Paris je t´aime

Paris é outro destino que está no meu coração. De origem romana, a cidade seguiu imponente e na vanguarda durante vários períodos históricos. Com isso, toda sua riqueza histórica e cultural a transformaram na cidade turística mais visitada do mundo. É um destino atemporal; o tipo de lugar que nunca sai de moda!

A primeira vez que estive em Paris foi em 1999 quando fiz um intercâmbio de estudos na Espanha. Visitar a capital francesa era um dos meus maiores sonhos, e foi uma emoção sem tamanho ficar de frente à Torre Eiffel pela primeira vez e perceber que finalmente eu havia conseguido realizar esse desejo. Entretanto, tenho que admitir que meu amor por Paris não foi à primeira vista. Talvez minhas expectativas com relação à cidade eram tão grandes (Essas expectativas acabam comigo!), que quando cheguei ao destino, pensei: – É isso?! Mas com o passar dos dias, descobri que o melhor de Paris está nos detalhes intangíveis; está na aura de romance presente em todos os cantos e a sensação de que você está definitivamente no centro do universo. Já estive em Paris várias vezes e nas viagens anteriores visitei os atrativos mais populares da capital francesa: Torre Eiffel, Hôtel des Invalides (Museu Militar), Arco do Triunfo, Champs Elysees, Museu do Louvre, Museu D´Orsay, Igreja de Notre Dame, Igreja de Sacre Coeur, Ópera Garnier, Palácio de Versailles (que não fica bem em Paris, mas nas proximidades), Disney Paris (também localizado na região metropolitana), entre outros. Em minha opinião, todos esses atrativos são super recomendados! Mas nessa minha nova estada na cidade, quis me dedicar aos locais que eu ainda não conhecia, e são esses lugares que eu vou contar aqui no post.

Fui a Paris de trem (estou ficando cliente cativa dos trens europeus), pois achei que fosse a maneira mais prática de chegar ao destino. Peguei o Thalys (trem de alta velocidade – TGV) em Colônia. Após 3 horas e meia de viagem eu já estava na Gare du Nord (Paris). O trem é bem bacana, super estiloso, mas para ser sincera, fiquei um pouco decepcionada com a velocidade. Este TGV não chega nem perto dos 300 quilômetros por hora propagandeados pela empresa. Ahh! Paguei € 210 pela viagem de ida e volta (caro, mas quem manda comprar as passagens em cima da hora?!). Dessa vez, eu não vou falar sobre o hotel que eu escolhi, pois foi uma decepção. A cidade de Paris concentra o maior número de hotéis do mundo. O problema é que as tarifas destes empreendimentos são exorbitantes. Para os turistas com orçamento mais apertado (o meu caso!), a solução é ser esperta. Procurem hotéis de grandes grupos hoteleiros que oferecem bandeiras mais econômicas como a Accor (Ibis, Ibis Styles, Ibis Budget) ou a Choice (Comfort Inn), pois eles apresentam padrões de higiene acima de média, a manutenção e atualização dos equipamentos é maior, e geralmente estão bem localizados. Como queria ficar próxima à Gare du Nord, procurei vários empreendimentos na região. Fiquei empolgada com um hotel pequeno e familiar muito bem avaliado pelos clientes, mas não valeu a pena. Da próxima vez, volto para o bom e velho Ibis.

Durante meus três dias em Paris visitei os seguintes atrativos:

– Le Train Bleu: Este magnífico restaurante inaugurado no início do século XX está localizado na Gare du Lyon. Oferece pratos tipicamente franceses e já foi frequentado por pessoas ilustres como Coco Chanel, Salvador Dalí e Brigitte Bardot. Esse era um restaurante que eu já queria ter visitado há muito tempo. O lugar é absurdamente lindo!!!! Além dos vários detalhes que remontam a Belle Époque, as pinturas espalhadas pelo salão também são deslumbrantes. Lendo as avaliações de outros turistas no TripAdvisor, fiquei com um pé atrás com o local. Havia muitos comentários negativos a respeito do empreendimento. Muitos turistas diziam que a comida e o atendimento eram péssimos, e os preços, exorbitantes. Minha experiência no Le Train Bleu foi ótima! Escolhi um filé de peixe com purê de batata com açafrão que estava divinooo! Também fui muito bem atendida. Entretanto, o preço é realmente elevado. Paguei € 7,50 em uma garrafa de Pepsi Cola (se fosse uma Coca Cola talvez não ficaria tão ultrajada!).  É um lugar para os turistas mais desprendidos de dinheiro e que tenham interesse em tesouros históricos. Mas durante o período do almoço, vi muitos parisienses comendo por lá no que me parecia um encontro de negócios, portanto ainda é um restaurante para todos os tipos de público. Deem uma olhada nas fotos do lindo restaurante. A primeira é da entrada do local com um luminoso de gosto duvidoso. A segunda é do salão principal.

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– Château de Fontainableau – Construído a partir de um castelo do século XII, este palácio foi residência dos soberanos franceses por 8 séculos.  Ele está localizado na pequena e charmosa cidade de Fontainableau, há 40 minutos de trem de Paris. O lugar é absurdamente lindo, bem ao estilo dos mais luxuosos palácios franceses. Não tem como fazer a visita sem ficar boquiaberto com todos os detalhes e suntuosidade das salas. Amei e recomendo muito a visita, principalmente para os amantes de palácios como eu. Ahhh! Não deixem de visitar os românticos jardins do Château e a charmosa cidade de Fotainableau! Para chegar ao atrativo, os turistas têm duas opções: comprar um passeio por alguma empresa turística ou visitar por conta própria. Os passeios turísticos duram em torno de 5 horas e custam de € 60 a € 80, dependendo da época do ano e da empresa escolhida. O passeio inclui transporte até o local (ônibus) e visita guiada ao Palácio. Como eu ando na minha fase pão-dura, achei que seria mais econômico visitar o château por conta própria. Para ser sincera, foi a melhor opção! Fui até a Gare du Lyon onde peguei um trem para Montargis Sens. Parei na estação Fontainableau-Avon (40 minutos de viagem). De lá, peguei o ônibus circular Linha 1 com sentido a Les Lilas e parei no ponto Château (10 minutos de trajeto). Na volta, fiz o mesmo percurso, mas o ônibus é o Linha 1, sentido Gare. Parece complicadinho, mas é tranquilo! Além disso, tem vários turistas fazendo o mesmo percurso, então dá para ir seguindo a multidão. Com o trem, o ônibus circular e a entrada no museu, eu paguei € 31,10, uma boa economia. Ademais, fiz toda a visita no meu tempo, sem me preocupar com horários. Ahhh! Os trens que servem essa linha são super antigos, com carinha da década de 1970, mas são extremamente velozes, do tipo que faz inveja à qualquer trem alemão. Para sentirem a beleza do Château, segue abaixo imagens do jardim, da entrada do Palácio e de algumas das salas.

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– Angelina Paris: Inaugurado também no início do século XX pelo austríaco Antoine Rumpelmayer, essa casa de chá francesa mantém o glamour típico da Belle Époque. Está localizada na Rue de Rivolli, próxima ao Museu do Louvre. É um lugar super turístico e há sempre muita fila na entrada para conseguir uma mesa. O carro chefe da casa é o chocolate quente (realmente muito bom), mas eles oferecem também várias opções de pães e doces. Minha dica para evitar filas é: troque o café da tarde no Angelina, programa mais procurado pelos turistas, pelo café da manhã. No período da manhã, o local é bem tranquilo e o cardápio é o mesmo. Os preços são meio salgados (paguei € 20 pelo café da manhã), mas a experiência vale a pena!

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– Le Bon Marché Rive Gauche: A cidade de Paris é um convite para as compras. Galleries Lafayette e Printemps são sempre as lojas de departamento mais populares entre os brasileiros, mas fui visitar uma outra opção parisiense. Inaugurada em 1852, a Le Bon Marché foi pioneira ao oferecer serviços como entrega em domicílio, troca de produtos, pedidos pelo correio e períodos promocionais de vendas, práticas comerciais muito comuns nos dias de hoje. Adorei o lugar, gostei ainda mais que a Printemps. É uma loja mais classudo, até um pouco intimidadora, mas é um bom lugar para sonhar (e começar a apostar na Megasena!). Adorei ver que eles vendem três marcas brasileiras: Granado (Phebo e companhia), Melissa e Adriana Degreas.

Além dos novos programas, não podia deixar de passar por alguns lugares já cativos no meu coração como a Notre Dame e a Torre Eiffel. Há muitos anos eu não entrava na Notre Dame e foi ótimo poder voltar à Catedral. A maturidade (e a experiência) me fez ver a igreja com um outro olhar! Também não era possível passar por Paris sem dar um oi para a Champs Elysees e a Torre Eiffel (sempre lotadas de turistas), além de caminhar ao lado do romântico Rio Sena e pelo agradável Boulevard Haussmann.

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E assim terminou mais uma viagem. Paris é sempre uma ótima opção de passeio! É uma cidade contagiante e que oferece opções para todos os tipos de turista. Adorei todos os passeios que fiz nesta oportunidade e o clima também ajudou e ofereceu o final de semana mais quente da minha temporada europeia. Infelizmente não há só aspectos positivos a destacar. Assim como tenho visto em outras cidades pela Europa, também acho que Paris empobreceu nestes últimos anos. Vi um número grande de andarilhos nas ruas, também vi muitas pessoas pedindo dinheiro ou algum outro tipo de ajuda, em grande parte, estrangeiros. Perto da Gare du Nord e Gare de L´Est, fiquei espantada com a quantidade de lixo nas calçadas. Todas essas situações me deixaram um pouco triste, mas não tiraram o brilho de uma das cidades mais vibrantes e bonitas da Europa.

C´est la vie! Au revoir mon ami!

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