Aventuras pela Europa – Capítulo 7 – Bruxelas

Depois de tantas conferências, congressos e feiras, acho que chegou a hora de voltar a viajar a lazer, sem compromisso com apresentações, palestras, ou qualquer outra atividade profissional. Minha última viagem foi a Bruxelas. Para quem não sabe, Bruxelas é a capital da Bélgica e possui pouco mais de 1 milhão de habitantes. É uma metrópole cosmopolita, com uma mistura de diferentes nações e culturas e que tem uma posição política importante no cenário mundial, pois é uma das cidades sede da União Europeia, além de também sediar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Quando cheguei à Alemanha, tinha uma lista de destinos que eu gostaria conhecer durante meu doutorado sanduíche, mas Bruxelas definitivamente não estava nos primeiros lugares. Não que eu imaginasse a Bélgica como um lugar desinteressante; pelo contrário, quando eu pensava em Bélgica,  passava pela minha cabeça um destino charmoso e ótimo para se apaixonar. Mas em um primeiro momento Bruxelas simplesmente não estava nos meus planos. Entretanto, aproveitando uma oportunidade que surgiu do nada, achei que eu deveria visitar o destino. Como passei apenas um final de semana por lá, vou contar a viagem no geral, sem detalhar os dias, pois assim o post fica mais dinâmico.

Viajei à Bruxelas de trem. Tomei um trem comum de Bad Honnef à Colônia (Köln), e em Köln peguei um ICE (trem de maior velocidade) direto para Bruxelas. Paguei € 93 pelo trajeto de ida e volta. Após três horas de viagem já estava na capital belga. A cidade é relativamente grande, mas o centro é pequeno, portanto é um lugar fácil de conhecer. O primeiro atrativo que visitei foi a Catedral de Saint-Michel et Gudule, uma igreja gótica construída ainda no século XIII sobre as fundações de uma antiga igreja romana.  Ela situa-se em uma praça moderna, muito próxima à principal área turística da cidade. É uma igreja bonita, com um púlpito muito diferente esculpido em madeira escura. Vale a visita! Logo abaixo eu disponibilizei duas fotos do local; a primeira mostra apenas a fachada da Igreja, já na segunda é possível ver seu interior.

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Acho que deve ser ressaltado aqui que a Bélgica é um país predominantemente católico, portanto é possível encontrar igrejas católicas em todos os cantos. Saindo da lá, andei um pouco pelas ruas do comércio da cidade e cheguei ao principal atrativo de Bruxelas, a Grand-Place. É a praça onde se concentram construções importantes como a Prefeitura e a  antiga Casa do Rei (hoje transformada em Museu). Com edificações que vão do século XIV ao século XVII, a praça é sem dúvida um espetáculo. Eu fiquei fascinada com os entalhes em ouro das construções, com os muitos detalhes dos prédios e como eles foram dispostos de forma tão harmônica. Deem uma olhada…

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É uma praça bem turística, na qual é possível encontrar lojas de souvenirs, cafés, mas também há um comércio muito voltado ao principal produto turístico da Bélgica, o chocolate. Peguei a Rue de l´Etuve e depois de andar por umas três quadras cheguei na figura mais peculiar de Bruxelas, o Manneken Pis. É uma estátua em bronze do século XVII que chama a atenção pela sua ousadia (o menininho está fazendo xixi em uma fonte). O que mais me impressionou na estátua é que ela é realmente pequena, quase imperceptível se não fosse pelo número de turistas à sua volta. De vez em quando, a estátua é fantasiada para celebrar alguma festividade ou datas importantes da Bélgica. Eu vi uma foto do menininho vestido de Elvis e não aguentei, caí na gargalhada! Deem uma olhada nele!

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Ainda me perdi por muitas ruas de Bruxelas, pois sempre acho que é a melhor forma de conhecer a cidade. Às vezes Bruxelas me lembrava Paris, com suas construções neoclássicas e cafés em art decó, mas é visivelmente uma cidade com muitas influências arquitetônicas. Em algumas áreas da cidade, senti-me nos Estados Unidos. Já os parques me lembravam o Canadá, mas em outros momentos, parecia algo diferente de tudo que eu já tinha visto. É possível também ver pela cidade alguns murais interessantes pintados em prédios antigos e estátuas dispostas em locais inusitados. É sem dúvida uma cidade artística! Uma das coisas que eu mais gostei foi ver que Bruxelas oferece um grande número de cafés históricos. No primeiro dia, fui tomar um chocolate quente em um lugar chamado Le Falstaff, um café histórico quase em frente ao antigo prédio da Bolsa de Valores. O atendimento não era lá aquelas coisas, meu chocolate quente chegou à mesa meio frio, mas o lugar é fantástico. Deem uma olhada na foto.

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 Já no último dia comi do waffel (um doce muito, mas muito típico por aqui) em um outro lugar chamado Tavernie Greenwich, perto da Ste-Catherine Place. É um café da década de 1930. Estava bem gostoso! A cidade é cheia de cafés e restaurantes, todos super estilosos.  Acho que é uma das melhores características de Bruxelas. Ainda falando em comida, uma das noites eu jantei no Belga Queen, um restaurante super, mega chique e descolado especializado em frutos do mar. Está situado em um prédio histórico próximo à Rue Neuve (calçadão comercial). Para quebrar o aspecto austero do edifício antigo, foram colocadas algumas esculturas e mobiliário moderno no interior do salão. A combinação não poderia ter ficado melhor! É um lugar caro, não tenho nem coragem de dizer o valor da refeição, mas para quem está procurando um empreendimento fabuloso para um jantar especial e tem o desprendimento de pagar um pouco mais por isso, ele está recomendadíssimo! Logo abaixo eu postei uma foto do interior do restaurante, mas infelizmente a imagem não conseguiu capturar a beleza do lugar.

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Já meio afastado do centro histórico, visitei a Basilique Nationale du Sacré-Coeur. É uma igreja moderna, localizada em uma área mais a oeste da cidade. É imponente e pode ser vista de diferentes bairros de Bruxelas, mas eu particularmente não gostei. Achei-a sem alma, esquisita. Segue abaixo a foto da Basílica.

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Também mais afastado da cidade fui visitar o Atomium. Construído em 1958 para a Expo 58, é uma escultura que representa um cristal elementar do ferro. De longe achei bonitinho, mas não me empolguei muito. Contudo, ao chegar mais próximo e ver como a estrutura é gigantesca, você fica meio impressionado.  Deem uma olhada na foto abaixo.

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Para chegar ao Atomium é necessário pegar o metrô. O metrô em Bruxelas é meio esquisito, como carros muito antigos, estações com um toque artístico e com escritas em holandês, mas é eficiente e cobra um preço justo pela viagem.

E assim terminou mais um passeio. Na verdade, meu passeio terminou dando uma última suspirada na Grand-Place à noite. Ver os prédios históricos iluminados é indescritível! Ahhh! Acho importante mencionar que fiz questão de experimentar o chocolate Godiva, mas a pobretona aqui achou ele mais ou menos, não achei tão incrível como todo mundo diz ser.

Bruxelas é muito diferente do que eu havia imaginado. Ela tem uma forte inspiração francesa, mas também é muito dona de si. É uma cidade com um grande número de estrangeiros (vi muitos muçulmanos e negros pelas ruas), mas é um local que convive muito bem com as diferenças. O país possui três idiomas oficiais (francês, holandês e o alemão) e não sei como, mas eles conseguem se entender bem. Eu fui achando que ia entender tudo como o meu francês de fundo de quintal, mas me perdi demais com o holandês presente por todos os cantos. Infelizmente não me apaixonei pela cidade. Mesmo que eu tenha adorado alguns lugares específicos, no geral, eu achei que Bruxelas não é aquele destino que tira o fôlego dos viajantes, pelo menos não dos viajantes mais experientes. Recomendo a visita, pois acho que é sempre bom conhecer lugares novos, mas acredito que Bruxelas deve ser vista como o destino complementar, não como a motivação principal de uma viagem, pois ela por si só, na minha opinião, não vale a pena.

Até a próxima! 

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