Dessa vez a parada é na Colômbia

Como em todos os anos, nas férias de verão aproveito meu tempo livre para viajar. Há alguns meses atrás estava pensando qual seria o melhor lugar para visitar em 2011 e depois de uma pesquisa criteriosa e muita vontade de explorar a América, imaginei que a Colômbia seria uma boa pedida. Para quem não sabe, Colômbia é um país da América do Sul com pouco mais de 45 milhões de habitantes; é uma república presidencial democrática como o Brasil e a base de sua economia é a exportação de café (o mais conceituado do mundo), pedras preciosas (é responsável por mais de 60% de todas as esmeraldas comercializadas no planeta), minérios e flores. 

 1º Dia

A viagem teve início em Curitiba. Madruguei (04h00), pois meu voo sairia às 06h10 em direção a São Paulo. Chegando a São Paulo, passamos por todos os trâmites necessários e embarcamos para Bogotá às 12h40 pela TAM. Chegamos a Bogotá às 15h40 (vale ressaltar que a Colômbia tem uma diferença de fuso horário de 3 horas a menos com o Brasil). Nosso receptivo já estava nos aguardando e fomos levados ao nosso hotel, 116 Hotel. O empreendimento pertence a cadeias Cosmos, uma rede colombiana bastante prestigiada. Ele possui categoria superior (4 estrelas), é um prédio de vanguarda e com apenas 4 meses de inauguração. Está situado na Calle 116, zona norte da cidade. Deem uma olhada na fachada do empreendimento.

Após nos acomodarmos, demos uma volta pelo quarteirão para nos orientarmos e jantamos no shopping Unicentro, o mais próximo do nosso hotel. Essa foi uma das refeições mais sem graça que fizemos em nosso tour; então vai a primeira dica da viagem, Bogotá tem ótimos restaurantes, portanto tente não procurar as praças de alimentação dos shoppings, pois os preços não são competitivos e o sabor da comida também deixa a desejar. 

2º Dia

 Acordamos cedo, pois tínhamos um city tour por Bogotá pela manhã, mas antes de contar sobre o passeio, deixa eu escrever um pouco sobre a cidade. Bogotá foi fundada em 1538 por Jiménez de Quesada como Santa Fé de Bogotá. É a capital do país e possui aproximadamente 7 milhões de habitantes. A cidade está situada na Cordilheira Oriental dos Andes, a 2.640 metros acima do nível do mar e por essa razão, tem um tempo muito frio o ano todo. Como está situada em uma área propensa a terremotos, não possui muitos prédios altos. A metrópole é dividida em 4 quatro regiões: occidental, oriental, norte e sur. As áreas mais prestigiadas da cidade ficam ao norte e no lado oriental (onde estão as grandes montanhas, que eles chamam de cerros). A cidade é classificada no que eles chamam de “extractos”. Eles vão de 1 a 6 e quanto melhor o bairro que você mora, maior o número que o representa. Esses números se revertem em impostos, portanto quando você mora em um bairro mais exclusivo, consequentemente você tem que pagar mais imposto.  As ruas da cidade não possuem nomes e sim números, como em Nova York e isso facilita bastante a localização. No sentido sul ao norte, as vias são chamadas de Calles e sentido leste ao oeste são as Carreras. Começamos nosso tour conhecendo os bairros mais prestigiados da cidade e uma das coisas mais curiosas foi a arquitetura local. Grande parte dos edifícios são construções com tijolhinhos à vista, que eles chamam de “ladrillos”. Desta forma, a cidade tem um cara meio terracota. Em alguns momentos ela lembra as cidades inglesas. Na verdade, os habitantes são tão fascinados pela Inglaterra que tem um bairro em estilo inglês chamado La Merced. Lindo!!! Nossa primeira parada foi ao Museo del Oro. O local é considerado um dos maiores museus do ouro do mundo. Ele é um prédio moderno, com uma ótima estrutura e está localizado no centro da cidade. Possui um acervo com peças pré-colombianas mostrando a rotina e o cotidiano dos vários povos que habitaram o país. Muito interessante! Ao redor do museu existem várias lojas de artesanato. Vale a pena dar uma sapeada! De lá, fomos à Plaza Bolívar. A praça é a mais importante da cidade. Está localizada no bairro histórico de La Candelaria e é onde se encontram os principais edifícios de Bogotá como a Catedral Primada de Colômbia (foto), o Capitólio Nacional, a Prefeitura e o Palácio da Justiça.

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É uma praça imponente, com edifícios de diferentes estilos arquitetônicos. Só não estava mais bonito, pois tinha uma pista de gelo mega colorida no centro da praça que destoava do lugar. Além disso, o local abriga muitos pombos, eca!!! Caminhando pelo bairro passamos pelo Colégio Mayor de San Bartolomé, uma escola muito tradicional fundada por religiosos em 1604 e chegamos a Casa de Nariño, um lindo palácio de 1908 onde funciona a Presidência da República. Segue abaixo uma foto da fachado do Edifício.

Andamos também por outras ruas de La Candelaria onde foi possível ver as casas em estilo colonial espanhol com seus característicos balcões em cedro (infelizmente nem todos devidamente restaurados – deem uma olhada na arquitetura local).

E chegamos ao Museo de Arte Colonial (foto abaixo).

Inaugurado em 1942 em um edifício do século XVII, o museu apresenta peças como pinturas, esculturas, objetos religiosos e mobiliário dos séculos XVI, XVII e XVIII. Como grande parte das peças são de cunho religioso, o museu não é assim “uma brastemp”, mas como o prédio é lindo e o local tem entrada gratuita, é uma visita que vale a pena ser feita. Ahhh! Uma das coisas que eu mais gostei em Bogotá é que quase todos os museus da cidade são gratuitos. Passamos ainda pelo Teatro Colón, um lindo teatro em estilo neoclássico inaugurado em 1892 que infelizmente estava em reforma. Saindo um pouco do grande centro, fizemos uma visita a Quinta de Bolívar, uma casa museu em estilo colonial que serviu como casa de Simón Bolívar (um herói para os colombianos) em Bogotá. O local é bem pequeno e muitos dos móveis do museu não são originais da casa, mas para quem gosta de história, vale a pena a visita pela localização e pelo que ela representa.

Terminamos nosso city tour no Cerro Monserrate, uma montanha localizada a 3.152 metros acima do nível do mar.  Para chegar  ao pico, é preciso tomar um Funicular (um tipo de um elevador) ou o Transférico. A ida e a volta custam COP $ 14.000 – R$ 12,73 e lá em cima é possível ter uma vista completa da cidade.  Passei um pouco mal por causa da altitude, mas depois de um tempinho acabei me recuperando.  Almoçamos no próprio Cerro em um restaurante chamado Santa Clara. O restaurante está localizado em uma lindíssima casa de madeira construída em 1924 e o local serve comidas típicas colombianas. Muito bom, recomendo! Segue de longe a preciosidade da construção. Dá para ter uma ideia de como o lugar é charmoso.

O cerro possui um outro restaurante chamado San Isidro, uma casa em estilo colonial especializada em comida francesa. Descendo o cerro, por conta própria voltamos a La Candelaria para conhecer alguns pontos turísticos de nosso interesse. Nossa primeira parada foi logo em frente ao Museo del Oro onde há um complexo de igrejas (na verdade são 3). A primeira é o Templo de San Francisco, uma igreja de 400 anos com o interior todo em ouro. Sem dúvida, a  mais bonita de toda a cidade! A segunda é a Iglesia de La Veracruz,  fundada em 1546 e mais humilde;  já a terceira é a Iglesia de la Ordem Tercera Franciscana, uma igreja com lindos detalhes em madeira. Para quem gosta de arquitetura ou de obras sacras, é um prato cheio! De lá, tomamos um táxi e fomos ao bairro Centro Internacional conhecer o Museo Nacional.

Instituído em 1823, dizem que o museu é o mais antigo do continente. Seu acervo conta muito da história colombiana, dando ênfase às suas lutas e aos seus heróis. O edifício é lindo e serviu durante muito tempo como penitenciária. Também é outro lugar que tem entrada gratuita. Finalizando a visita ao museu, andamos duas quadras a pé até chegar a Plaza de Toros Santamaría, um prédio em estilo mourisco construído em 1931 que serve de palco para as tradicionais touradas que acontecem no mês de janeiro no país. Terminamos nosso tour do dia parados no trânsito de Bogotá. O tráfego da cidade é tão ruim ou pior que o de São Paulo. Demoramos cerca de 1h30 para chegar ao hotel. Nesse momento, já estávamos mortos de cansaço! Deixa eu dar a última dica do dia. Os táxis na Colômbia são ridiculamente baratos, então recomendo usar táxis para se locomover pelas cidades.

3º Dia

Hoje não acordamos tão cedo, pois não tínhamos nenhum compromisso importante pela manhã. Fomos conhecer a Hacienda Santa Bárbara, uma antiga fazenda transformada em centro comercial.  Eu esperava muito mais do local! Almocei no Mc Donald´s, como faço em todos os países que visito e à tarde fomos a  Zipaquirá. A cidade fica a 1 hora de distância de Bogotá e é um importante destino turístico por abrigar a Catedral de Sal, uma igreja esculpida dentro de uma mina de sal, a 180 metros abaixo da terra e considerada a 1ª maravilha da Colômbia. A cidade conta com 100 mil habitantes, possui ruas estreitas, “muy sencilla”, mas parece muito simpática.

Sua Plaza Mayor lembra um pouco a de Machu Picchu (com as devidas proporções, claro!). Lá comi um doce muito típico chamado “Obleas”.  É como um sanduíche feito de casquinha bijú onde você pode colocar os mais variados recheios: arquipe (é o doce de leite colombiano. Que me perdoe os argentinos, mas a Colômbia tem sem sombra de dúvidas o melhor doce de leite do mundo), creme de leite, doce de amora, amendoim, coco ou queijo (dizem que é sem sal, mas não tive coragem de experimentar). AMEI O DOCE! FIQUEI VICIADA! A Catedral de Sal foi aberta ao público em 1992 e está localizada em um parque com boa estrutura turística. A catedral em si é meio desapontadora, mas como todos os turistas presentes na mina estavam tão maravilhados com o local, talvez essa impressão seja só minha. Olha eu entrando nas minas de sal.

Voltamos a Bogotá no final da tarde e nossa guia nos deixou em uma região chamada Zona Rosa. É uma área muito exclusiva da cidade, onde se encontra as melhores lojas, centros comerciais e os melhores estabelecimentos gastronômicos. Eu havia lido que o local lembra muito os Jardins em São Paulo e é verdade. Me senti em casa! Em alguns momentos lembra um pouco a região de Capivari em Campos do Jordão, mas é um local descolado, cheio de gente bonita e restaurantes da moda. Passeamos pelo Centro Adino, um dos mais exclusivos shoppings da metrópole, pelo El Retiro que tem uma praça de alimentação chamada “Plaza de Andrés”, um local bem humorado, super descolado e que serve de tudo – um a ótima pedida! E terminamos a noite no Atlantis Plaza onde está localizado o Hard Rock Café.

 4º Dia

Acordamos cedo e fomos novamente para o bairro de “La Candelaria”, pois havia alguns lugares que ainda tínhamos interesse em conhecer. Nossa primeira para foi ao Museo Botero.

O prédio do museu está situado em um complexo pertencente à antiga casa da moeda e possui peças de Fernando Botero, um pintor e escultor colombiano famoso por suas formas arrendondadas. O local também apresenta peças de outros pintores renomados como Picasso, Matisse and Gustav Klimt (que eu adoro!) e todas elas faziam parte da coleção particular do artista. O museu também é gratuito e para quem gosta de arte, é uma ótima pedida! De lá fomos à Casa de la Moneda. Instalado em um lindo edifício em estilo colonial do séc. XVIII, o museu mostra a história da Colômbia por meio de suas moedas. Desde os primórdios do país como Nueva Granada, uma das muitas colônias espanholas na América até a atualidade. O museu é um pouco cansativo, mas muito interessante! Foi possível descobrir que o Panamá fez parte da Colômbia até 1903, e só houve essa separação com a ajuda dos Estados Unidos que estavam interessados em explorar o lucrativo Canal do Panamá. Também foi possível perceber que a industrialização do país foi muito tardia, o que trouxe uma dependência muito grande de outros países. Outro museu com entrada gratuita. Almoçamos em um restaurante chamado La Sociedad, localizado em uma casa histórica quase ao lado da Plaza Bolívar. Esse foi um restaurante recomendado por nossa guia e ele realmente é muito bom. Vale a pena conhecer, pois além de oferecer cozinha internacional, eles têm um espaço especial para as comidas típicas colombianas. Fomos ainda ao Museo Iglesia Santa Clara, uma antiga igreja de 1647 que foi restaurada e aberta ao público como um museu em 1983. Este monumento fez parte do antigo convento de clausura das Irmãs Clarisas e possui  uma coleção com pinturas e esculturas. Aproveitando minha viagem de lazer para trabalhar um pouco, fiz um site pelo hotel Charlestone Casa Medina, um dos mais exclusivos meios de hospedagem da capital. Ele faz parte da cadeia colombiana Charlestone, que possui hotéis em Bogotá e Cartagena. O empreendimento está localizado na Carrera 7 com a Calle 69, em um edifício histórico, construído em 1946. O mais interessante na construção do local é que ela foi feita com peças  de dois conventos coloniais demolidos. O hotel é uma graça, super aconchegante, mas oferecem poucos diferenciais (serviços) para a tarifa  que cobram (COP $ 762.000,00 – R$ 693,00 em UH standard). Deem uma olhada na fachada do empreendimento.

Aproveitei para andar um pouco pelo bairro onde o hotel está instalado e tomei um cappuccino no Juan Valdez. Essa é uma cafeteria super famosa, descolada, nos moldes da Starbucks. É possível encontrar filiais em todas as partes; é meio que uma febre nacional. Terminamos o dia fazendo compras no shopping Unicentro. A Colômbia não é conhecida pelo seu vestuário e nem deveria ser. As roupas e calçados colombianos são de um mau gosto inacreditável, mas em compensação o país possui lojas de todas as famosas grifes mundiais como Diesel, Lacoste, Zara, Mango, Espirit entre tantas outras. Eles também possuem grandes lojas de departamento como a chilena Falabella. O bom das compras na Colômbia é que os impostos de produtos importados são menores que no Brasil, portanto os preços são mais interessantes.

5º Dia

Hoje foi um dia que não fiz nada. Como estava muito cansada, fiquei no quarto até mais tarde. Fizemos o check-out no hotel e às 15h30 nosso receptivo estava nos aguardando, pois nos levariam ao Aeroporto para tomar o avião até Cartagena, voando Avianca. Chegamos à cidade caribenha às 19h35 e nosso receptivo já estava nos aguardando. Fomos ao nosso hotel que ficava no bairro de Bocagrande, uma área comercial onde se localiza grande parte dos empreendimentos hoteleiros da cidade. Minha primeira impressão do local foi a pior possível. Um lugar muito quente (aquele calor úmido) e muito feio. Bocagrande parecia uma “riviera paraguaia”; feio, cheio de lixo, cheio de ambulantes incomodando os turistas e o pior, cheio de turistas assustadores. Eu achei que devia estar em alguma pegadinha. Ficamos em um hotel chamado Capilla del Mar. Um hotel que se diz 5 estrelas, mas algumas delas devem estar perdidas no céu. O empreendimento não era necessariamente ruim, mas estava longe de ser um hotel de luxo. Jantamos nos Jenno´s Pizza e fomos descansar.

6º Dia

Acordamos pela manhã e fomos caminhar por Bocagrande para ver se a má impressão da noite anterior ia embora. Infelizmente não foi! Cartagena de Índias é uma cidade  localizada ao norte da Colômbia, banhada pelo Mar do Caribe. Por essa razão, imaginava que o mar  da cidade seria tão azul como em Cancún ou Aruba, mas como a areia da praia é de origem vulcânica, a água tem um tom acinzentado, como em Balneário Camboriú. A praia não tem uma orla com calçamento como a maioria das praias que estou acostumada; é meio selvagem (na verdade quero dizer precário) e a faixa de areia é muito pequena e se mistura com grandes pedras. Isso sem falar dos ambulantes que tomam conta da praia oferecendo (e insistindo muito!) chapéus, joias em prata e camisetas dessas “Fui para Cartagena e lembrei de você”. Tem alguns que são até mais originais, oferecendo massagens e frutas. Mesmo assim, esta região é cheia de prédios modernos e espelhados. Algumas pessoas me disseram que se eu gostaria de conhecer praias de águas cristalinas, eu teria que tomar um barco pela manhã ao custo de COP $ 50.000 – R$ 45,50 para conhecer as Ilhas do Rosário. Como não sou fã de praia, nem me interessei pelo passeio. Caminhamos pela orla e chegamos ao Hotel Caribe. Esse hotel parecia uma miragem no meio do caos de Bocagrande. Construído em 1941, o hotel é enorme, imponente e possui um estilo arquitetônico eclético, muito característico dos anos de 1940. Não resisti e fui conhecer o empreendimento. Graças a Deus fui super bem atendida pelo mensageiro e tive a oportunidade de conhecer toda a estrutura do local. Fiquei fascinada pela área da piscina. Eles possuem até campo para mini golf e mini zoológico. Muito legal! À tarde tínhamos um city tour pela cidade e foi aí que começamos a ver a Cartagena que eu esperava tanto. A cidade  foi fundada em 1533 (é uma das primeiras da América) e como era um ponto estratégico para a saída de produtos americanos para a Espanha, foi muito visada por outras nações e piratas. Por essa razão, ela foi toda fortificada (a cidade antiga está dentro das muralhas). O local possui também outras construções de caráter militar. Cartagena conta hoje com pouco mais de 1 milhão de habitantes e seu centro histórico, chamado de “ciudad amurallada” foi tombada em 1984 como Patrimônio Mundial pela Unesco. O centro histórico é dividido em 4 bairros: Centro (onde se encontra a maior parte dos turistas e o comércio voltado à esse público), San Diego (a parte mais comercial) e fora das muralhas há o La Matuna e Getsemaní (onde muitos dos moradores da cidade residem). Começamos o passeio passando por Bocagrande e chegamos ao outro lado da península, conhecida como Bocachica (mais ajeitada!). Nossa primeira parada foi ao Convento de la Popa, o local tem esse nome, pois o morro onde ele está localizado lembra a polpa de um navio. Ele foi construído em 1607 para ser o convento dos Agostinos.

O local em si não tem muito que ver, mas é possível ter a melhor vista de toda a cidade.
De lá, fomos aos Castillo San Felipe de Barajas, um forte que começou sua construção no século XVI e dizem ser a maior obra de engenharia militar da época. Deem uma olhada!

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Fomos ainda para a ciudad amurallada onde foi possível ver os lindos casarões coloniais, todos muito coloridos e cheio de flores e terminamos nosso tour no Museu da Esmeralda. O pessoal aqui é doidinho para te vender uma esmeralda. Fiquei até com vontade de comprar, pois algumas peças eram lindíssimas, mas elas eram muito caras, não sei se realmente valiam a pena. Chegamos ao hotel, nos arrumamos e tomamos um táxi para jantar na ciudad amurallada. Os táxis em Cartagena também são baratos. De Bocagrande a Ciudad Amurallada custa COP $5.000 – R$ 4,55. À noite, essa parte da cidade se torna mágica. As luzes nos casarões coloridos e as carroças por todas as ruas dão um charme muito especial ao local. Fiquei encantada!!!! A única crítica que posso fazer é que por haver tantas carroças no centro, em alguns lugares a cidade fede a cocô de cavalo. Eca!!! Jantamos no Hotel Spa Casa Pestagua (outro recomendado pelo guia) e foi MUITO BOM! Para fechar a noite, fui a Mila Vargas, uma pâtisserie super charmosa na Calle Mantilla. Pedi um Browne de Chocolate com Arequipe (MUITO BOM!). Essa é a última dica do dia e posso dizer que é imperdível.

7º Dia

Hoje é Domingo e aproveitamos o tempo livre para explorar a ciudad amurallada. Caminhamos por todas as ruas do centro histórico passando pela Plaza de la Aduana, Plaza Bolívar, Plaza Santo Domingo, Teatro Heredia e Cuartel de las Bóvedas (um antigo armazém de munição que funciona hoje um centro de artesanato). Segue algumas fotos do centro histórico para vocês verem.


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Passei pelo Sofitel Santa Clara (um dos mais exclusivos hotéis da cidade, instalado em um antigo mosteiro de 1621) e tentei fazer um site, mas o povo do hotel não me deu muita moral. Na verdade, eles não deixaram nem eu tirar foto do interior do empreendimento. Magoei! Segue abaixo a fachada do empreendimento.

Comemos um docinho na Mila Vargas e para finalizar meu roteiro pelo centro histórico, fui conhecer o Hotel Charleston Santa Teresa. Este meio de hospedagem faz parte da mesma cadeia colombiana daquele que eu visitei em Bogotá. O hotel está em um antigo convento do séc. XVII e o lugar é simplesmente indescritível. Fui acompanhada pelo mensageiro do empreendimento que muito gentilmente mostrou toda a estrutura do hotel (áreas sociais, salas de eventos, piscina com vista para a cidade – a mais bonita que já vi em toda a minha vida, Spa e UH´s). Com diárias a partir de COP $ 762.000,00 – R$ 693,00, saí do hotel completamente apaixonada pelo lugar. Vocês vão facilmente entender o porquê.

No final da tarde voltamos a Bocagrande e jantamos em um restaurante árabe.

 8º Dia

Acordamos cedo e fomos caminhar por Bocachica, o bairro que fica do outro lado da península. O lugar é mais ajeitado que Bocagrande; os prédios são mais imponentes e mais novos, mas a faixa de areia da praia é ainda menor (quase inexistente) e é possível ver a falta de estrutura nas vias. De lá tomamos um táxi e fomos ao Caribe Plaza (o maior shopping da cidade – mas meio furreca para os padrões brasileiros). No fim da tarde voltamos ao centro histórico, pois queria andar um pouco por Getsemaní e visitar o Palácio da La Inquisición na ciudad amurallada. O edifício hoje congrega o museu da cidade e conta um pouco da história de Cartagena, além de exibir as ferramentas de tortura utilizadas no período da Inquisição.  O espaço é lindo, mas o acervo é muito fraco. Aprendi bastante sobre Cartagena, mas pelo preço não sei se vale visitar o local (COP $13.000 – R$ 11,82).

Terminamos nosso dia andando por toda a muralha da cidade. É uma ótima pedida para se fazer no final da tarde, com o sol se pondo!

9º Dia

Hoje seria nosso retorno à Bogotá, mas chegando ao aeroporto nosso receptivo nos avisou que a operadora havia feito a reserva do aéreo para o dia posterior. No começo achamos aquilo muito estranho, pois nosso voucher alertava para o dia 18, dia corrente. Passamos a manhã no aeroporto tentando resolver a situação e no fim não deu em nada. Ficamos meio de cara com a operadora pelo erro, e principalmente pelo descaso conosco. Tivemos que ficar mais um dia em Cartagena, sem hotel reservado e sem passeio para fazer. Voltamos ao nosso hotel e tentamos barganhar algum desconto, mas mesmo com o desconto dado pelo empreendimento, o preçinho ficou bem salgado. Passamos quase o dia todo no hotel e no final da tarde voltamos ao centro histórico para passar o tempo. Terminamos nossa noite jantando novamente no Jenno´s Pizza.

10º Dia

Como nosso transfer ao aeroporto não havia sido autorizado, tomamos um táxi até o local. Nossa sorte é que os táxis por aqui são uma miséria. Voamos para Bogotá no horário do almoço e chegando ao aeroporto, mudamos de terminal para fazer o check-in na TAM. Como o guichê da TAM ainda estava fechado, deixamos nossas malas no guarda-volume e fomos aproveitar nossas últimas horas no país passeando por Bogotá. Almoçamos novamente no restaurante La Sociedad, comi uma Oblea de sobremesa, passeamos novamente pela Zona Rosa e no começo da noite voltamos ao Aeroporto. Em nossa volta, pegamos um táxi tão caindo aos pedaços que achei que não chegaria salva. Tomamos o voo para São Paulo às 23h. Antes de embarcar compramos algumas bugigangas básicas no Duty Free (canecas, camisetas, café e balas para presentear amigos e parentes), que é muito bom por sinal e tomamos o rumo de casa. Chegamos em São Paulo pela manhã e na hora do almoço já estávamos em Curitiba. Acabados, como sempre!

A Colômbia não é um destino tradicional para os brasileiros, mas tem despontado nos últimos anos como um atrativo diferente para aqueles que querem conhecer um pouco mais do continente. Ao contrário do que muita gente pensa, o país é muito seguro para os turistas. Em qualquer lugar do centro histórico (em todas as cidades que visitamos) era possível ver policiais com grandes escopetas (aquele que não está acostumado pode se assustar com a cena, mas como estou sempre no Paraguai, não vi nenhuma novidade); todo e qualquer empreendimento possui segurança privada e para entrar nos Shoppings Centers é preciso mostrar o conteúdo de sua bolsa para estes profissionais. Mas o que me deixou mais incomodada é que na entrada e saída dos hóspedes do hotel, tem sempre um cachorro farejando sua mala. O povo colombiano não é tão hospitaleiro como o brasileiro, mas está longe de ser frio como o europeu. Encontramos muita gente com má vontade, mas também conhecemos pessoas prestativas e atenciosas, principalmente nos hotéis. Todos têm um conhecido brasileiro ou morando no Brasil, é inacreditável. A comida colombiana é bem saborosa e tive a oportunidade de experimentar muitos pratos típicos como o Ajiaco (é mais ou menos), Arepa (também não é aquelas coisas), Arequipe (MARAVILHOSO!), Colombiana (é bem gostosinho, com gosto de infância) e outros pratos mais elaborados como a Bandeja Paisa (apetitoso). As pessoas em Bogotá são o que eu esperava ver na Colômbia, uma mistura de raças, portanto havia pessoas muito bonitas e outras menos favorecidas de beleza. Já em Cartagena o negócio era mais feio. Mesmo que o padrão do colombiano não seja de pessoa muito magra, não vi obesos em nenhum lugar do país. Independente de tudo que eu vivenciei, acho que viajar é sempre bom. É uma oportunidade de conhecermos pessoas novas, de vivenciarmos culturas e histórias diferentes e de valorizarmos o lugar no qual vivemos. Hasta pronto!

 

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