Cuba (Cubanacán)

Não é difícil perceber neste blog que minha grande paixão é viajar. Por meio das viagens tenho a oportunidade de conhecer novos lugares, novas pessoas e novas culturas. É uma experiência que fica para sempre na minha cabeça, me faz crescer como pessoa e me ensina a entender, valorizar e respeitar o outro. Continuando a saga das viagens, dessa vez a parada foi em Cuba. Esta viagem não foi necessariamente a turismo; fui para La Havana apresentar um trabalho científico em um evento latino americano conhecido como Turiciencia e da FITUR – Feira Internacional de Turismo. Porém, essa foi uma ótima oportunidade de conhecer a terra de Fidel Castro. Uma terra tão distante e tão diferente para os olhos brasileiros!

La Havana é a capital e maior cidade de Cuba com aproximadamente 2,5 milhões de habitantes. Fundada oficialmente em 1519, seu centro histórico contém uma interessante mistura de monumentos barrocos e neoclássicos, bem como um conjunto homogêneo de casas com varandas e grandes pátios. É uma cidade de uma rica tradição histórica e cultural, formada por numerosos bairros entre os quais se destacam Habana Vieja, Centro Habana, El Vedado, Miramar entre outros. Como foi uma cidade muito visada pelos piratas por sua localização privilegiada, La Habana é repleta de fortificações, algumas delas muito bonitas.

A viagem foi o perrengue de sempre! Fui para São Paulo de ônibus e peguei o avião no Aeroporto de Cumbica em Guarulhos. Dessa vez, fomos de Copa Airlines (pela 1ª. vez) e fizemos conexão no Panamá. Depois de muitas e muitas horas entre voos e conexão, chegamos em “La Habana”. Ao chegar ao aeroporto, o receptivo já estava nos aguardando e fomos ao hotel. Neste trajeto, passamos por parte do centro da cidade. Minhas primeiras impressões do país foram: os cubanos são apaixonados por esporte, principalmente por Baseball (cada campinho que encontramos no caminho ao hotel havia muitas pessoas praticando-o); outra coisa que percebi é que os cubanos não são as pessoas mais calorosas do mundo. Na verdade, eles parecerem ser meio frios.

Chegamos exaustos no hotel! Vale ressaltar que nosso resort ficava na Marina Hemingway, há 20 quilômetros do centro da cidade. Tomamos um banho e passamos o restante do dia descansando para os próximos que virão.

2º. Dia

Acordamos cedo e fomos até a Agência de Viagens do hotel para verificar as opções de passeio para outras regiões do país. As meninas acabaram optando por um passeio de dois dias a Cienfuegos, Santa Clara, Trinidad, Sancti Espiritú y Ancón e eu comprei um day use para Varadero. De lá, pegamos um táxi até a “Plaza de la Revolución”. A praça é a maior do mundo em metros quadrados com 72.000 m2. É onde ocorrem muitos dos comícios políticos da capital. No meio da praça tem o Memorial José Martí, com 109 metros de altura. Ao lado encontramos a Biblioteca Nacional e muitos dos ministérios. Em frente ao memorial está o Ministério do Interior com a famosa figura do Che Guevara e o slogan “Hasta la Victoria Siempre”.  Segue abaixo as fotos da Praça.

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De lá fomos de Coco táxi ao Capitólio. Sede do governo de Cuba após a revolução em 1959, atualmente é a sede da Academia Cubana de Ciências. O seu desenho foi inspirado no Capitólio em Washington D.C. Na verdade, os cubanos tem a mania de dizer que o Capitólio deles é três centímetros maior que o prédio americano. Inaugurado em 1929, o local foi o edifício mais alto de Havana na década de 1950 e também a terceira maior casa parlamentar do mundo. Na entrada do Capitólio há uma linda estátua de bronze, banhada em ouro 22 quilates. Em frente a estátua há o ponto zero da cidade, marcado por um diamante de 25 quilates adquirido da coleção de um czar russo. Fizemos uma visita técnica no espaço e realmente valeu a pena!!! O lugar é lindíssimo!!!!

Deem uma olhada no nosso Coco táxi e na fachada do imponente Capitólio…

Foto no Cocotaxi

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Saindo do Capitólio, fomos a uma fábrica de charutos, passamos por uma fábrica de rum na qual experimentamos algumas bebidas. Almoçamos em um paladar (casa de família transformada em restaurante de comida típica) e voltamos ao centro. De lá, tivemos pique para andar por todo o “Paseo del Prado”. Também conhecido por Passeio Martí, foi inicialmente constituído no séc. XVIII, e lembra “La Rambla” de Barcelona. Durante muitos anos, foi um boulevard voltado a aristocracia cubana. Hoje funciona como espaço de convívio. Ainda andamos por parte do Malecón até o Hotel Nacional. O Malecón é um calçadão que se estende por 8 km ao longo da costa.  Sua construção começou em 1901. É um passeio agradável, cheio de pessoas pescando, praticando atividade física, namorando, porém ainda há muitos prédios que estão sendo restaurados. Dizem que tem o melhor por do sol da cidade! Chegando ao Hotel Nacional, fui dar uma espiada neste que é um dos principais marcos de La Havana e que teve em seus dias de glória, ilustres hóspedes como Walt Disney; tomamos outro táxi e voltamos ao hotel.

3º. Dia 

Acordei super, hiper cedo (04h30 da manhã) para ir a Varadero. Varadero é uma península na província de Matanzas, conhecida como a cidade mais turística do país. Fica cerca de 2 horas da capital La Havana; possui mais de 24 quilômetros de praias excelentes e a maior estrutura hoteleira de Cuba com mais de 50 meios de hospedagem entre pousadas e resorts. É sem dúvida a praia mais bonita que tive a oportunidade de conhecer! Parece um cartão postal! A cidade é bem turística; as ruas do centro são cheias de restaurantes, lojas de souvenirs, ferias de artesanias e hotéis.

Nossa excursão foi deixada na Plaza de las Américas (um centro de convenções de frente para o mar que fica entre dois resorts da rede Meliá). Passei o dia passeando pela praia e conhecendo a estrutura dos resorts (um deles tinha até campo de golf) até ser enchotada pelos seguranças do lugar por não ser hóspede. Que vergonha! Também dei uma passada no centro da cidade onde passiei pelo comércio local. Voltamos a La Havana no final da tarde!

Deem uma olhada no passeio do dia e no lindo Mar do Caribe.

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4º. Dia

Hoje foi meu dia cultural! Acordei cedo e saí correndo para pegar o ônibus turístico ao centro da cidade. Ele parte da Marina Hemingway, custa só $ 5 CUC (pesos covertibles) e passa pelos principais atrativos da cidade. Na correria para pegar o ônibus até arrebentou minha sandália. Chegando à Habana Vieja, fui a Plaza de Armas. É um local bastante charmoso, cercado de prédios históricos e restaurantes turísticos. No centro da praça há uma feira de livros usados. Em frente ao local fui conhecer o Palácio de los Capitanes Generales, antiga residência oficial dos governadores (Capitães-Geral) de Havana. Dentro do palácio que hoje foi convertido em um museu, há exposições de arte e artefatos históricos e muitos dos quartos são preservados com a sua decoração original. O edifício originalmente abrigava a residência do governador e uma prisão. O museu é bem legal!!! A visita só não foi mais legal porque levei mais um golpe dos cubanos. Tô até ficando com raiva! De lá, andei por tudo na Habana Vieja e me surpreendeu o cuidado e o charme daquela parte da cidade.

Passei pelo hotel Ambos Mundos onde Ernest Hemingway morava. Na Praça da Catedral, visitei o Museu de Arte Colonial. Antiga casa de Don Luis Chacón, um dos poucos governadores militares de cuba nascidos na ilha, o museu expões objetos de decoração e móveis de grandes mansões coloniais de Havana dos séculos XVII a XIX. Esse foi um museu bem mais ou menos! Não recomendo muito. As funcionárias do museu também queriam aplicar outro golpe em mim, mas dessa vez consegui fugir! Deem uma olhada no hotel Ambos Mundos, na linda Catedral e em um pedacinho da Habana Vieja.

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Passei pela Bodeguita del Medio, um bar bastante tradicional ao lado da catedral. Esse foi um dos lugares que mais me decepcionou porque é um botequinho desses de beira de estrada, deu até medo de entrar, mas estava cheio de turistas.

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Saindo da Habana Vieja, passei pela feirinha pertinho do centro histórico e fui caminhando até o Museo de la Revolución. O museu está alojado no que foi o palácio presidencial de todos os governantes cubanos até o Presidente Batista. Tornou-se o Museu da Revolução durante os anos seguintes à revolução cubana. O antigo palácio foi projetado pelo arquiteto cubano Carlos Maruri e do arquiteto belga Paul Belau (ele projetou muitos edifícios da cidade) e foi inaugurado em 1920 pelo presidente Mario García Menocal. O palácio foi decorado pela Tiffany de Nova York. Hoje o museu conta a história cubana, principalmente o período das guerras revolucionárias dos anos de 1950 e o pós-1959. Atrás do edifício, fica o Granma Memorial, uma grande caixa de vidro, que abriga o Granma, o iate que levou Fidel Castro e seus revolucionários do México para Cuba para a revolução. Na mesma praça tem vários veículos e tanques usados durante as batalhas precedentes a 1959. O acervo do museu é bem antigo, mas a temática é muito interessante! Aprendi muita coisa sobre a história do país. Deem uma olhada no Palácio e nos veículos da Praça.

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De lá, voltei ao hotel.

5 º. Dia 

Hoje começa oficialmente o evento. Acordamos cedo, tomamos nosso café da manhã e fomos à palestra de abertura. De lá, tomamos dois ônibus para fazer uma visita à Habana Vieja. Os participantes foram divididos em dois grupos: aqueles que queriam apenas conhecer os atrativos turísticos do local e os que tinha interesse em uma visita especializada enfocando o patrimônio histórico e cultural do velho centro. Claro que escolhi a segunda opção! Passamos duas horas andando pelas antigas ruas da Habana Vieja e durante o trajeto (que já havia conhecido no dia anterior), aprendi um pouco mais sobre a história cubana e sobre os trabalhos de restauro que têm sido feitos naquela parte da cidade através de um órgão chamado “Oficina do Historiador”. Após a visita almoçamos no restaurante típico “La Mina”. Ao som de música típica cubana, tomamos nossos mojitos e “refrescos de naranja”.

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No período da tarde fomos até do Fuerte de San Carlos de La Cabaña. O local estava sediando a Feira Internacional de Turismo. Construído entre 1763 e 1774 pelo rei Carlos III da Espanha com exorbitantes recursos, o forte apresentava os conceitos mais avançado da engenharia militar do século XVIII. Durante as guerras de independência, o local serviu como uma prisão, seu fosso foi usado como um lugar para fuzilamento. No século XX deixa de ser um espaço defensivo e passa a ter função de armazém, alojamento de tropas e prisão. A restauração do forte foi concluída em 1992 e conta hoje com um Museu de Armas e atividades culturais e recreativas como a tradicional cerimônia do “Cañonazo de las Nueve” no qual disparam tiros de canhão todos os dias pontualmente às 21h. A fortaleza é realmente lindíssima, talvez a mais bonita que eu tenha visto até hoje. A visão que eles têm de Havana é privilegiada, mas não tem uma boa estrutura para receber feiras. De um stand para o outro, tínhamos que andar no sol, que como em todos os dias desta viagem estava pegando pesado. Estava tão quente que não tínhamos nem vontade de andar por lá.

Deem uma olhada na entrada do Forte e na privilegiada vista do atrativo.

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Saindo do Forte, ainda passamos pela Plaza de La Revolución, pois havia muitos participantes do evento que ainda não conheciam o lugar e voltamos ao hotel.

Uma curiosidade sobre Cuba. Em vários locais encontramos cães farejadores. Não entendi bem ao certo o que eles estavam procurando, mas para este tipo de serviço, são usados Cocker Spaniel bem fofinhos! Gordinhos e peludos (imagina como não devem sofrer no calor de Cuba). São bem brincalhões e às vezes até meio preguiçosos. Deu vontade levar todos para casa.

À noite fomos ao Havana Café com todos os participantes do evento. É um Hard Rock Café a la cubana. Como eles não tem guitarras e roupas de roqueiros para expor, eles substituíram por carros, motos e até um avião antigo. Bem legal! Tem algumas bombas de gasolina antigas também e cada mesa tem ao seu dispor uma garrafa do legítimo rum cubano com Coca-Cola. Ehehehehe! Pela primeira vez encontrei Coca em Cuba. Tava tão necessitada que nem quis saber de outra bebida. O Café apresenta shows de variedade e no final ainda pudemos dançar salsa tocada por uma típica banda local.

6º Dia 

Foi um dia bem light. Aconteceram os GT´s (Grupos de Trabalho) e logo no final da manhã apresentei meu trabalho científico: Perfil dos Funcionários das Unidades Interpretativas do Complexo Turístico de Itaipu. Depois do almoço fomos ao centro da cidade comprar algumas lembrancinhas na feira de artesanato.

E assim terminou minha aventura pelas terras do Fidel. Despeço-me com uma foto que é a cara de Cuba. Uma cubana legítima que passa os dias assim, tirando fotos com os turistas (e cobrando por elas…), mas mostrando que a história de Cuba ainda está muito viva pelas ruas da cidade.

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Hasta luego!

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