Um passeio pela linda Budapeste

Szia! O post de hoje é sobre uma cidade que eu planejava conhecer a muito tempo, Budapeste. Na verdade, minha intenção era conhecer Budapeste na minha lua de mel, mas quando vi a oportunidade de de conhecê-la neste momento, percebi que não poderia perder essa chance. Fui ao destino participar de mais uma edição da EuroCHRIE, uma das mais importantes conferência da minha área profissional. Durante o evento, também apresentei um artigo científico sobre o perfil dos spas de destino no sul do Brasil, nada mais apropriado, pois Budapeste é reconhecida, entre outros segmentos, como um destino de bem-estar e turismo médico. No entanto, aproveitei minha estadia na cidade para conhecer os atrativos locais e conto aqui mais sobre esta aventura. Vou especificar alguns dos atrativos que visitei e outros programas que realizei durante meu período por lá.

Para aqueles que não sabem, Budapeste é a capital da Hungria. A metrópole tem pouco mais de 3 milhões de habitantes e foi formada pela junção de três cidades: Buda, Peste e Ôbuda. O país tem uma história interessantíssima na qual sofreu dominação romana, otomana, austríaca (fez parte do império Austro-húngaro), nazista, soviética, mas desde a década de 1990 tenta resgatar suas origens e criar sua própria história. Ahhh! Devo alertá-los que a Hungria faz parte da Comunidade Europeia, mas não adota o euro como moeda nacional. A moeda do país é o Florint e a cotação (outubro de 2016) é de  ‎€ 1 ≅ 290 HUF (cada casa de câmbio cobra uma cotação e comissão diferenciada pela troca, pesquisar qual o melhor valor).

Para esta viagem escolhi um hotel que fosse descolado, mas, ao mesmo tempo, que tivesse uma boa tarifa. O Rum Budapeste é um hotel boutique localizado em um edifício histórico, mas com um aspecto vintage/moderno a poucas quadras da Váci Utca (uma das principais ruas comerciais da cidade) e próximo de vários restaurantes estilosos. O hotel é um charme; meu quarto parecia um loft nova-iorquino e tinha até espelho no teto (por favor, sem segundas intenções). Adorei demais o empreendimento e o recomendo muito. Meu apego pelo hotel foi tanto que nos últimos dias já estava tristinha de saber que teria que deixá-lo. Abaixo, deem uma olhada na fachada do empreendimento, no corredor de entrada super glamouroso e no meu apartamento.

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De qualquer forma, devo alertá-los que Budapeste tem ótimas opções de hospedagem e se pesquisarem com tempo é possível encontrar diárias bem atrativas.

Diferente da maioria dos posts que eu escrevo, eu não vou contar minha jornada pelos dias, pois passei muito tempo nas atividades técnicas e sociais relacionadas ao evento, mas pelos atrativos que eu visitei. Então vamos lá….

Free Walking Tour – Sou fã dos free walking tours, pois é uma maneira interessante de conhecer a cidade. O conceito é muito simples; o guia oferece o melhor tour que ele pode e vocês decidem quanto vale o passeio. Durante o tour, geralmente guiado por pessoas da própria cidade, eles contam as histórias e curiosidades do destino, fazendo com que o turista entenda um pouco da realidade local. Mesmo não havendo a necessidade de reserva prévia, a empresa e o passeio em si me pareceram bem organizados. Nossa guia, Catalina, foi muito boa ao explicar, mesmo que brevemente, a história da Hungria e nos dar dicas sobre o dificílimo idioma húngaro, a culinária e os atrativos locais. Durante o passeio visitamos os seguintes atrativos: passamos por parte do Rio Danúbio (a cidade é cortada pelo Rio), a Brasília de St. Stephen (ou Szent István-bazilika em húngaro), bairro judeu, a Ponte das Correntes (Széchenyi Lánchíd), a região do Castelo de Buda, Mathias Church (Mátyás-templom) e terminamos no Fisherman Bastion. Adorei o passeio e recomendo. Só não o recomendo para pessoas que não estão acostumadas a andar ou que estejam com crianças muito pequenas, pois a caminhada é puxadinha, principalmente quando temos que subir o íngreme morro do Castelo de Buda. Deem uma olhada em algumas fotos do tour, logo abaixo. A primeira foi tirada em uma das margens do Rio Danúbio; a próxima é da imponente Basílica de St. Stephen. Também anexei uma foto da Ponte das Correntes, um dos cartões postais de Budapeste, da linda vista de Peste tirada do Castelo de Buda e de uma das charmosas ruas históricas de Buda.

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No final do passeio conheci o interior da Mathias Church (1500 HUF) e ainda visitei o Museu de História de Budapeste (2000 HUF), localizado no interior do Castelo de Buda. Esse último eu não recomendo. Era para ser um espaço que contaria a história do Castelo, mas virou um museu cheio de coleções desconexas e pouco representativas. A foto abaixo mostra o interior da Mathias Church.

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Museu Nacional Húngaro (Magyar Nemzeti Muzeum) – Esse sim é um museu bacana para quem gosta de história. Ele conta toda a trajetória da Hungria desde os povos primitivos ao final do período soviético. Super recomendado! Caso tenham interesse, o ingresso custa 1600 HUF.

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Parlamento (Orszaghaz) – É sem dúvida o principal atrativo de Budapeste. Construído entre o final do século XIX e começo do século XX em estilo neogótico e decoração eclética, o Parlamento é um dos edifícios mais bonitos da Europa. Ele é tão luxuoso que o valor empregado na edificação poderia ter construído uma cidade para 40 mil habitantes. Hoje, dedicado em grande parte ao turismo, é tão concorrido que fui obrigada a comprar o ingresso da visita pela Internet com dois dias de antecedência. Mesmo com o esforço, valeu muito a pena, pois o lugar é lindo e é uma oportunidade de aprender um pouco mais sobre a realidade e os valores do país. A visita para não europeus (que pena que não levei meus documentos portugueses nesta viagem!) custa 5.200 HUF. Deem uma olhada na magnífica fachada do Parlamento e em algumas das salas do Edifício.

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Ópera de Budapeste (Magyar Állami Operaház) – Foi construída no final do século XIX no estilo neorenascentista. É uma ópera relativamente pequena se comparada à outras casas europeias, mas é maravilhosa. Para ser sincera, o mais legal de toda a visita foi o mini concerto que os integrantes de companhia ofereceram aos turistas. Lindo demais, fiquei até emocionada! Recomendo a visita para quem gosta desse tipo de lugar. As visitas acontecem todos os dias às 15h e 16h em seis diferentes idiomas e custa 2990 HUF.

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Gellért Spa Bath – Budapeste é conhecida por suas águas termais. Os spas mais hypados da cidade são o Gellért Spa Bath e o Széchenyi Thermal Bath. O Gellért Spa Bath é um espaço construído no começo do século XX em frente ao Rio Danúbio que oferece piscinas termais com diferentes temperaturas, saunas e um rol de tratamentos. O lugar é lindo e as piscinas são mara. Eu estava lá aproveitando a tarde e só pensando porque nunca vou para nenhum Spa termal (tirando o fato de que custam dinheiro!). Acho que devo incluir mais spas como esse nas minhas andanças. Comprei um pacote com direito ao uso de todas as piscinas por um dia e uma massagem (9500 HUF). Muito bom e em minha opinião, visita obrigatória para quem estiver em Budapeste.

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Palácio Real de Gödöllő – Localizado na cidade de Gödöllő, a 30 quilômetros de Budapeste, este palácio barroco foi uma das muitas residências da família real austríaca nos séculos XVIII e XIX. Era a residência de verão da imperatriz Sissi, e de acordo com alguns relatos, era seu palácio favorito. Para essa viagem eu comprei um tour de meio período e paguei 10.500 HUF. Várias empresas de receptivo de Budapeste oferecem esse tour, mas também é possível fazer a visita por conta própria. É um lugar pequeno, mas muito bem cuidado. É um atrativo interessante, mas não é fenomenal. Segue abaixo fotos da fachada do Palácio.

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Gastronomia – A cidade oferece tantos empreendimentos históricos e super tradicionais como estabelecimentos pequenos e descolados, portanto é muito difícil recomendar um único lugar. Se puder sugerir alguma coisa, seria: – Experimentem os sabores locais! Sopa Goulash e Frango com páprica são os pratos mais típicos do país e é possível encontrá-los em qualquer restaurante húngaro. Depois da culinária húngara, que na minha opinião é muito boa, os restaurantes italianos são os mais populares na cidade e é possível achar boas opções por todas as regiões de Budapeste. Para quem é fã de doces, há vários cafés com sobremesas de deixar as “lombrigas ouriçadas”. No entanto, quem estiver procurando uma sobremesa bem típica, eu recomendo comprar um Kürtős Kalács, uma massinha cozida na brasa que pode ser envolta com canela, caramelo, chocolate, etc. Delícia! Deem uma olhada!

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Agora para quem está procurando lugares de babar com uma pegada histórica, eu recomendo uma visita ao New York Café e ao Book Café. O primeiro está localizado no Hotel Boscolo, um dos mais exclusivos da cidade, e é considerado “O Café Mais Bonito Do Mundo”. O lugar é realmente um espetáculo, mas bem carinho. Preparem o coração… E o bolso! Deem uma olhada no interior do Café.

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O segundo está localizado no interior da Livraria Alexandra (Alexandra Könyváruház), na exclusivíssima Andrássy Út. O charmoso ambiente lembra muito o restaurante Le Train Bleu em Paris. Deem uma olhada na lindeza.

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E assim terminou mais uma viagem maravilhosa.

Minhas expectativas sobre Budapeste eram tão altas que muitas vezes durante o planejamento da viagem fiquei com medo de me decepcionar. No entanto, a cidade é realmente uma pérola. Voltei completamente apaixonada! Ela parece uma mescla entre Viena (sua arquitetura é predominantemente do período em que o território fez parte do império austro-húngaro), Zurique (neste caso, ela é cortada pelo Rio Danúbio e não pelo Rio Limmat) e tem um quê decadente que lembra Zagreb, capital da Croácia. Talvez decadente não seja a melhor palavra para descrevê-la, pois ela é viva e pulsante. Vintage e nostálgica seriam os termos mais apropriados para o destino.

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É uma cidade para se apaixonar, então a recomendo para uma viagem romântica. Além do ar encantado, imponente e romântico, o que eu mais gostei em Budapeste é a sensação de segurança. É possível andar a qualquer hora do dia por suas ruas sem se sentir ameaçado.  Por isso e por tantos outros motivos, digo que: – Budapeste, te vejo em breve!

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