Turistando pela Escandinávia: Copenhague e Estocolmo

Hej, hej… Hoje conto sobre uma região pouco conhecida pelos brasileiros, a Escandinávia. Na verdade, vou escrever especificamente sobre duas capitais; Copenhague e Estocolmo.

Devo admitir que esta região nunca esteve no meu TOP 10 de destinos que eu gostaria de conhecer, mas voltei apaixonada por este pedacinho do planeta e espero que vocês consigam entender o porquê.

Viajar para a Escandinávia não é tão simples; além de ser caro (preparem o bolso!), não há voos diretos saindo do Brasil. Para chegar ao destino é necessário fazer conexão em algum lugar dos Estados Unidos, Europa ou do Oriente Médio (??). No meu caso, a conexão foi realizada no Aeroporto Heathrow em Londres. Viajei para Copenhague com a British Airways saindo de São Paulo. Não fiquei tão entusiasmada com a empresa, achei-a normal. No voo de longa distância, mesmo que parte da tripulação fosse brasileira, achei-os meio ríspidos com os passageiros, comparando-os com os comissários ingleses. As poltronas eram desconfortáveis e o centro de entretenimento tinha um volume muito baixo, o que dificultava escutar os filmes, músicas e séries. Já o voo de curta distância (Londres/Copenhague) foi muito bom; aeronaves novas, assentos mais espaçosos, atendimento na medida e comidinha de primeira. Já fui muitas vezes a Londres, mas foi minha primeira vez em Heathrow. O Aeroporto é gigante e possui um caos organizado. Muita gente e muita fila de espera! Contudo, é um lugar bem estruturado e tem um Duty Free mara! Já entre Copenhague e Estocolmo viajei pela Norwegian e gostei muito da companhia. É uma empresa dessas baratinhas (low cost), mas com check-in prático, aeronaves novas, assentos mais espaçosos e atendimento eficiente. Recomendadíssima!

Ao contrário das outras viagens longas que contei meu tour pelos dias, vou contar esta viagem pelas cidades, pois fiz um roteiro confuso com idas e vindas e acho que desta forma ficará mais fácil entender tudo o que eu visitei por lá.  Também contei um pouquinho sobre cada um dos destinos para vocês entenderem suas características e minhas impressões. Já vou adiantando que esse post ficou GIGANTE, pois me empolgo demais quando estou contando minhas peripécias. No entanto, coloquei várias fotos para ilustrar os lugares, já que dessa forma o relato fica mais interessante e menos cansativo.

Copenhague

É a maior cidade da Dinamarca com pouco mais de 1 milhão de habitantes. Capital do país desde o século XV, ela já foi o centro de um império no qual também fazia parte a Noruega, a Suécia, a Islândia, parte das Ilhas Virgens e o norte da Alemanha. Hoje a cidade se destaca pela atividade industrial e pelo seu porto de cargas. Minha impressão de Copenhague foi a melhor possível. Mesmo sendo uma cidade grande, ela tem carinha de cidade pequena, bem acolhedora. Os dinamarqueses são, em geral, muito gentis e TODOS falam bem a língua inglesa. A cidade é dominada pelas bicicletas e há estacionamentos específicos para esse tipo de transporte em qualquer lugar. É possível visitar grande parte dos atrativos a pé e embora não seja uma cidade perfeitinha, é um destino que funciona muito bem. 

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Ahhh! Devo ressaltar que o país faz parte do mercado comum europeu, mas não adota o euro como moeda nacional. A moeda do país é a Coroa Dinamarquesa (DKK 1≅ EUR 7) e aí vai a primeira dica de viagem: Se forem trocar seus euros ou dólares por Coroas Dinamarquesas, troquem todo o montante de uma só vez, pois as cotações entre as casas de câmbio são quase as mesmas e elas cobram uma taxa fixa por cada troca, independente do valor.

Cheguei a Copenhague no final da tarde e fui direto para o meu hotel. O aeroporto é meio confuso e um pouco assustador no começo, principalmente na entrega das bagagens, mas logo o turista se acostuma. Para chegar ao centro da cidade é possível optar pelo ônibus, trem ou metrô. Peguei um metrô (DKK 36) e em menos de 15 minutos estava no coração da capital dinamarquesa. Em Copenhague queria ficar em um hotel específico próximo à Estação Central de Trens, mas como não havia disponibilidade no empreendimento para todos os dias, acabei optando por dois meios de hospedagem distintos. O primeiro foi o Wakeup Copenhagen Borgergade. O Wakeup é um desses estabelecimentos moderninhos, bem práticos, que oferecem poucos serviços e um preço legal. Está localizado no coração da cidade, muito próximo aos principais atrativos locais. O café da manhã geralmente não está incluído na diária, mas vale muito a pena, pois é bem variado e oferece os melhores pães do mundo, além de vários produtos orgânicos. Deem uma olhada no empreendimento.

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Já o segundo meio de hospedagem foi o Absalon Hotel, em funcionamento desde a década de 1930. De origem familiar, o estabelecimento passou por uma grande reforma recentemente e está novinho em folha. O lugar é lindo, colorido, descolado e está localizado atrás da Estação Central de Trens, onde se concentra grande parte dos meios de hospedagem da cidade. Mesmo apaixonada pelo hotel, devo admitir que não gostei muito da vizinhança. Esta região, além de ter um aspecto mais mal cuidado (comparando aos outros bairros da cidade), tem umas pessoas um tanto esquisitas por lá. No final de semana é muito barulhento e para piorar, achei que fiquei meio longe das regiões mais legais de Copenhague; mesmo assim, segue as fotos do lindo hotel para que vocês o conheçam.

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Mas finalmente vamos ao que interessa, os atrativos da cidade. Antes de visitar qualquer atrativo específico, quis fazer um passeio com uma pessoa que conhecesse Copenhague a fundo. Por essa razão, reservei um city tour com a Copenhagen Free Walking Tour.

  • Copenhagen Free Walking Tour – Seguindo uma tendência que está se espalhando por vários destinos turísticos mundiais, a Copenhagen Free Walking Tour é formada por um grupo de pessoas que moram e são apaixonados por Copenhague e que mostram os principais atrativos da cidade. Eles contam as histórias e curiosidades do destino e de seus ilustres moradores, fazendo com que o turista entenda um pouco da realidade local. Isso tudo de maneira divertida e descontraída! O conceito do tour é o seguinte; eles oferecem o melhor tour que eles podem e vocês decidem quanto vale o passeio. Achei a ideia fantástica e a empresa é super organizada! Luís, nosso guia, era demais! O tour dura em média 3 horas e sai todos os dias às 11h da Prefeitura da cidade. A Prefeitura já é um atrativo a parte, pois além de ser um edifício com alto valor histórico, tem uma trajetória fascinante. Para ter uma ideia, todos os tijolos da fachada foram trazidos da Itália. Chique, não?! O tour passa pela Strøget (a principal rua comercial da cidade), a Magstræde  (rua mais antiga de Copenhague), Corte de Justiça, Igreja da Nossa Senhora (a catedral de Copenhague. Já funcionou simultaneamente como uma igreja católica e luterana), Universidade de Copenhague, Palácio Christiansborg, Kongens Nytorv, Nyhavn, Palácio Amalienborg e termina na Opera House. Adorei o passeio e recomendo demais a empresa! Só não recomendo o tour para pessoas que não estão acostumadas a andar ou que estejam com crianças muito pequenas, pois por mais que a caminhada seja branda e divertida, requer certa energia. Deem uma olhada no nosso grupo animadíssimo no final do passeio!

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  •  Palácio de Amalienborg – É a residência oficial da família real dinamarquesa. É um complexo formado por quatro edifícios idênticos construídos no século XIX e dispostos de forma que criam uma praça. Parte de um dos palácios está aberto ao público; a visita custa DKK 90. Achei interessante, mas é um palácio mais simples, pois é mais moderno e sóbrio (quando comparado aos palácios franceses e ingleses) e algumas salas são meio entulhadas. De qualquer forma, é uma boa pedida para quem gosta de palácios, tipo eu!

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  • Igreja de Mármore – Localizada atrás do Palácio de Amalienborg, a Igreja de Mármore ou Marmorkirken (em dinamarquês) é uma linda construção do século XIX inspirada nas basílicas italianas. Deem uma olhada na fachada da Igreja.

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  • A Pequena Sereia – Personagem da estória mais popular de Hans Christian Andersen, o famoso escritor dinamarquês, é uma estátua em homenagem ao autor localizada em Kastellet, uma cidadela a uns 15 minutos de caminhada de Amalienborg. Den lille havfrue (seu nome em dinamarquês) não é tão pequena como muitos turistas comentavam e fica bem próxima dos visitantes, é possível até tocá-la. Outro ponto imperdível da cidade, mesmo que não seja uma estátua assim tão impressionante!

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  • Palácio de Christiansborg – Construído primeiramente por ordem do Bispo Absalão ainda no século XII, o edifício já foi palácio real, mas enfrentou vários incêndios e bombardeios durante os séculos (a cidade inteira enfrentou incêndios e bombardeios em sua longa história). O edifício atual é a sede do parlamento dinamarquês, da suprema corte e do primeiro ministro. Eles também oferecem algumas salas históricas abertas aos turistas. São poucas salas, mas lindas! Caso tenham interesse, a visita custa DKK 80. Deem uma olhada na linda fachada do Palácio e em um dos enormes salões abertos à visitação.

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  • National Museum – Localizado em frente ao Palácio de Christiansborg, esse museu não estava na minha lista original de lugares para conhecer em Copenhague. O atrativo foi uma recomendação do guia da Copenhagen Free Walking Tour e devo ressaltar que adorei o lugar! É o principal museu de história cultural da Dinamarca e dedica grande parte de suas salas à história dinamarquesa; contudo, também dá destaque à arte e a cultura de outros continentes. Apresenta ainda uma ala com peças da Roma, Grécia e Egito Antigo. O lugar parece pequeno, mas é gigante e tem muita coisa para ver! Tire pelo menos umas duas horas para visitar todo o museu com calma. O que mais me chamou a atenção foi a exposição “Ônibus Branco” que mostra a importância da Cruz Vermelha no resgate dos prisioneiros dinamarqueses durante a 2ª Guerra Mundial (eu nem tinha ideia que a Dinamarca também teve prisioneiros nos campos de concentração alemães). Também adorei ver alguns dos cômodos históricos de casas dinamarqueses e salas barrocas que já fizeram parte do Palácio do Príncipe (onde atualmente está o museu). No entanto, o que mais gostei é que o museu é GRATUITO. Adoro museus gratuitos! Para quem gosta de museus, é uma ótima oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história local e ver a riqueza cultural do país.

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  • Nyhavn – Cartão postal da cidade. Nyhavn (porto novo em português) é uma área criada ainda no século XVII que congrega hoje vários restaurantes turísticos. É também de onde saem os passeios de barco pela região. O lugar vive lotado (como vocês podem ver na foto) e suas casinhas coloridas dão um charme especial ao atrativo. Imperdível!

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  • Castelo de Rosenborg – Construído no século XVI , o castelo em estilo renascentista é pequeno, mas já foi a casa da família real dinamarquesa. Atualmente está aberto a visitação e é onde se encontra em exibição as joias da coroa. O Castelo conta ainda com um parque público; um lugar charmoso para um piquenique, esportes ao ar livre ou simplesmente tomar um bronze nos escassos dias de sol da Dinamarca. Dica bacana: Se você compra um ingresso combinado com o Palácio de Amalienborg, a entrada no Castelo custa apenas DKK 40. Fica a dica! Segue abaixo uma foto da fachada do Castelo e de uma de suas salas.

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  •  Ny Carlsberg Glyptotek – Fundado pela família Jacobsen, donos da famosa cervejaria Carlsberg, o museu foi inaugurado no final do século XIX. Primeiramente dedicado às pinturas e esculturas francesas e dinamarquesas, atualmente o acervo do espaço é variadíssimo e conta com peças da Roma, Grécia e Egito Antigo, além de arte etrusca e de outros povos mediterrâneos. O edifício é um espetáculo e conta com um acervo estrelado com obras de Rodin, Monet, Degas, Van Gogh, Cézanne, Picasso, Delacroix, Manet e Renoir. Contudo, só o recomendo para os amantes das artes. Outra dica bacana: Nas terças-feiras o museu tem entrada gratuita. Segue abaixo algumas fotos do lindíssimo edifício.

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  •  Parque Tivoli – Localizado ao lado da Estação Central de Trens, o Parque é considerado o segundo mais antigo do mundo. Ele é um parque de diversão charmosíssimo com carinha de parque das antigas. Dizem que a Disneylândia foi inspirada no Tivoli e devo admitir que há muitas semelhanças. É possível conhecer somente o parque (DKK 99) e aproveitar a rica oferta gastronômica local, ou comprar um passaporte e aproveitar todas as atrações (DKK 209). Os dinamarqueses são tão fãs do lugar que muitos deles compram passaportes anuais! Devo admitir que eles oferecem poucas atrações radicais, mas é um bom espaço para aproveitar o dia, principalmente se você tem crianças. Eu entrei apenas para conhecer o parque, mas não resisti e andei na montanha russa centenária (The Roller-Coaster). É uma das poucas do mundo que ainda possuem um condutor para cada carrinho. Paguei DKK 50 para andar só nesse brinquedo e adorei!!! Dizem que o parque é lindo e muito romântico à noite, pois fica todo iluminado, mas não tive a oportunidade de visita-lo. Fica a dica! Ahhh! Deem uma olhada nas fotos do parque. Desculpe, fiquei tão empolgada com o encanto do lugar que exagerei um pouco nas fotos….

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 Estocolmo

É a capital e maior cidade da Suécia com pouco mais de 1 milhão de habitantes. É formada por 14 ilhas ao longo do lago Mälaren e por essa razão é conhecida como a “Veneza do Norte”. Economicamente a cidade se destaca pelo setor de serviços e bancário. Se Copenhague me encantou pelo charme, Estocolmo me embasbacou de vez. A cidade é uma das mais lindas que eu já vi na minha vida! Ao contrário da capital dinamarquesa, ela tem cara de cidade grande, cara de uma capital imperial. E as ilhas, mesmo parecendo um fator limitador, não são, pois estão muito próximas e sempre interligadas por pontes, então você sente que está no continente o tempo todo. O inglês dos suecos não é tão bom quanto dos dinamarqueses, mas ainda é de fácil compreensão e invejável quando comparado à outros países europeus. 

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Assim como a Dinamarca, o país também faz parte do mercado comum europeu, mas não adota o euro como moeda nacional. A moeda do país é a Coroa Sueca (SEK 1≅ EUR 9) e também recomendo que o câmbio seja feito todo de uma vez, pois as cotações entre as casas de câmbio são quase as mesmas e elas cobram taxas fixas para cada troca, independente do valor.

Cheguei a Estocolmo no começo da noite e fui direto para o meu hotel. O aeroporto é grande e bem estruturado, mas fica longe do centro da cidade. Para chegar ao centro é necessário pegar um trem comum, o shuttle (ônibus) ou o Arlanda Express (trem de alta velocidade). Eu optei pelo Arlanda Express. Ele custa super caro (SEK 560 – ida e volta), mas o trem é novo, moderníssimo e chega a mais de 200 km/hora. Em exatos 20 minutos eu já estava na Estação Central de Trens da cidade.

Fiquei hospedada no Scandic Grand Central. A Scandic é uma rede nórdica bastante popular por suas iniciativas de sustentabilidade ambiental e social e que possui meios de hospedagem na Noruega, Suécia, Dinamarca, Polônia, Bélgica, Finlândia e Alemanha. Esse hotel em particular fica do lado da Estação Central de Trens, muito próximo do centro comercial da cidade. É um estabelecimento descolado, vibrante, limpíssimo e um dos melhores cafés da manhã que já comi na vida (incluído na diária). Recomendadíssimo! Segue abaixo uma foto da fachada e da recepção do empreendimento.

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O que eu conheci durante minha passagem pela linda Estocolmo? Já vou avisando que não visitei o Museu do ABBA. Por mais que eu tenha uma queda pela banda (guilty pleasure), achei que seria muita apelação visitar o museu.

  • Skansen – Esse não foi o primeiro atrativo que visitei em Estocolmo, mas coloquei em primeiro lugar aqui na minha lista, pois foi a principal razão de visitar a cidade. Fundado em 1891 por Artur Hazelius, este parque é um museu ao ar livre que mostra mais de 150 construções históricas suecas espalhadas por uma área de 300.000 m2. Essas construções que vão do século XVII ao início do século XX tem como objetivo exemplificar a história, a cultura e as transformações da Suécia no decorrer do tempo. É quase como um parque temático com igrejas do século XVII, uma vila comercial com construções do século XVIII e XIX, casas de fazenda do século XVII, etc. O melhor de tudo é que há pessoas nestas construções interpretando papéis; fazendo as atividades diárias de um morador local e contando ao turista como tudo era feito naquele período. Fiquei completamente apaixonada, eu parecia uma criança na Disney! Comi um doce em uma padaria típica do século XIX. O melhor… O doce foi feito a partir de uma receita centenária. Se tudo isso já não fosse legal o bastante, eles ainda têm um zoológico com espécies encontradas no país. AMEI o atrativo e recomendo para todos os visitantes! Além de ser encantador, é uma aula sobre a Suécia. Imperdível! Para quem tiver interesse, o museu custa SEK 170.  Deem uma olhada no lugar… Por favor, não reparem, pois me empolguei nas fotos.

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  • Museu Vasa – É o museu mais visitado da Suécia. O Vasa foi um navio sueco do século XVII que afundou logo que saiu do porto. Ele foi o mais ambicioso e pomposo navio do país, mas afundou por problemas estruturais. Foi encontrado e resgatado do mar na segunda metade do século XX e montado peça por peça. Hoje o museu o expõe completinho; 98% das peças que você vê no navio são originais. O museu também tenta contar a história das pessoas que morreram no naufrágio, os objetos encontrados durante o resgate e os cômodos localizados no interior da embarcação. Bem interessante! Ahhh! O museu tem filas enormes, mas não fiquem preocupados, pois elas são rápidas. Para quem tiver interesse, a visita ao museu custa SEK 130. Deem uma olhada no navio.

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  • Nordiska Museet – Esse é outro atrativo que não estava nos meus planos, mas quando vi esse edifício lindo, não resisti. Localizado em frente ao Museu Vasa, o museu é naquele estilo tudo junto e misturado. Ele oferece mais de 1,5 milhão de itens que vão de móveis, objetos de decoração, roupas, joias, etc. que contam a história da Escandinávia. Mas também são apresentados objetos ligados à cultura, costumes e folclore nórdico. Ainda há uma ala destinada aos povos indígenas da região (Sámi). Eu fiquei particularmente encantada com as joias e os cômodos históricos. É um museu interessante e custa SEK 100.

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  • Free tour Stockholm – No mesmo estilo do Copenhagen Free Walking Tour, esse passeio é conduzido um grupo de pessoas que moram em Estocolmo e mostram os principais atrativos da cidade. Eles contam as histórias e curiosidades do destino, fazendo com que o turista entenda um pouco da realidade local. A partir do que foi apresentado, vocês decidem quanto vale o passeio. Achei a empresa um pouco menos organizada que a Copenhagen Free Walking Tour, mas também gostei muito do tour. Na verdade, fiz dois passeios; o primeiro deles passava pelo centro comercial de Estocolmo e mostrava curiosidades como o local do assassinado de Olof Palme, o ex 1º Ministro da Suécia morto em 1986 e que até hoje não achou-se um culpado, a academia onde a Princesa Vitória, herdeira do trono sueco, conheceu seu marido, a quantidade de lojas H&M (cadeia de varejo especializada em fast fashion) na capital (em um raio de 50 metros há 7 lojas da marca), sobre o assalto ao banco que gerou o que chamamos de Síndrome de Estocolmo e finalizamos assistindo a troca de guarda no Kungsträdgården. O segundo tour foi pelo setor histórico da cidade passando pela Ópera Real, o Parlamento Sueco e o Palácio Real (De Kungliga Slotten). Este último passeio se concentrou basicamente em Gamla Stan, a parte mais antiga da cidade e foi discutido sobre o regime governamental e a história da capital. Também gostei muito! Mesmo que vocês não tenham interesse em fazer esse tour histórico, recomendo muito um passeio por Gamla Stan, pois é charmosíssima! Além disso, essa região é cheia de lojas de souvenirs, de produtos artesanais e restaurantes turísticos. Tem até um restaurante viking (muito bacana!). Deem uma olhada na nossa turma no final do tour pelo centro da cidade. Ahhh! Ele foi conduzido pela guia Ellen, muito boa!

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  •  Kungliga Slottet – Localizado em Gamla Stan, este é o Palácio Real e a residência oficial da monarquia sueca. O palácio é uma construção do séc. XVII em estilo barroco que substituiu o lindo Castelo das Três Coroas que foi quase que completamente incendiado neste mesmo período. É possível conhecer parte de suas salas, a igreja e as joias da coroa. Caso tenham interesse, a visita custa SEK 150.

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  • Palácio de Drottningholm – Drottningholm (ilha da rainha em português) está localizado na ilha de Lovön, não muito distante de Estocolmo. Este palácio do século XVI é uma das residências da família real sueca e é tombado como um Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1991. O Palácio é lindíssimo e a localização é encantadora. Além do Palácio, o espaço ainda conta com um Teatro, um jardim barroco inspirado nos jardins de Versailles e o Pavilhão Chinês, não deixem de conhecê-los. O ingresso custa SEK 120. Para chegar ao Palácio não é muito difícil. Vocês podem ir de barco, saindo de Stadshusbron. O barco atraca na porta do atrativo (SEK 200); ou podem usar o transporte público. Caso optem pela segunda opção, peguem o metrô (T-bana) na Estação Central (T-Centralen), linha T17 ou T18 (linha verde) até a estação Brommaplan. Depois pegue o ônibus 176 ou 177 até o ponto Drottningholm. O ticket combinado (metrô + ônibus) com ida e volta custa SEK 104 e leva em torno de 40 minutos. A pior parte é achar o carro certo, pois a estação T-Centralen é a mais confusa que eu já vi na vida. Fez o metrô de Berlim parecer mamão com açúcar. Deem uma olhada no lindo Palácio.

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  • Hallwylska Museet – Construída no final do século XIX, a casa pertenceu ao conde Hallwyl e hoje é um museu que mostra como a aristocracia sueca vivia no final do século XIX e início no século XX. Além de linda, é uma casa super moderna com água encanada na cozinha (inclusive água quente), chuveiro, etc. A visita pode ser feita de duas maneiras; vocês podem visita-la como um visitante individual, mas só poderão ver as salas principais, ou podem visita-la com as visitas guiadas. Há visitas de hora em hora, mas apenas uma visita diária em Inglês (12h30), as demais são em sueco. Eu fiz a visita guiada em sueco e como se não bastasse o trauma que eu sofri ao fazer uma visita em alemão na Semperoper em Dresden, essa visita em sueco foi ainda pior. Durante uma hora, entendi apenas as palavras “tecnologia, telefone e banho”. De qualquer forma, a casa é linda e vale muito a pena para quem gosta deste tipo de lugar. Ahhh! O ingresso para as visitas guiadas é de SEK 120. Segue abaixo uma foto da fachada do museu e da chiquérrima sala principal.

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Compras: A Escandinávia não é uma região conhecida pelo turismo de compras. Primeiro porque não tem a gama de opção de outros países europeus e norte-americanos, mas, sobretudo porque os produtos ofertados são muito caros, inclusive alguns deles são mais caros que no Brasil. Então, o shopaholic brasileiro não ficará tão empolgado com a oferta existente. No entanto, os países nórdicos são mundialmente reconhecidos por seu design limpo, de linhas retas, sóbrio, de bom gosto e de alta qualidade. Por essa razão, acho que vale muito a pena comprar produtos pontuais que destaquem este estilo. Na Dinamarca, eu destacaria a porcelana (Royal Copenhagen – marca que produz uma das melhores porcelanas do mundo desde o século XVIII), os objetos decoração (Ilums Bolighus- não tem como sair dessa loja sem se apaixonar pelo seu bom gosto), os equipamentos eletrônicos (Bang & Olufsen- super futurista) e a moda (Day Birger et Mikkelsen – de um bom gosto absurdo). Já na Suécia, é possível encontrar todas as marcas que eu destaquei acima, mas também apontaria outras marcas de moda como a descolada & Other Stories, a Filippa K, e a sóbria e um pouco sombria Tiger of Sweden. Eu também gostaria de destacar a Marimekko. Mesmo que ela seja Finlandesa, é uma marca que tem lojas tanto em Copenhague e Estocolmo e tem os tecidos mais lindos e criativos que vocês podem imaginar. Segue abaixo uma foto da Royal Copenhagen na Strøget em Copenhague.

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Gastronomia: Dessa vez não vou recomendar nenhum restaurante especial, mas devo alertá-los que Copenhague é reconhecida como uma cidade gastronômica. Além de ter o melhor restaurante do mundo, o Nomma, possui vários outros estabelecimentos estrelados pelo Guia Michelin. Entretanto, estes restaurantes além de serem muito caros e de terem filas de espera de meses, não fazem muito meu gênero gastronômico, pois privilegiam os ingredientes locais e inusitados. Mesmo não tendo conhecido nenhum restaurante de destaque, tentei experimentar os sabores locais. Em Copenhague, experimentei o cachorro quente que é o lanche mais popular da cidade. Você o encontra em qualquer carrinho de rua. É super baratinho e a única diferença do nosso cachorro quente é que você pode escolher se prefere a salsicha cozinha ou grelhada. Além disso, eles acrescentam cebola caramelizada e cebola em natura. O bafo fica péssimo, mas é uma delícia! Também experimentei o Wienerbrød, um tipo de um schnecke recheado que virou símbolo da doceria dinamarquesa. Já na Suécia, experimentei a caçarola de salmão e frutos do mar, mas não me fez muito bem. Sem comentários adicionais! Também experimentei o Kanelbulle, que parece um schnecke com canela e o chokladboll, um brigadeiro à moda sueca (o nosso é muito melhor!). Estes dois doces experimentei na Brod&Salt, uma descolada e deliciosa padaria localizada em Gamla Stan. Lugar super recomendado!

Ufa! E assim terminou mais um post. Espero que tenham conhecido um pouco mais sobre a Escandinávia e viajado comigo por este lugar tão especial. Peço desculpas novamente pelo relato gigante, mas não podia deixar de destacar tantas coisas bacanas. Fiquei particularmente feliz com a simpatia dos escandinavos, em especial dos dinamarqueses. Fiquei empolgada com o número de turistas brasileiros pelas duas cidades, pois não é um destino tradicional no país, mas fiquei ainda mais impressionada com o número de turistas americanos, vi uma invasão americana nos dois destinos. Na verdade, o mais impressionante foi perceber como os escandinavos gostam de aproveitar a vida e privilegiam a qualidade de vida. Hábitos como andar de bicicleta, fomentar iniciativas ambientais, privilegiar alimentos orgânicos, viajar pelo mundo e aproveitar ao máximo os lindos dias de sol são apenas algumas das demonstração deste posicionamento.

Até a próxima… Hej då!

5 comentários sobre “Turistando pela Escandinávia: Copenhague e Estocolmo

  1. Bruna

    Olá Vanessa,

    Adorei suas dicas, vai me ajudar muito na viagem que vou fazer para Estocolmo e Copenhagem. Tem 5 dias inteiros para conhecer os dois lugares. Você recomenda passar mais tempo em qual das duas?

    Obrigada!!

    1. Olá Bruna, fico feliz que tenha gostado do post, pois o escrevi com muito carinho e é um dos meus textos favoritos. Para ser sincera, acho 5 dias pouco; se possível, fique pelo menos uns 7 dias para conhecer os atrativos com mais calma. Caso, contrário, terá que fazer um corridão, pois tem muita coisa para ver e acho que os países nórdicos precisam ser sentidos. Ficar sentada em uma mesa e ver as pessoas passarem, observar os hábitos e o modo de vida dos escandinavos. Estocolmo é uma cidade maior, com mais atrativos e por essa razão eu disponibilizaria mais dias por lá. Mesmo que Copenhague tenha o Tivoli e Christiania (este último não visitei, pois não tive interesse em conhecer a cultura hippie), são atrativos que podem ser vistos em poucas horas. Espero ter ajudado e boa viagem!

  2. Roberta

    Muito legal seu post! Se vc tivesse que optar por uma das duas cidades para visitar, qual seria? Tenho pouco tempo de viagem e só consigo colocar uma das duas no meu roteiro! Dúvida cruel!

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