Manaus aqui estou eu!!!!

Eu sempre uso meu blog para falar um pouco sobre as minhas viagens e como não podia deixar de ser, estarei tentando postar em tempo real as impressões que tive de Manaus-AM.

Natureza, vida selvagem e comunidades indígenas não são os tópicos que eu mais gosto, mas decidi conhecer um lugar diferente nestas férias e achei que Manaus seria uma ótima opção. Quando escolhi a cidade, pensei basicamente na riqueza local, principalmente relacionada ao final do século XIX e começo do século XX quando houve o auge da exploração da borracha. Deste período, é possível ver a riqueza da sociedade estampada nos lindos casarões de época. A zona franca foi outro ponto economicamente importante para o desenvolvimento local, mas, segundo meu guia, perdeu toda a força na década de 1990 e foi substituído pelo pólo industrial. Outro ponto que me interessava era entender a influência dos rios na vida das pessoas, fato que pude comprovar durante minha estadia no destino. Portanto, vou contar aos pouquinhos os locais que conheci durante a viagem e escrever o que eu acho vale ou não a pena conhecer. 

 

1º Dia 

 

Saímos de Curitiba às 09h da manhã. Meu voo já foi um capítulo a parte da viagem. O voo tinha 3 escalas (quer dizer, o avião parava, mas não podíamos sair de lá) e durou 07h10. Imagine ficar em um avião, com as poltronas pequenas e desconfortáveis dos voos domésticos por tanto tempo sem ter nenhuma musiquinha, filminho ou qualquer coisa assim para se distrair! Fiquei tanto tempo que eu poderia ter feito São Paulo – Lisboa. Chegando ao Aeroporto, que é bastante precário e antiquado, nosso receptivo já estava nos aguardando. O caminho do aeroporto até o Hotel Tropical Manaus não podia ser melhor. A estrada (conhecida como Avenida do Turismo) é bem asfaltada, com canteiros super cuidados, cheio de condomínios de luxo.

O Hotel Tropical Manaus tem pouco mais de 550 UH´s (400 colaboradores), foi inaugurado em 1976  e é administrado pela companhia Varig através de uma fundação. Ele fica situado no final da praia de Ponta Negra, uma praia fluvial bastante conhecida e distante do centro da cidade. Passar pela Ponta Negra foi um prazer, porque seus prédios lembram a Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. O hotel é muito melhor do que eu esperava!!! O local é um complexo com dois hotéis (Tropical Manaus e Tropical Business), tem toda a infraestrutura de um resort e ainda conta com mini-zoológico, pier para os passeios no rio e até um centro de convenções. Aproveitamos à tarde para conhecer a estrutura do hotel e jantamos em um restaurante na Ponta Negra. Deem uma olhada na entrada e na infraestrutura do empreendimento.

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2º Dia 

Acordamos cedo e fizemos um city tour pela cidade. Foi aí que começou minha desilução! A centro de Manaus não é tão bonito quanto eu esperava (e olha que eu não esperava muita coisa), realmente pudemos ver muitos prédios históricos espalhados pela cidade, mas estão, em sua maioria, depredados ou abandonados, olhem que tristeza.

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Fundada em 1669 com o Forte de São José do Rio Negro, foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaus, que significa “mãe dos deuses”, em homenagem à nação indígena dos Manaós. Foi transformada em cidade em 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 1856 voltou a ter seu nome atual. Durante o passeio conhecemos o Porto flutuante (que não era assim grande coisa, mas foi trazido da Inglaterra em pedaços e montado em Manaus), o prédio da Alfândega, a Catedral, o Palácio do Governo, o Museu do Índio (nossa! esse foi muito ruim), o Teatro Amazonas (realmente lindo mas menor do que eu esperava) e o Palácio da Justiça. De lá, ainda andamos pela cidade e passamos pela Biblioteca Estadual (que está em reforma), Zona Franca (que parece o Paraguai) e fomos ao Shopping Amazonas. Jantamos por lá e voltamos de ônibus coletivo para o hotel. Os ônibus coletivos são um capítulo a parte; velhos e com motoristas loucos, foi uma das maiores aventuras de toda a viagem, mas foi uma forma de conhecer melhor a cidade e a comunidade local. Segue abaixo o lindo Teatro Amazonas, a Catedral e o edifício da Alfândega.

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3º Dia 

Acordamos cedo e fomos ao píer do hotel para um passeio de barco conhecido como “Encontro das Águas”. O encontro das águas é quando o Rio Negro e o Rio Solimões se encontram. Os dois rios não se misturam por serem quimicamente diferentes (O Negro tem PH mais ácido e o Solimões é barroso devido aos sedimentos que recolhe durante seu longo trajeto). No passeio passamos por toda a cidade, vimos algumas casas de palafitas, os portos (de passageiros e do pólo industrial) e parte do centro histórico. Uma  das coisas mais interessantes foi ver postos de combustível no meio do rio. Grande parte da população do estado tem acesso a Manaus pelo rio, portanto nada mais natural que ter postos de combustível no rio para estas embarcações. O dia estava muito feio! Choveu bastante pelo percurso. Na verdade, foi o único dia de toda a viagem que choveu para valer; isso porque a meteorologia dizia que todos os dias teria chuva com trovoadas! Chegamos ao encontro das águas e é realmente muito interessante, mas estranho, vejam as fotos!

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De lá, almoçamos em um restaurante flutuante. O lugar era muito aconchegante e até luxuoso se analisarmos onde estávamos e a comida, a melhor que comemos em Manaus. Após o almoço, andamos pela vegetação local, vimos algumas vitórias-régias e jacarés. Pegamos uma canoa e exploramos partes da floresta que hoje é uma área de preservação ambiental. Essa mesma área foi utilizada como uma das locações do filme “Anaconda”, estrelado pela Jennifer Lopez.  Como estávamos em um grupo grande, tomamos 3 canoas e nos divertimos um monte. Dois barcos ficaram presos no rio, alguns turistas tentaram sair do barco para tirar fotos de árvores centenárias e caíram na lama. Conheci três comissários de bordo da Delta muito divertidos! A única coisa que não foi nada divertida foi ser atacada pelos pernilongos amazônicos, que, segundo uma das pessoas do nosso grupo, os bichinhos estavam “nervosos”! Voltamos para o hotel no final da tarde, super cansados!

Abaixo coloquei algumas fotos da aventura.

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4º Dia

 

Esse foi um dia mais relax e pude acordar um pouco mais tarde (9h30). Pegamos um ônibus (circular) e fomos para o centro da cidade. Passamos pela feirinha de artesanato, Mercado Municipal (que está caindo aos pedaços, mas será restaurado em breve, deem uma olhada).

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Almoçamos em um restaurante indicado por alguns moradores locais, mas não era nada bom, nem vou fazer o favor de nominá-lo. Passeamos um pouco mais pelo centro histórico e voltamos ao hotel. À noite fomos a uma festa promovida pela equipe de recreação do Tropical. Tava meio fraquinha, mas valeu!

 

5º Dia

 

Foi sem dúvida o dia mais esperado por mim. Acordei super cedo e já estava no píer às 06h45, pois iria tomar a lancha para uma visita técnica no Hotel Ariaú. Quando cheguei lá, o motorista havia me dito que ela só sairia às 08h. Fiquei com um ódio mortal, pois perdi uma hora do meu precioso sono! Voltei ao meu quarto, esperei dar o horário e fui ao local. Viajamos por 1h30 de barco e chegamos finalmente ao empreendimento. A primeira impressão foi a pior possível! Um lugar meio abandonado, a pintura desbotando e os prédios mal construídos. Vejam com seus próprios olhos…

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Fizemos uma visita técnica com uma guia específica para nosso grupo (não foi de graça, paguei R$ 180,00 pelo passeio com almoço incluído) e foi possível obter informações importantes sobre o local.

O hotel partiu de uma ideia de Jacques Custeau (não sei se é assim que se escreve) em 1982, mas só se concretizou em 1984 quando um advogado de Manaus, Sr. Rita Bernardini começou a obra de um hotel no meu de um igapó, cercado pelos Rios Negro e Ariaú. O empreendimento, que sempre foi voltado ao público estrangeiro, abriu suas portas em 1986. Conta com 80 colaboradores fixos que moram no hotel e trabalham em regime de escalas (12 dias de trabalho/3 dias livres em Manaus). O número de funcionário aumenta na alta temporada que, segundo o guia, é de julho a setembro. Seu principal público sempre foi os americanos, mas com os atentados e a recente recessão no país do Tio Sam, os europeus se tornaram maioria. Aos poucos os brasileiros têm descoberto o local, mas ainda é um empreendimento muito caro para os nossos padrões. Conhecemos vários tipos de apartamento (standard, suíte e bangalôs) e parte da infraestrutura local. Deem uma olhada e façam suas próprias conclusões.

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Após a visita, almoçamos por lá e fiquei surpresa com a variedade de pratos. Pela tarde, eu e uns colegas americanos que conheci durante o passeio alugamos um carrinho de golf elétrico e percorremos todo o local e fomos à capela, a pirâmide de meditação, a cabana da Barbie (tudo rosa, um sarro!) e a praia. Foi nessa hora que comecei a sentir a magia do lugar.

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No meio da tarde, pegamos um barco maior e voltamos a Manaus.

6º Dia

Acordei tarde de novo e aproveitei minha última manhã passeando pelo hotel. Nosso receptivo nos levou ao aeroporto e almoçamos por lá. Pegamos o voo no final da tarde e dessa vez fizemos uma outra rota, então, graças a Deus foi um voo mais rápido (pouco mais de 5 horas). Chegamos de madrugada em Curitiba, em mais um dia frio e chuvoso e assim terminou mais uma aventura. 

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