Aventuras pela Europa – Capítulo 18 – Zurique

Grüezi! O post de hoje é sobre mais uma das agradáveis surpresas da minha temporada europeia, Zurique. A primeira vez que estive na Suíça foi em outubro do ano passado, quando visitei Basiléia (ou Basel em alemão) em um tour pela tríplice fronteira – Alemanha, Suíça e França. Fiquei encantada com a cidade, mas para ser sincera, não me atiçou o interesse em conhecer outros destinos suíços. Por essa razão, Zurique nunca esteve nos meus planos de viagem! Sempre tive as melhores impressões da Suíça. No meu imaginário, o país era extremamente limpo, organizado, com altíssima qualidade de vida, austero, mas extremamente eficiente. Conversando com vários colegas, muitos me diziam que Zurique era assim, mas que estava longe de ser uma das cidades mais charmosas do país.

Estava planejando um novo passeio à Berlim, mas fuçando na internet, encontrei uma promoção aérea para Zurique por € 66 (ida e volta) e não resisti! Então, meio sem querer, esta cidade suíça virou meu novo destino de viagem!

Zurique (ou Zürich em alemão) é a maior cidade da Suíça. Esta localizada no noroeste do país (região de língua alemã) e possui cerca de 400 mil habitantes. Não é a capital da nação, mas é o centro financeiro suíço. É considerada uma das cidades mais globalizadas do mundo na qual quase 32% da população é formada por estrangeiros. Destes, 25% são alemães. A cidade é também reconhecida como um dos destinos mais caros do planeta, mas vou comentar sobre isso mais tarde. Vale ressaltar que a Suíça não faz parte da Comunidade Europeia, portanto a moeda local não é o Euro, e sim o Franco Suíço (CHF). A cotação é de 1 EUR = 1,16 CHF (julho de 2014).

Como fiz no último post, não vou especificar os dias de viagem. Vou contar os atrativos no geral. Acho que desta forma ficará mais fácil entender tudo que eu visitei durante o passeio.

Fui à Zurique de avião. Novamente optei pela Germanwings (meu cartão fidelidade agradece!) saindo de Colônia. Saí às 07h20 da manhã. Por que meu Deus? Por quê? Nunca mais faço isso! Tive que acordar às 04h25 da madrugada e sair correndo para a estação de trem. Só vale a pena fazer esse tipo de loucura se vocês têm um carro à disposição ou se moram do lado do Aeroporto, mas aprendi a lição! Nunca mais!!! O aeroporto de Zurique é grande, mas meio confuso. Ele é conectado às diferentes regiões da cidade por trens que partem a todo o momento. São super rápidos e custam CHF 6,60 por trecho. Primeira dica de viagem: Se vocês precisarem comprar francos suíços, troquem todo o seu dinheiro de uma vez só. As casas de câmbio cobram comissões fixas pela troca. E a cotação do câmbio é quase a mesma em qualquer empreendimento.

A hotelaria suíça é reconhecida por sua excelência. Não é a toa que eles têm as melhores e mais tradicionais escolas de hotelaria do mundo. Zurique não foge essa regra! Entretanto, as tarifas dos meios de hospedagem são de arrepiar os cabelos. Para conseguir um hotel com preços mais interessantes, optei por me hospedar na zona oeste da cidade. Esta é uma região industrial que congrega vários escritórios de empresas ligadas à tecnologia. É uma área nova, cheia de edifícios modernos e muitas construções em andamento. Optei por uma das redes hoteleiras que eu mais gosto, a 25hours Hotel. O 25hours Hotel Zurich West é um empreendimento super estiloso decorado pelo designer zuriquenho Alfredo Häberli. Adorei tudo! O quarto é super confortável, as áreas sociais são bem informais, mas super descoladas. O hotel ainda oferece ao hóspede aluguel gratuito de bicicletas e de dois automóveis da marca Mini. Isso mesmo, aluguel gratuito de automóvel! Se isso tudo já não fosse o suficiente, a tarifa é muito boa. O hotel está localizado a 10 minutos de bonde do centro da cidade. Super recomendado!!! Deem uma olhada nas fotos do empreendimento. A primeira é de uma das áreas sociais e a segunda é a do meu apartamento.

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Sobre os atrativos da Zurique… Os principais atrativos estão localizados no centro da cidade. Comecei meu passeio na Hauptbahnhof, a estação central de trens. A fachada da estação é linda e no hall central eles criaram um espaço bem bacana com arquibancada e praia artificial para assistir os jogos finais da Copa do Mundo. Super simpático!

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Atrás da Hauptbahnhof fica o Museu Nacional da Suíça (Schweizerisches Nationalmuseum). Este museu, localizado em um edifício que se assemelha a um castelo, conta a história do país, destacando desde o homem pré-histórico, à época na qual a Suíça era território romano, mostrando ainda as muitas guerras, as reformas religiosas e os acontecimentos mais atuais. É bem interessante! Gostei de saber que mesmo sendo um país pequeno, a riqueza da Suíça está em grande parte ligada a atividade industrial. A indústria têxtil, a fabricação de relógios, os produtos alimentícios, especialmente o leite em pó e o chocolate, a indústria química, em especial a farmacêutica e a fabricação de maquinário fazem parte do sucesso econômico suíço. Com relação aos serviços, o setor financeiro e o turismo também são importantes atividades econômicas para o país. Eu enlouqueci na área do museu na qual eles apresentam ambientes de residências suíças históricas. Eles trouxeram ambientes inteiros para o museu. É magnífico! O ingresso custa CHF 10,00. Segue abaixo uma foto do atrativo.

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Em frente à Hauptbahnhof fica a Bahnhofstrasse, a principal rua comercial da cidade. Próxima a estação de trem estão as lojas mais populares como a H&M, Zara, Manor etc.. Contudo, conforme vocês vão caminhando pela rua é possível encontrar as marcas mais exclusivas como a Prada, Louis Vuitton, Chanel, entre outras. A Suíça é famosa pelos seus relógios, portanto, na  Bahnhofstrasse também é possível encontrar várias relojoarias e lojas de joias. O local é extremamente agradável, vale a pena uma caminhada! Deem uma olhada.

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Mas as mais lindas paisagens de Zurique não ficam na Bahnhofstrasse e sim às margens do Rio Limmat. É tudo tão charmoso, tão romântico… Fiquei pensando… Se Zurique não é uma das cidades mais charmosas da Suíça, como deve ser o restante do país????? Fiquei completamente encantada! Comecei a tirar foto como uma louca! Se preparem…

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É também nas duas margens do Rio Limmat que está localizado o centro histórico de Zurique. Essa região é cheia de ruas estreitas, construções antigas e um aspecto de conto de fadas. Caso tenham tempo, se percam por essa região. Vale a pena!

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Outra coisa que me chamou muito a atenção foram as fontes. A cidade oferece 1.200 fontes de todos os tamanhos, épocas e estilos. A água é potável, portanto os turistas podem bebe-la. Vi algumas pessoas tomando água dessas fontes, mas não tive coragem de experimentar. Deem uma olhada em duas delas!

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No centro histórico da cidade, duas igrejas têm destaque. A primeira é a Catedral da Nossa Senhora (Fraumünster), uma igreja originalmente construída no século IX em estilo romanesco. Ela já foi católica, mas hoje é protestante. A igreja é meio esquisita, pois não tem um altar central, não sei se gostei! Dizem que os claustros são muito bonitos, mas infelizmente não tive a oportunidade de visitá-los. Segue uma foto abaixo.

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A segunda é a Grossmünster. Ela esta localizada quase em frente à Fraumünster, mas do outro lado do Rio. É outra igreja protestante, mas que teve em sua história um período católico. O interior também é muito singelo!

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No final do Rio Limmat está o lago de Zurique (Zürisee). Ele é cercado por um pequeno boulevard onde as pessoas fazem caminhada ou só ficam sentadas jogando conversa fora. Também há várias lindas construções nesta região como a Operhaus Zürich, um edifício neoclássico do final do século XIX. Eu quis fazer uma visita ao interior do espaço, mas o rapaz da bilheteria me disse que as visitas são todas em alemão (ainda estou traumatizada com minha visita a Semperoper em Dresden) e eles estavam lotados até o mês de setembro. Uma pena! Deem uma olhada na fachada da Ópera.

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Sobre alimentação… Aqui começa minhas lamentações… Todos sempre me alertaram que a Suíça era um país muito caro, mas só percebi como era caro quando estava nos estabelecimentos gastronômicos. Comi o Mc Donald´s mais caro da minha vida (CHF 11,55)! Coca-Cola a CHF 5,40, sério?! Não dá para ser feliz desse jeito!

Eu quero dar pequenas dicas a partir da minha experiência. A primeira é a Zeughauskeller. Localizada na Bahnhoffstrasse, este restaurante está instalado em um antigo armazém de armas do século XV. Desde a década de 1920 ele foi convertido em restaurante. O local é bem turístico, vive lotado e é especializada em cozinha suíça. Na verdade, a cozinha suíça se assemelha muito à cozinha alemã e austríaca. Há muita carne de porco, muitas salsichas, schnitzel e diferentes pratos com batata. Eu pedi uma salsicha de páprica com Tagliatelle. Deem uma olhada!

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E o meu prato…

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Tá, eu sei que pasta não é um prato suíço, mas a salsicha era originalmente servida com salada de batata. Salsinha com maionese não rola! Muitos dos produtos oferecidos neste restaurante são regionais e por essa razão, o recomendo para as pessoas que querem conhecer um pouco da culinária local.

Ainda no quesito salsichas, outro lugar que eu gostei bastante é o Sternen Grill. Ele está localizado em frente à Estação Bellevue, muito próximo da Operhaus Zürich. É um local ajeitadinho, mas sem frescura e sempre lotado! Tem até fila…. Eles são especializados em salsichas. É um bom lugar para um lanchinho rápido. A tradicional Bratwurst com pão custa CHF 7,50. Minha amada currywurst com pão custa CHF 8,50. Caro, mas tudo é caro nesta terra!

Já no quesito doces… Não é segredo para ninguém que a Suíça tem um dos melhores chocolates do mundo. Zurique oferece várias opções. Acho que a mais conhecida é a Sprüngli. Ela é uma confeitaria centenária com vários pontos de venda na cidade, inclusive no Aeroporto. Além dos doces, eles também oferecem pratos salgados, café da manhã completo e outras opções mais robustas. Eu experimentei algumas pâtisseries e fiquei apaixonada. Muito, muito bom! CARO (em torno de CHF 7,00 a unidade), mas valeu a pena! Também recomendo experimentarem a Luxemburgerli, um mini macaron super fresco e delicioso. E ele custa só CHF 1,00 a unidade. Deem uma olhada em uma das lojas da Sprüngli e babem na vitrine dos doces.

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Durante meus dias em Zurique também fui ao cinema assistir Grace Kelly. A cidade oferece vários cinemas, mas são incrivelmente caros! Paguei CHF 18 por uma sessão comum (estava longe de ser um 3D). Acho que foi o cinema mais caro da minha vida! Que dor no coração!

E assim terminou a minha visita. Como eu comentei no começo deste post, Zurique foi uma grata surpresa. Fiquei entusiasmada com o charme da cidade e com seu aspecto global. Vi espanhóis, alemães, franceses, italianos, indianos, americanos e muitos brasileiros, tanto turistando como vivendo por lá. A cidade não tem muitos atrativos turísticos, portanto acho que para os mais apressadinhos, um dia é o bastante para conhecer o principal. Já para aqueles que querem aproveitar um pouco mais o destino, dois ou três dias são suficientes. Todavia, Zurique deve ser sim um destino para ser colocado em seus roteiros de viagens, pois ela é sem sombra de dúvida um lugar que vale a pena ser conhecido.

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Uf Wiederseh!

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