8º Dia
Acordei super cedo! Me arrumei e fomos até Heuston Station para ir a Galway. A cidade fica na costa ocidental do país, a quase três horas de trem de Dublim, tem aproximadamente 66 mil habitantes e é o quarto maior município da Irlanda. É um local bem pequeno, cheio de ruas medievais e que nos meses de julho a agosto, promove eventos internacionais de arte e festivais de música; mas o principal atrativo são os famosos Cliffs, aquelas lindas encostas de campos verdinhos em frente para o mar que é uma das paisagens mais tradicionais do país. Saímos de Dublim às 09h10 e chegamos a Galway às 11h40. Vale lembrar que paguei 34,50 Euros no meu ticket e tinha validade por um dia. De lá fomos a um posto de informações turísticas verificar se conseguíamos pegar uma excursão aos cliffs, mas descobrimos que eles ficam em uma ilha a 2 horas do centro e que as excursões são de um dia todo. Como teríamos poucas horas na cidade, resolvemos explorá-la ao máximo e esquecer o outro passeio. Andamos pelas principais ruas, passamos por uma feirinha muito tradicional do lado da igreja (igreja é o mais tem nesse lugar), fomos à catedral e a antiga doca onde tem um arco medieval espanhol e aos pouquinhos fomos sentindo o charme desta pequena cidade. Estava ABARROTADO de gente, principalmente pelo festival de verão. Almoçamos em um pub bem tradicional e pedi um strogonoff (o mais sem graça da minha vida), encontramos o Paul (um amigo da internet) e no final da tarde voltamos a Dublim. Nossa volta foi uma viagem a parte. Para resumir, na penúltima parada, fomos obrigados a sair do trem e pegar um ônibus (Só Deus sabe o porquê, pois até hoje não consegui descobrir) e fomos de busão para Dublim. O bom dessa mudança de planos foi que pude conhecer um pouquinho do interior do país. Chegamos em casa às 21h30; jantamos, nos arrumamos e fomos para a night. Tava um frio danado e tive que sair com um casaco de inverno emprestado. O Fernando me levou em um lugar chamado de The Church que é um bar instalado em uma antiga igreja e que possui diferentes ambientes. Esse lugar era MUITO legal! Depois fomos ao Fitzsimmons que é um clube que possui diversos pisos e cada um deles com um estilo diferente. O térreo tinha uma banda de música tocando canções irlandesas, o primeiro piso tinha pista de dança e o segundo era um terraço, um espaço para conversar com fumódromo. As baladas na Irlanda terminam cedo então não dormimos muito tarde!
9º Dia
Hoje tentei dormir até um pouquinho mais tarde e acordei perto do meio dia. Me enrolei para tomar banho, tomar café da manhã e saímos de casa já eram mais de 14h. Queríamos ir a um restaurante indiano, mas como estava fechado, resolvemos ficar em um restaurante italiano. Meus Deus, como estava com saudade de um macarrão a bolognesa! Esse dia estava uma porcaria! Um frio danado (também, a idiota foi andar de vestidinho!), chuva (sabe aquela chuva com vento que te molha de qualquer jeito e bom para quebrar guarda-chuvas?!) e um sol que esporadicamente dava o ar da graça. De lá, fui explorar a cidade sozinha. Dei uma passada nas lojas de departamento do centro (que são meio fraquinhas!), fui caminhando até a Custom House, um edifício neoclássico do século 18 que abriga o Ministério do Ambiente e do Patrimônio e o Governo Local. Andei até as docs e conheci um pedaço da parte moderna da cidade, com pontes de vanguarda e edifícios espelhados. Atravessei o outro lado da cidade, passei ao lado da Pearse Station, Mansion House, Leinster House, St. Stephen’s Green and St. Stephen’s Shopping Center, desci a Grafton Street (a rua mais chique da cidade) até o Centro de Informações instalado na antiga St. Andrews Church. Ainda passei pela Trinity College (fundada em 1592 pela Rainha Isabel I do Reino Unido e é uma das mais prestigiosas instituições educacionais do país) e o Parlamento até chegar ao Rio Liffey. Andei pela margem do rio até o Four Courts (edifício construído entre os anos de 1796 a 1802 pelo mesmo arquiteto que construiu o Custom House que abriga as 4 maiores cortes do país como o Tribunal Superior de Justiça e o Supremo Tribunal), subi a Winetavern Street até a parte medieval da cidade. Passei pela Christ Church Cathedral (uma igreja anglicana com quase 1000 anos de história e que tem em suas ruínas vestígios vikings e anglo-normandos), St. Audeons Church (também medieval, sua torre é do século XII e algumas pessoas acreditam que seja a mais antiga da Irlanda) e no retorno passei pelo City Hall (prefeitura). Jantei no Mc Donald’s que é bem bonito e limpinho como no Brasil mas super caro (um menu de verão custava 7 euros) e cheguei em casa quase 22h, morta de cansaço!!!
Como ando escrevendo muita coisa e eu sei que vocês já estão meio de saco cheio, vou tentar resumir minha saga e contar só as coisas mais importantes da viagem.
10º Dia
Hoje fui visitar alguns dos atrativos de Dublim que ainda não tinha conhecido. A primeira parada foi o Castelo de Dublim que é antiga sede do governo britânico na Irlanda até 1922 e a maior parte do complexo é do séc. XVIII; St. Patrick Cathedral que além de ser a sua maior catedral da cidade, também é a igreja nacional da Irlanda. Construída no local onde St. Patrick batizou os primeiros cristãos conversos, a catedral foi aberta como igreja em 1192. Também fui à Guinness, a tradicional cervejaria irlandesa que desde 1759 prepara uma das bebidas mais tradicionais do país. Parte do complexo de fábricas foi transformado em museu/loja e mesmo eu não me interessando muito pelo tema, é um passeio interessante.
11º Dia
Não fiz nada de bom! À tarde peguei um voo para Paris. Minhas impressões de Dublim foram; é uma cidade bem pequena (se formos pensar que é a capital de um país), muito florida e com um povo festero. Se em Londres há uma infinidade de Cafés, Dublim é a terra dos pubs (um do lado do outro e todos cheios). As pessoas são mais gordinhas (isso porque estou sendo simpática, a mulherada lá é MUITO gorda e barriguda, as únicas magrinhas são as estrangeiras. As irlandesas também tem um gosto duvidoso para a moda; adoram usar roupas esdrúxulas, me sentia em um clipe da MTV nos anos 80), os homens são bem cara de pau, desses que te secam na rua e nem disfarçam, mas aparentemente são bastante simpáticos. O tempo é uma porcaria! Chove muito, venta muito, o sol é muito tímido, mas o bom é que eles têm 19 horas de sol, quer dizer, vc tem a sensação que os dias são suuupper longos. É uma terra com carinha de interior, que tem um charme especial e que vale muito a pena conhecer. Peguei um voo para Paris às 18h30 e cheguei na cidade luz quase 22h . O Laurent já estava me esperando no aeroporto Charles de Gaulle.
12º Dia
Fiz questão do não acordar muito cedo! Fiz meu check-out no hotel e fui passear pela Printemps (outra loja de departamento bastante conhecida na cidade). Também fui ao Musée D’Orsay, museu que reúne um grande número de pinturas e esculturas de artistas famosos como Monet, Degas e Van Gogh. O edifício era originalmente uma estação ferroviária – Gare de Orsay, construída no local onde havia o antigo Palais D’Orsay. Em 1939, deixou de ser o terminal da linha que ligava Paris a Orleans devido ao comprimento reduzido do cais, passando a ser apenas uma estação da rede suburbana e mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial serviu de centro de correios. O local foi desativado na década de 70 e o museu foi inaugurado em 1986. O prédio é muito bonito! O museu em si não me chamou muito a atenção porque não sou tão ligada em esculturas e pinturas mas eles tem uma exposição de móveis art decó e art nouveau francês e belga muito legal! Tem também umas salas neoclássicas com peças decorativas do século XIX que é de babar! No final da tarde, peguei um trem até o Aeroporto Charles de Gaulle e não paguei a passagem; foi sem querer mas fiquei tão nervosa de ser pega que achei que ia infartar. E o pior, precisava da passagem para sair da estação mas nessa hora, pedi ajuda para uma moça que no começo ficou com um certo receio mas acabou me ajudando. Nunca mais apronto uma dessa! Cheguei super bem em São Paulo no outro dia pela manhã. Tive vários problemas com a mala que me fizeram ficar chateada, nervosa e estragou as lindas férias que eu tive mas não vou comentar sobre isso aqui. O importante foi que conheci lugares diferentes e tentei aproveitar cada minutinho que estive lá. Conheci todos os pontos turísticos que tinha interesse e aprendi muito sobre diferentes culturas. Valeu!!!