, portanto é a melhor opção se você não quer encheção de saco.

8º Dia

Hoje era o nosso último dia e já estava tristinha de ter que ir embora. Acordamos pelas 09h, tomamos café e voltamos ao quarto  para arrumar as malas. Fizemos o check-out pontualmente às 12h, mas como nosso voo era apenas no final da tarde, aproveitamos nossas últimas horas dando uma voltinha pelas redondezas. Fui conhecer o Hotel Riu Palace, um lindo edifício nos moldes dos resorts tradicionais franceses perto do meu hotel. O interior do lugar era de babar, um castelo europeu perdido na descontração do Caribe. A piscina parecia terminar no mar, lindo! Mas o estabelecimento tem mais cara de resort, com música alta em todo a área de lazer e comida à vontade. Não faz muito meu estilo de estabelecimento! Outra coisa que não gostei tanto era a praia que eles tinham disponível que não possuía muita areia, mas é um hotel impressionante. Às 16h tomamos nosso táxi até o aeroporto e agradecemos a todos os Deuses por ter chegado tão cedo. A fila da Aeroméxico era quilométrica e não andava, tinha apenas dois funcionários para atender toda aquela gente. Ficamos quase 2 horas na fila. No check-in descobrimos que nosso voo de Ciudad de Mexico até São Paulo não tinha mais assentos e que teríamos que tentar em DC uma vaga em outro voo, ou por Buenos Aires ou por Montevidéo. Fiquei um pouco chateada, mas ao mesmo tempo estava tranquila, pois não tinha hora nem dia para voltar ao Brasil, portanto se eles quisessem me deixar um dia em Ciudad de Mexico por conta da empresa, ficaria sem problemas. Mas no final das contas, deu tudo certo.  08 passageiros bondosos nos cederam seus lugares e ficaram mais um dia em Cancún com todas as despesas  por conta da empresa aérea. Sortudos! Chegamos ao Brasil às 12h20 e depois de muita espera no Aeroporto de Guarulhos, chegamos à Curitiba às 18h.

Impressões gerais da viagem: Nunca fui muito fã de praia e só visito uma cidade praiana se tenho certeza que terei outras atividades para fazer. Cancún é assim. O mar é realmente lindo, mas o destino oferece milhões de atrações que faz com que a praia se torne apenas o coadjuvante da viagem. Vale a pena visitar os parques temáticos, as ruínas maias, as compras… Enfim, aproveitar tudo que o local tem para oferecer. A cidade é extremamente segura, ridiculamente limpa e fácil de se localizar. O clima estava perfeito (se bem que como estávamos no inverno,  anoitecia muito cedo) e os mexicanos são um capítulo a parte, mesmo que eles sejam desprovidos de beleza, são as pessoas mais gentis que conheci na vida. Claro que haviam algumas exceções, mas eles eram tão exceções que nem dei atenção. A comida não era ruim, mas também estava longe de ser inesquecível. Porém, tenho que admitir que sinto falta de uns Totopos. Também sinto falta do cheiro de lírio do meu hotel. Sniff… Enfim, Cancún é um destino maravilhoso e recomendo para todos que estiverem com vontade de viajar. Depois dessa aventura, respeito muito mais o país, a cultura local, as pessoas e entendo o porque eles são um dos destinos mais visitados do mundo. Se Deus quiser estarei de volta em breve, e contando tudo para vocês…

¡Hasta Luego!

New York, New York

Minha próxima parada foi aos Estados Unidos, mais especificamente a cidade de Nova York. Não é a primeira vez que vou a cidade, mas cada vez que eu estou lá tenho sempre a sensação de deslumbre. Só para situar, New York City fica no extremo sul do estado de mesmo nome e faz fronteira com o estado de New Jersey. É a cidade mais populosa dos Estados Unidos além de ser uma das mais vibrantes e cosmopolitas capitais do mundo. Ela está localizada na costa oeste dos Estados Unidos e é composta por cinco distritos: Manhattan, Brooklyn, Bronx, Queens e Staten Island. Tem uma população de pouco mais de 8 milhões de habitantes sendo 3,5 milhões residentes só em Manhattan. Esta última é uma ilha conhecida como “Big Apple” e é o coração turístico e financeiro da cidade. Ela foi descoberta por Henry Hudson (alguns dizem que ela já havia sido explorada por um italiano há quase 2 séculos antes), um inglês a serviço da Holanda que a batizou como New Amsterdam. Ela já era habitada por índios americanos e foi comprada pelos holandeses por bens no valor equivalente hoje a US$ 24. Baratinho, não?! 60 anos depois a Inglaterra ocupou o território e o chama de New York, em homenagem ao Duque de York. Ahhh! Se quiserem ver outros passeios em Nova York com muitas fotos, deem uma olhada aqui e aqui.

Nossa viagem começou em Curitiba onde pegamos o avião no meio da tarde para o Aeroporto de Cumbica em Guarulhos. Esperamos horas até embarcar, mas foi melhor assim, pois as filas no Aeroporto estão cada dia maiores então pudemos passar por todos os trâmites (Raio X, Polícia Federal) sem a preocupação de perdermos o voo. Pegamos um voo noturno e a viagem em si foi muito tranquila. Chegamos a NYC no começo da manhã e nosso receptivo já estava nos aguardando no Aeroporto JFK.

 1º. Dia

Chegamos ao hotel ainda pela manhã, mas nosso quarto não estava disponível então trocamos de roupa e fomos explorar a cidade. Dessa vez fiquei hospedada no Park South Hotel, localizado na 28th, entre a Park e Lexington Avenues. Era um bom hotel, moderno e com quartos confortáveis, mas como a maioria das atrações turísticas fica mais ao norte de Manhattan, não gostei muito da localização. Pegamos a 5ª Avenida e fomos andando em direção aos principais atrativos da cidade. A primeira parada foi o Empire State Building. Este lindo arranha-céu em estilo Art decó, está localizado na 34th, tem 102 andares e foi o edifício mais alto do mundo por mais de 40 anos. Ele é um prédio icônico na cidade por ter sido utilizado no filme King Kong, um clássico do cinema norte americano. Fomos ao observatório do prédio no 86º andar onde é possível ver toda a ilha de Manhattan, além de outras regiões de New York e parte do estado de New Jersey. Pagamos US$ 20 pela visita, mas vale a pena, pois além do prédio ser lindo e extremamente bem conservado, dá um dimensionamento de toda a cidade. Almoçamos no Subway (é um lanche barato, mas tomem cuidado, a higiene da lanchonete e o sabor do sanduíche não são os mesmos do Brasil). Ainda andando pela 5ª Avenida, passamos pelo Rockfeller Center (complexo de 19 prédios comerciais construído pela família Rockfeller) onde é montada a enorme árvore de Natal além da famosa pista de patinação no inverno; a Catedral de St. Patrick (uma linda igreja Neo gótica do final do século XIX) e pelas chiquetérrimas lojas de grifes até chegar ao The Plaza Hotel. Este último é um dos mais célebres hotéis dos Estados Unidos. O empreendimento foi fundado em 1907 e era originalmente uma casa de saúde para os novaiorquinos. Durante anos fez parte do holding do bilionário Donald Trump e hoje é administrada por uma empresa saudita. Desde 1969 é tombado como patrimônio da cidade e é um hotel sensacional. Vale a pena dar uma sapeada! Demos uma olhada na Fao Schwarz (loja de brinquedos do séc. XIX que foi considerada a maior loja do mundo neste segmento. Hoje é uma loja muito mais modesta, mas ainda é um paraíso para qualquer criança). Voltamos pela Park Avenue onde passamos pela Grand Central Terminal, um lindíssimo terminal de trens construído pela família Vanderbilt e inaugurado em 1913 que possui charmosos restaurantes e um variado shopping (na 42th) e a impactante Church of our Saviour. Terminamos nosso dia na Times Square, mas ainda tivemos energia para jantar na Mc Donald’s (coloco as mesmas observações citadas na Subway).

2º Dia

Acordamos super cedo (05h30 da manhã), pois às 07h sairíamos com um grupo de turistas para Washington D.C. Essa viagem foi adquirida pela internet e paguei US$ 149 por pax. A viagem levou 4 horas e meia e passou por 4 estados americanos: New York, New Jersey, Delaware e Maryland. A cidade foi planejada como Brasília e inaugurada em 1800. Washington foi nomeada em homenagem ao primeiro presidente americano, George Washington. Está situado no leste do país na margem norte do Rio Potomac e possui mais de 500 mil habitantes. A ida foi muito interessante, pois nosso guia nos explicou muitas coisas sobre a história americana, principalmente sobre a importância das imigrações francesas, holandesas e inglesas neste processo. Também foram explicados os acontecimentos que levaram a independência e situações atuais como a autonomia dos estados e a responsabilidade dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Chegamos à cidade no final da manhã e passamos pelos principais monumentos: Lincoln Memorial, Washington Memorial, Obelisco, os monumentos que representam a guerra da Coréia e do Vietnã e a Casa Branca. Passamos pelo Madame Tussauds Wax Museum onde pudemos ver as figuras de cera dos principais presidentes americanos, inclusive Barack Obama. Passamos também pelo Smithsonian Instituition, o maior complexo de museus do mundo composto por 19 museus e 9 centros de pesquisa além do Zoológico Nacional. Almoçamos no Museu Aeroespacial (que faz parte do Smithsonian) e terminamos nossa visita no Capitólio. Estava um dia bastante ensolarado e quente o que facilitou a viagem. A cidade é lindíssima e tem muitas coisas interessantes, portanto, tive vontade de passar mais dias para explorar os demais museus, visitar o Ford’s Theater (onde Lincoln foi assassinado) e outros lugares de interesse. Chegamos a NYC pela noite, bastante cansadas.

3º Dia

Acordamos cedo, pois hoje teríamos o city tour por Manhattan. Nosso grupo era basicamente formado por brasileiros e fomos conhecer os principais atrativos da cidade. Começamos o tour pelo Lincoln Center onde está a Filarmônica, a Ópera e o Ballet da cidade de Nova York. O próximo ponto foi o Edifício Dakota, prédio no qual residiu John Lennon e o mesmo foi assassinado. O local também serviu de locação para o filme “O Bebê de Rosemary”. De lá fomos ao Central Park ver um mosaico com a inscrição Imagine (música mais famosa do cantor), encomendado por Yoko Ono que está no chão do parque. De lá fomos ao Flatiron Building, um prédio triangular bastante peculiar de 1902. Ele foi cenário de vários filmes como Godzilla e Homem Aranha. Após essa parada, fizemos um passeio pelo Greenwich Village (reduto GLS), Soho (área descolada onde ficam as galerias de arte e lojas de vangarda), Chinatown e paramos no Financial District onde fomos deixados em um prédio comercial com vista para o World Trade Center. Hoje o espaço é um canteiro de obras e será palco para outros dois prédios enormes e um memorial. Nesse caminho encontrei o ator Taye Diggs, ele interpreta o Dr. Sam Bennet na série Private Practice. Ele é mais bonito e mais gostoso pessoalmente. De lá, passamos pelo Battery Park, um parque onde saem as balsas para a Estátua da Liberdade e Ellis Island. Em um primeiro momento, até tínhamos interesse em conhecer a Estátua, mas quando vimos o tamanho da fila, acabamos desistindo. Dica para os turistas, se tem interesse em fazer esse passeio, sugiro que chegue ao local logo no começo da manhã (08h/09h), assim não terá que enfrentar as filas intermináveis. Terminamos nosso tour no Píer 17, um ponto que recria os portos do século XIX com diversos restaurantes e opções de compra. O melhor do lugar sem dúvida é a vista, pois é possível ver as Pontes do Brooklyn e Queensboro. De lá, pegamos a Broadway Avenue a pé para conhecermos um pouco mais a cidade. Passamos pelo touro em bronze que representa Wall Street, a Trinity Church (igreja de 1846 que revive o estilo gótico), Wall Street e a Bolsa de Valores. Ainda conhecemos o City Hall (local dividido em dois deslumbrantes prédios), a Corte de Justiça e Suprema Corte da cidade (que ficam reunidas em uma linda praça). Depois de tanto caminhar, chegamos a Washington Square (um das mais famosas praças de NYC e que tem ao seu redor vários prédios da New York University – NYU) e fiquei encantada com a tranquilidade e beleza da região. Pegamos um metrô até a Times Square e jantamos no próprio hotel.

4º Dia

Hoje acordamos super cedo novamente, pois tínhamos uma excursão para Woodbury Common Premium Outlet. É um shopping a céu aberto com 220 lojas de diferentes marcas com preços até 70% mais baratos que em Nova York. Essa foi outra barganha que adquiri pela internet. O passeio custou apenas US$ 37 por pax. Outras operadoras cobravam até US$ 82 por pessoa pelo mesmo tour. Saímos do Port Authority Bus Terminal, uma estação rodoviária muito doida que fica na 42th com a 8ª Avenida. A viagem dura em média 1 hora e 15 e o lugar é muito melhor do que eu imaginava. Quando pensamos em uma Outlet, logo vem a cabeça lojas cheias de coisas feias, daquelas que ninguém quer e tudo muito bagunçado, mas lá você se vê em um shopping de verdade. Era até engraçado você ver as pessoas enlouquecidas com o valor das peças e a qualidade das mesmas. Você encontra lojas de todos os tipos, desde eletro eletrônicos como a Sony, cosméticos como a L’Occitane mas o que você vê com maior abundância são as lojas de vestuário com marcas como Ralph Lauren, Timberland até maisons como Dior e Valentino. Voltamos no meio da tarde, pois íamos jantar no famoso Russian Tea Room. O restaurante foi inaugurado em 1927 pelos membros do Ballet Imperial Russo e logo se transformou em um reduto para os russos espatriados e outros artistas. Ele passou na mão de muitos investidores até ser reaberto em 2006. Dizem que o interior do restaurante permaneceu intacto todos esses anos, mas que o menu teve uma significativa melhora. A comida é realmente fabulosa, mas o valor da conta, nem tanto. Pagamos US$ 145 para duas pessoas. Mas tirando o susto inicial, posso falar que valeu cada centavinho!

5º Dia

Finalmente dormimos até mais tarde (mesmo porque não aguentava mais acordar de madrugada), tomamos café e fomos ao Metropolitan Museum. O MET é um dos maiores e mais importantes museus do mundo. Possui um acervo de 2 milhões de peças entre pinturas, esculturas, instrumentos musicais, mobiliário e etc. O museu foi fundado em 1870 e possui coleções impressionantes como um templo egípcio, uma praça espanhola completa e cômodos de moradas romanas e de castelos renascentistas. Além das exposições permanentes, o local conta também com mostras esporádicas e neste verão eles abriram um pavilhão com 350 obras de Picasso. Essas obras são do próprio museu, mas pela primeira vez elas foram reunidas e expostas juntas. Outra exposição interessante foi a American Woman. Patrocinada pela Gap, essa mostra apresentava o desenvolvimento do vestuário da mulher americana no século XX. Parte do acervo era do Museu do Brooklyn e havia peças de estilistas americanos e franceses. Muito legal! É um lugar imperdível. Custa um pouco caro (US$ 20), mas vale a pena. Se for ao museu, lembre de separar algumas horas para isso, pois tem tanta coisa para ser vista que é necessário um bom tempo. Almoçamos no próprio local. No Subsolo, eles reabriram uma cafeteria que serve tanto comida como lanches rápidos. Gostoso e baratinho! Voltamos no meio da tarde, pois à noite iríamos assistir a um show da Broadway. Nunca tive interesse em ir a Broadway, mas achei que dessa vez seria interessante. Escolhi “Jersey Boys”, pois já havia sido recomendado por várias pessoas além de ter ganhado o Tony de melhor musical em 2006. Então, em um primeiro momento pesquisei o preço na internet, mas o valor mais barato foi US$ 80. Achei um pouco caro e pensei em comprar o ingresso no TKTS, um guichê localizado na Times Square que vende ingressos para o mesmo dia com até 50% de desconto. Todos os dias íamos até o local, mas nunca encontrávamos os espetáculos que queríamos. Resolvemos então ir até o teatro e comprar o ingresso direto da bilheteria. Foi a melhor coisa que podíamos ter feito! Pagamos US$ 62 por pessoa e ainda pude escolher o local que eu queria sentar. Então, a minha dica é: compre na própria bilheteria do teatro. Mesmo comprando em cima da hora, é possível achar boas ofertas e você terá a oportunidade de assistir o espetáculo que tem interesse. O show começou pontualmente às 20h e foi MUITO bom! Muito melhor do que eu esperava. Saí do teatro com vontade de entrar em outro. Vale mesmo a pena! Jantamos na Sbarro da Times Square e voltamos para o hotel.

6º Dia

Acordamos cedo, pois queríamos aproveitar nosso último dia na cidade. Pela manhã, fui até o Frick Collection. O local é a antiga casa do bilionário Henry Frick. O museu está localizado na 5a. Avenida e o empresário adquiriu o terreno em 1913 por 5 milhões de dólares (imagine o quanto não vale hoje?!). Após a morte do bilionário, a mansão foi transformada em um museu e possui uma coleção de grandes mestres da pintura como El Greco e Degar além de mobiliário francês e objetos decorativos de diversas partes do mundo. Esse é um museu pequeno mas lindíssimo! É um lugar bastante pessoal (é caloroso e você consegue imaginar as pessoas que moraram lá) mas ao mesmo tempo é pomposo, requintado. De lá, fui a Bergdorff Goodman, a mais requintada loja de departamento dos Estados Unidos. Mas no caminho vi uma confusão em frente à loja da Apple e fui ver o que estava acontecendo, nisso vimos que estava ocorrendo um show do Sting para algum canal de televisão. Almoçamos em um restaurante brasileiro na 46th chamado Ipanema. É um lugar pequeninho, mas super aconchegante! Nossa tarde foi destinada as compras. Fomos à Lacoste, Sephora, Victoria’s Secret e terminei meu dia visitando algumas das melhores chocolaterias da cidade. A primeira foi a Kee. Uma das características desta loja é a qualidade da matéria prima utilizada além de todos os bombons serem feitos e comercializados no mesmo dia para manter o frescor dos produtos. É daqueles que derretem na boca! Ela possui duas lojas, uma delas na 5a. Avenida dentro do edifício do HSBC e outra no centro da cidade. Os bombons não são muito baratos, mas todos são MARAVILHOSOS! A outra chocolateria chama 5th Avenue e está localizada na 3rd Avenue com a 43rd. Ela é mais simples, mas os chocolates também eram bons. À noite comemos em um restaurante indiano ao lado do hotel chamado Copper Chimney. Também é um restaurante pequeno, muito bom e com um precinho bem camarada!

No outro dia pela manhã (06h) nosso receptivo já estava nos aguardando, pois voltaríamos ao Brasil. Esse caminho até o Aeroporto foi tristinho, pois queria ficar mais alguns dias na cidade. Tomamos o voo para São Paulo às 09h25 e viajamos o dia todo. Chegamos a Curitiba no finalzinho da noite. Minhas impressões gerais da viagem são: Nova York continua uma cidade vibrante e os verões sempre agradáveis. Mesmo sendo uma grande metrópole, a cidade continua segura e é possível caminhar por qualquer parte de Manhattan sem se preocupar (se bem que eu como uma boa brasileira, me preocupava o tempo todo!). Durante todo o passeio, vi muita gente bonita (principalmente os homens) e ao contrário do que lemos, vi pouquíssimos obesos. Se nas primeiras vezes que estive em NYC fiquei espantada com o grande número de judeus ortodoxos, dessa vez o que me impressionou foi o número de indianos. Encontrávamos eles trabalhando nos restaurantes, passeando pela cidade… Tive a impressão que eles aos pouquinhos estão dominando o mundo. Os parques continuam impecáveis, mas o trânsito sempre caótico. Claro que nem tudo são flores. Mesmo sendo eficientíssimos, os metrôs novaiorquinos não são um primor de beleza e muito menos de limpeza. Os lixos produzidos pelas lojas e deixados nas calçadas dão uma impressão muito ruim principalmente porque vemos que grande parte do lixo orgânico e reciclável não são separados (vocês conseguem  imaginar a quantidade de lixo que essa cidade produz todos os dias?!). E em alguns pontos da cidade, esse lixo deixa um mau cheiro geral. Sentia-me no Paraguai. Independentemente dessas peculiaridades (para não chamar de defeitos), Nova York continua no meu coração. Surpreendendo-me a cada instante e mantendo o status de minha cidade favorita em todo o mundo. Para ver as fotos desta viagem, entre no meu álbum http://cid-3291a7b14b31ab66.photos.live.com/browse.aspx/New%20York%20City.

Até a próxima viagem!