Hoje começo a postar um jornal sobre as viagens que farei no período de um ano. Se preparem, pois vou escrever muita coisa neste tempo! Para aqueles que ainda não sabem, sou estudante do 3o. ano de um Doutorado em Administração em Curitiba, Paraná, e esse ano fui agraciada pela CAPES, coordenação ligada ao Ministério da Educação que gere a pós-graduação no Brasil, com uma bolsa de estudos de 1 ano na International University of Applied Sciences Bad Honnef-Bonn (IUBH), uma instituição privada alemã de abrangência internacional destinada à cursos voltados ao setor turístico como gestão de turismo, eventos, hotelaria, gastronomia e aviação. Neste período, pretendo me dedicar à minha tese de Doutorado e a outros projetos voltados à minha área de estudo. Já nos finais de semana, como ninguém é de ferro, minha dedicação será às viagens pela Europa. Minha jornada europeia se iniciou em Bad Honnef, pequena cidade às margens do Rio Reno (Rein) na qual irei permanecer durante este período. O trajeto até lá começou em Curitiba onde peguei um avião a São Paulo. Após uma espera de quase 7 horas, tomei outro voo para a Europa pela KLM. Chegando à Amsterdã, enfrentei mais uma coneccão longa de 5 horas até Colônia (Köln/Bonn Airport). Ainda não tive a oportunidade de conhecer Amsterdã, possivelmente será um dos meus primeiros destinos desta viagem, mas o que eu fiquei mais impressionada nesta conecção específica foi que andando pelo aeroporto, a primeira música que eu escuto em toda a viagem foi “Gustavo Lima e você, tchê, tchererê, tchê, tchê…”. Não estava preparada psicologicamente para isso, então, sem querer, cai na gargalhada no meio do Free Shop. Depois de 25 horas de viagem, finalmente cheguei ao Aeroporto de Colônia. Lá, os professores Philip Sloan e William Legrand, meus anfitriões na Universidade, já estavam me aguardando. Jantei com os professores em Bonn, cidade próxima à Bad Honnef que comentarei em breve, e passei a noite arrumando meu novo quarto nos apartamentos da IUBH. Eu optei pelo aluguel de um apartamento dentro da própria Universidade, pois achei que simplificaria minha vida por estar próximo de tudo. É um apartamento simples, com dois quartos que divido com uma simpática estudante da Ucrânia. O meu edifício situa-se ao lado da Biblioteca, mas minha sacada (É… Eu tenho uma sacada!) está de frente a uma das cafeterias da Universidade. Deem uma olhada no meu edifício na foto abaixo. Eu moro no segundo andar. Meu quarto é o da última sacada.
O único problema é que minha cortina (cortesia da IUBH) é muito fina e a janela é gigantesca. Estou me sentindo meio que em um Big Brother e não tenho dúvidas que, qualquer dia, por algum descuido, vou oferecer sem querer um show de striptease para os pobres estudantes.
Meu segundo dia em Bad Honnef foi tranquilo. Hoje é 03 de outubro, Dia da Unificação da Alemanha, quer dizer, feriado nacional. Acordei no meio da manhã, me arrumei e fui explorar a cidade. Andei por todo o centro (que não é tão grande assim), pela Estação Ferroviária (Um Horror! Fiquei bem assustada com o lugar!) e até pelo Rio Reno, o principal atrativo da região. A cidade estava cheia de turistas. Alguns deles eram peregrinos, deviam estar explorando as localidades no entorno do Rio, outros estavam andando pelas ruas com seus carros conversíveis (em um frio desgraçado) como se estivessem na Riviera Francesa em pleno verão europeu. Bad Honnef tem apenas 25 mil habitantes e é conhecida por suas águas minerais. Tem carinha de cidade do interior! É extremamente bem cuidada e charmosa, ainda mais agora com as folhas caídas no chão, paisagem típica do outono no hemisfério norte. É cheia de casas em enxaimel, construídas ainda nos séculos XVI e XVII e incrivelmente conservadas. Deem uma olhada na foto abaixo tirada do centro da cidade.
Também possui lindos casarões das décadas de 20 e 30 do século passado (foto abaixo), localizadas em sua maioria próximas à Hauptstraße.
Tem poucos atrativos turísticos, mas é calma, relaxante e possui uma grande diversidade de cafés, sorveterias, casas de presentes e lojas de antiguidade. É diferente do que eu esperava, mas um destino que vale a pena conhecer, principalmente para alguém que procura um lugar bucólico para relaxar! Ahhh! Já levei uma cantada de um alemão no meio da rua. Ele me deu até os contatos dele. Sou rápida, não?! Quem me dera! Por enquanto, o único aspecto negativo da cidade foi verificar que, mesmo possuindo uma universidade internacional e sendo um destino turístico, poucas pessoas no comércio falam inglês. Além disso, os moradores locais têm receio de falar contigo em outra língua. Estou vendo que a bonitona aqui terá que prender Deutsch rapidinho.
Vanessa,
Será muito divertido acompanhar as suas aventuras.
Eu achei que você embarcaria dia 08/10, e nem te dei um abraço de boa viagem.
Fico feliz que tenha chegado bem e que se familiarize logo com o local.
Aguardo ansiosa por suas novidades,
Um grande beijo e sucesso!
Stefania
Oi Stefânia! Não tem problema…Meus últimos dias no Brasil foram uma correria e acabei não me despedindo de todos. Ainda estou me acostumando. Hoje fui no mercado pela primeira vez e minha vontade era de chorar. Não encontrei quase nada do que eu estava procurando…Eu não sei diferenciar um amaciante de roupa de um sabão líquido. Não achava nada…Mas enfim, segunda-feira começo minhas aulas de alemão. Obrigada pela mensagem. Bjs,